Com o som de um clique, Diego percebeu que Ângela havia aberto a porta. Ela entrou e ele a seguiu. Ângela olhou em volta, e voltou a olhar para Romi, se sentindo muito constrangida.
- Romi, então este é o quarto do Dr. Moura?
Romi não disse nada, apenas deu dois passos para o lado e desabou em cima de uma pilha de roupas.
O quarto não era bagunçado. Não, estava longe disso. Ele na verdade redefinia, abria uma outra gama de conceitos para a natureza da bagunça. Ângela estava desesperada.
- Nós nunca vamos achar nada aqui!
-------------
Duas horas depois, o quarto continuava razoavelmente bagunçado, mas a bagunça se restringia a determinados amontoados de coisas com características em comum. Havia a pilha dos recortes de jornal, a pilha dos brique-braques eletrônicos, a pilha dos controles remotos*, a pilha de papéis escritos à mão, a pilha de papéis impressos, a pilha de papéis em branco e um amontoado de roupas que tomava todo o centro do quarto.
- Romi, por favor, podemos começar? – Ângela estava exausta e bufante.
Romi levantou-se e andou até Ângela. Diego ainda estava estupefato, sem conseguir assimilar o fato de que Ângela tinha realmente ousado invadir o quarto do Dr. Moura e transformado aquela maçaroca de coisas sem sentido em várias maçaroquinhas, cada uma com o seu sentido próprio. O fato de que ela o fez usando o teletransporte para ser mais rápida também não tinha ajudado o seu cérebro a absorver todas as informações.
- Comece por aqui.
Romi começou a estudar a pilha de camisas. Puxou uma. Diego quase deu um pulo para trás quando uma de suas patas subiu, deixando sua órbita inferior com apenas três apoios, e se movimentou até sua órbita mediana, para então dividir sua ponta em duas partes, que com a pata original formavam um T. Romi começou a scannear a camisa com sua pata-transformer, e aparentemente não chegou a conclusão alguma.
- Ok. Próxima. – Disse Ângela.
Romi fez o mesmo com cada uma das blusas. Repetiu o processo com as calças, meias, casacos, paletós e até cuecas. Nada.
- Não é possível....
- O que não é possível?
Diego e Ângela viraram.
- O que não é possível, Ângela? – Dr. Moura estava parado na porta do quarto.
- É... É que...
PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI
- O que é isso?
- É o alarme da Romi! Ela achou alguma coisa.
Romi estava virada para o Dr. Moura. Ela deu mais alguns passinhos desengonçados pela falta da quarta pata, e foi até ele. O apito surgia sempre na altura do rosto do Dr. Moura.
- Ah isto? – Disse Dr. Moura, tirando os óculos. Ele os levou até sua escrivaninha, abriu uma gaveta, tirou uma pequena caixa preta de veludo e colocou os óculos dentro. Da mesma gaveta ele tirou um par de óculos diferente e colocou no rosto. – Pronto. Podemos conversar.
Blanche's rebellion weblog. Beware...
12.12.05
4.12.05
Avalanche de acontecimentos
Pois é... muuuuuito tempo sem escrever, né?
Neste interim Kirjava vem trabalhando num lugar completamente insano, onde a chefe cada hora decide que vai fazer uma coisa diferente e tem um histórico de humilhar pessoas em público, a firma que aluga o escritório pra gente é um modelo de incompetência e a outra estagiária já foi achar coisa melhor pra fazer da vida...
O semestre da faculdade já acabou. Kirjava ficou com 8.75 de média na UMA matéria que estava fazendo (não tinha matérias com horários compatíveis para a kirjava...). Ela ficou tão feliz pq todo mundo se ferrou na primeira prova, inclusive ela, que tirou 7.5 - numa prova com consulta! Kirjava odeia provas com consulta. Os professores sempre são muito mais exigentes - . Mas aíí... ela tirou 10 na pr2... e ficou com 8.75 de média!!!! Vivaaaaa!!!!
*Obrigada ao Pantalaimon e ao Caike, que viram os filmes comigo e me ajudaram discutindo a análise...*
E agora... a Kirjava está começando a pensar em se voltar para alguns projetos que vão ser projetos do coração dela... Mi.
