*PUF*
- Pronto. Muito enjoado?
- Me lembre de nunca mais deixar você fazer isso comigo.
- Ah, fica tranqüilo. Todo mundo fica enjoado na primeira... vez.
Ângela parou de falar para seguir o os olhos de Alcebíades. Ele estava alerta, olhando para todos os lados.
- Cadê o Di...
- Shhh! Tem algo de errado.
Alcebíades soca a própria mão e sua cópia se move sorrateiramente, com as armas em punho. Escora-se em uma estante e gira, para surpreender um possível agressor, apontando as armas para frente.
- Já estava na hora!
À sua frente Alcebíades viu as costas de Diego. Além dele, Daniel apontava duas armas, uma para cada um dos agentes.
- Daniel, você está em desvantagem. Eu tenho duas armas apontadas para você, você tem que dividir sua atenção em duas pessoas.
- Isso é uma questão de ponto de vista, Alce. Eu só estou mantendo uma arma em você para te impedir de fazer movimentos bruscos. A minha atenção está nesse garoto aqui. Eu sei que você não tem medo de morrer em ação. Mesmo porque esse não deve nem ser você, e sim uma cópia.
Atrás da estante, Alcebíades vira para Ângela e coloca o indicador sobre os lábios. A tensão à frente continua:
- Ô moleque! Eu achava que você virava um koala furioso em situações como essa.
- Eu ainda estou tentando entender como é que ele não está com a cara toda arrebentada. E o cheiro dele está diferente.
Ângela se agacha e vai até a ponta da estante para tentar ver o que está acontecendo. Alcebíades puxa o seu braço, mas ela teletransporta o braço para longe da mão dele e sussurra:
- Eu sei o que estou fazendo!
Ela consegue vislumbrar a cena e volta para trás da estante. Alcebíades olha para ela com cara de intrigado.
- Você consegue se comunicar com a sua cópia?
- Sem chamar a atenção do Daniel? Acho difícil, ele vai perceber.
- Ele vai atirar nela se perceber?
- Duvido. Ele provavelmente vai tentar me sacanear sobre o assunto.
- Então pode arriscar. Vamos fazer um ataque surpresa.
- Mas ele está apontando uma arma direto na cara do Diego!
Ângela tira um pequeno tubo de spray de um bolsinho em sua calça.
- Ele não pode acertar no que não pode ver.
_____
A cópia de Alcebíades franze as sobrancelhas.
- Que foi, Alce? Recebendo ordens? Você sempre foi assim, quando as coisas ficavam divertidas vinha o Papai Moura e acabava com a brincadeira...
*PUF*
*Phshhhhhhhhhhh*
*PUF*
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh!!! O quê....?
*TÁ-TÁ! TÁ!*
Daniel cai no chão, com um tiro em cada mão e mais um no joelho. Ângela, que tinha se teletransportado de volta para trás da estante por segurança, põe a cara para fora. Diego tinha rolado para longe do alcance da arma de Daniel na primeira oportunidade.
- Ei, Ângela, o que foi isso que você tacou nos olhos dele, spray de pimenta?
- Não. Desodorante. Sempre anda comigo.
Diego olha para ela, incrédulo.
- Que foi, você nunca fica suado?
Ela e Alcebíades saem de trás da estante, indo na direção de Daniel.
- Ahn.... quando eu disse que era para imobilizá-lo, Alce... eu não quis dizer...
Alcebíades passa por sua cópia, chegando perto de Daniel, que tenta correr para um canto. Alcebíades o chuta para o lado e Daniel cai de bruços. Alcebíades dá mais um tiro, na cabeça de Daniel.
- ...
Ângela e Diego se entreolham. Alcebíades faz sinal para o corredor à frente.
- Vamos. Temos pouco tempo.
Blanche's rebellion weblog. Beware...
21.5.06
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