E aí ela vai voltar a escrever aqui decentemente... espero. ^.^
Neste interim Kirjava vem trabalhando num lugar completamente insano, onde a chefe cada hora decide que vai fazer uma coisa diferente e tem um histórico de humilhar pessoas em público, a firma que aluga o escritório pra gente é um modelo de incompetência e a outra estagiária já foi achar coisa melhor pra fazer da vida...
O semestre da faculdade já acabou. Kirjava ficou com 8.75 de média na UMA matéria que estava fazendo (não tinha matérias com horários compatíveis para a kirjava...). Ela ficou tão feliz pq todo mundo se ferrou na primeira prova, inclusive ela, que tirou 7.5 - numa prova com consulta! Kirjava odeia provas com consulta. Os professores sempre são muito mais exigentes - . Mas aíí... ela tirou 10 na pr2... e ficou com 8.75 de média!!!! Vivaaaaa!!!!
*Obrigada ao Pantalaimon e ao Caike, que viram os filmes comigo e me ajudaram discutindo a análise...*
E agora... a Kirjava está começando a pensar em se voltar para alguns projetos que vão ser projetos do coração dela... Mi.
E aí ela vai voltar a escrever aqui decentemente... espero. ^.^
17.11.05
O Alce, o Koala e o Vento
- Oi, Ângela.
- Oi.
- Eu posso falar com você?
- Me dá dois minutos.
Ângela pulava* de um lado para o outro de uma parede feita especialmente para ela no salão de treinos de resistência da Agência**. Diego passou por dois agentes fazendo bungee jumping, um grupo de cinco trainees fazendo acrobacias em uma cama elástica e mais uma aula de yoga ministrada pelo Sr. Duhalib até encontrar um lugar quieto para sentar***. Depois dos prometidos dois minutos, quando Diego estava começando a pensar em ir falar com ela de novo, Ângela aparece na frente dele, com um leve rastro de fumaça.
- Putz! Você não pode andar que nem uma pessoa normal?!
- Desculpa, – ela sorriu – eu tava no automático.
Observando melhor, Diego notou que seu cabelo estava todo grudado na testa com o suor, além de sua respiração estar arfante. O teletransporte realmente parecia ser um esforço físico.
- Você resolveu treinar assim sozinha?
- Não. Foi o Dr. Moura. Ele disse “Minha filha, se você quer ter a mínima chance de sobreviver, você tem que se preparar”. Daí ele mandou colocar aquela parede lá no meio da sala de treinos.
- Hm.
- Que foi?
- Quando foi a última vez que você falou com ele?
- Ontem à tarde. Por quê?
- Você reparou se tinha alguém por perto?
- Tinha várias pessoas por perto, Diego. A gente estava no meio do corredor pro refeitório. Que cara de teoria da conspiração é essa?
Diego resolve tirar o olhar Sherlock Holmes da cara depois disso.
- Olha... eu acho que tem alguém querendo sabotar aquele velho teimoso.
- Como assim?
Ele então decide contar a Ângela os eventos da noite anterior.
- Eita. Mas você não sabe quem foi? Pelo cheiro, sei lá?
- Eu já disse isso pro Alce e vou dizer pra você: eu NÃO sou personagem da Marvel, valeu? Eu só vou conseguir reconhecer o cheiro do infeliz quando puder encontrar com ele de novo e isolar o cara.
- Ok... hmmm...eu estou pensando aqui com os meus botões...
- E?
- Vem comigo.
Ângela se teletransportou para a porta. Diego saiu correndo, a alcançou e disse:
- Se você fizer isso de novo eu vou me transformar num koala e você não vai gostar.
- Desculpa. Reflexo condicionado. – ela sorriu novamente. Diego não conseguiu evitar pensar que o humor dela melhorara consideravelmente. Ela havia passado daquele estado seco e mórbido para uma agora leve e saltitante disposição para qualquer coisa.
Eles foram seguindo pelos corredores da Agência até a sala de reuniões do Dr. Moura, onde Romi geralmente ficava****, e a encontraram assistindo Hello Dolly pela bilhonésima vez.
- Romi?
Romi virou sua órbita de cima. Não que isso parecesse fazer diferença, mas ela achava que os humanos nunca ficavam satisfeitos se ela não esboçasse nenhuma reação.
- Onde ficam as roupas do Dr. Moura?
Romi deixou sua órbita superior pender para o lado, em óbvia expressão de dúvida.*****
- A gente acha que alguém implantou algum tipo de escuta nele. Será que você poderia verificar?
Ainda desconfiada, Romi se levantou, saiu da sala e foi andando pelo corredor, seguida pelos dois jovens. Depois de virar quatro vezes à direita e ir parar em um corredor absolutamente diferente, ela parou em frente a uma porta.
- Podemos entrar, Romi?
Romi fez um gesto de “vocês primeiro”. Ângela colocou a mão na maçaneta. Diego colocou a mão em seu ombro.
- Ângela, você acha isso uma boa idéia?
- Ele nos treina para quê, Diego? De que adianta o treinamento se nós não podemos resolver os problemas na nossa própria casa?
Diego parou. Não que o argumento de Ângela tivesse sido particularmente convincente. Ele parou por outro motivo. Ela chamou a Agência... de nossa casa.
Então é isso que é ter uma casa? É isso que é se sentir em casa?...
Mais que um lugar? Algo que temos que proteger?
Como seria a minha vida fora daqui? Sem essas pessoas?
Será que eu poderia voltar para a floresta? Será que eu ficaria bem lá?
Tudo aquilo que eu conhecia como família foi destruído.
Eu vou estar sozinho. De novo.
Não vou ter com quem contar. De novo.
De novo abandonado, de novo sozinho, de novo sem ter com quem ou o quê me importar.
Sem ter quem se importe comigo.
As memórias de Alcebíades, de Dr. Moura e da Ângela fluíam aos borbotões na mente de Diego.
Eu não quero ter que ir embora. Eu tenho que proteger essas pessoas. Eu tenho que proteger... o meu lar.
* Na verdade, se teletransportava, mas Ângela insistia que era quase a mesma coisa que pular
** Que já passara por exatamente 582 reformas desde sua construção, há 2 anos.
*** Por lugar quieto entende-se um lugar fora do alcance de pernas, mãos e corpos em movimento. Nunca se sabe quando um pé ou braço perdido pode voar na sua cara.
**** Por nenhum outro motivo que não a gigantesca tv de plasma e o sistema de som.
***** Mas que poderia ser melhor traduzida por “Por que diabos você está me perguntando isso?”
- Oi.
- Eu posso falar com você?
- Me dá dois minutos.
Ângela pulava* de um lado para o outro de uma parede feita especialmente para ela no salão de treinos de resistência da Agência**. Diego passou por dois agentes fazendo bungee jumping, um grupo de cinco trainees fazendo acrobacias em uma cama elástica e mais uma aula de yoga ministrada pelo Sr. Duhalib até encontrar um lugar quieto para sentar***. Depois dos prometidos dois minutos, quando Diego estava começando a pensar em ir falar com ela de novo, Ângela aparece na frente dele, com um leve rastro de fumaça.
- Putz! Você não pode andar que nem uma pessoa normal?!
- Desculpa, – ela sorriu – eu tava no automático.
Observando melhor, Diego notou que seu cabelo estava todo grudado na testa com o suor, além de sua respiração estar arfante. O teletransporte realmente parecia ser um esforço físico.
- Você resolveu treinar assim sozinha?
- Não. Foi o Dr. Moura. Ele disse “Minha filha, se você quer ter a mínima chance de sobreviver, você tem que se preparar”. Daí ele mandou colocar aquela parede lá no meio da sala de treinos.
- Hm.
- Que foi?
- Quando foi a última vez que você falou com ele?
- Ontem à tarde. Por quê?
- Você reparou se tinha alguém por perto?
- Tinha várias pessoas por perto, Diego. A gente estava no meio do corredor pro refeitório. Que cara de teoria da conspiração é essa?
Diego resolve tirar o olhar Sherlock Holmes da cara depois disso.
- Olha... eu acho que tem alguém querendo sabotar aquele velho teimoso.
- Como assim?
Ele então decide contar a Ângela os eventos da noite anterior.
- Eita. Mas você não sabe quem foi? Pelo cheiro, sei lá?
- Eu já disse isso pro Alce e vou dizer pra você: eu NÃO sou personagem da Marvel, valeu? Eu só vou conseguir reconhecer o cheiro do infeliz quando puder encontrar com ele de novo e isolar o cara.
- Ok... hmmm...eu estou pensando aqui com os meus botões...
- E?
- Vem comigo.
Ângela se teletransportou para a porta. Diego saiu correndo, a alcançou e disse:
- Se você fizer isso de novo eu vou me transformar num koala e você não vai gostar.
- Desculpa. Reflexo condicionado. – ela sorriu novamente. Diego não conseguiu evitar pensar que o humor dela melhorara consideravelmente. Ela havia passado daquele estado seco e mórbido para uma agora leve e saltitante disposição para qualquer coisa.
Eles foram seguindo pelos corredores da Agência até a sala de reuniões do Dr. Moura, onde Romi geralmente ficava****, e a encontraram assistindo Hello Dolly pela bilhonésima vez.
- Romi?
Romi virou sua órbita de cima. Não que isso parecesse fazer diferença, mas ela achava que os humanos nunca ficavam satisfeitos se ela não esboçasse nenhuma reação.
- Onde ficam as roupas do Dr. Moura?
Romi deixou sua órbita superior pender para o lado, em óbvia expressão de dúvida.*****
- A gente acha que alguém implantou algum tipo de escuta nele. Será que você poderia verificar?
Ainda desconfiada, Romi se levantou, saiu da sala e foi andando pelo corredor, seguida pelos dois jovens. Depois de virar quatro vezes à direita e ir parar em um corredor absolutamente diferente, ela parou em frente a uma porta.
- Podemos entrar, Romi?
Romi fez um gesto de “vocês primeiro”. Ângela colocou a mão na maçaneta. Diego colocou a mão em seu ombro.
- Ângela, você acha isso uma boa idéia?
- Ele nos treina para quê, Diego? De que adianta o treinamento se nós não podemos resolver os problemas na nossa própria casa?
Diego parou. Não que o argumento de Ângela tivesse sido particularmente convincente. Ele parou por outro motivo. Ela chamou a Agência... de nossa casa.
Então é isso que é ter uma casa? É isso que é se sentir em casa?...
Mais que um lugar? Algo que temos que proteger?
Como seria a minha vida fora daqui? Sem essas pessoas?
Será que eu poderia voltar para a floresta? Será que eu ficaria bem lá?
Tudo aquilo que eu conhecia como família foi destruído.
Eu vou estar sozinho. De novo.
Não vou ter com quem contar. De novo.
De novo abandonado, de novo sozinho, de novo sem ter com quem ou o quê me importar.
Sem ter quem se importe comigo.
As memórias de Alcebíades, de Dr. Moura e da Ângela fluíam aos borbotões na mente de Diego.
Eu não quero ter que ir embora. Eu tenho que proteger essas pessoas. Eu tenho que proteger... o meu lar.
* Na verdade, se teletransportava, mas Ângela insistia que era quase a mesma coisa que pular
** Que já passara por exatamente 582 reformas desde sua construção, há 2 anos.
*** Por lugar quieto entende-se um lugar fora do alcance de pernas, mãos e corpos em movimento. Nunca se sabe quando um pé ou braço perdido pode voar na sua cara.
**** Por nenhum outro motivo que não a gigantesca tv de plasma e o sistema de som.
***** Mas que poderia ser melhor traduzida por “Por que diabos você está me perguntando isso?”
2.11.05
Formiguinhas...
Estou me sentindo uma formiga ultimamente...
Estou olhando para um futuro de 12hs de trabalho por dia, metade no escritório e metade em aulas pelo rio de janeiro inteiro... Ó vida...
Isso sem contar que eu estou, estupidamente, estudando pro vestibular da ECO, no qual eu não vou passar.
Mas... I'll cheer up. Depois do dia 13 (que é a prova) as coisas devem melhorar... Afinal, o último dia de filmagem do filme do Régis deve estar próximo também... ^.^
(Deus. Eu nunca achei que eu fosse ficar tão feliz de me livrar de um filme...)
E aí eu volto a escrever. Mi.
Estou olhando para um futuro de 12hs de trabalho por dia, metade no escritório e metade em aulas pelo rio de janeiro inteiro... Ó vida...
Isso sem contar que eu estou, estupidamente, estudando pro vestibular da ECO, no qual eu não vou passar.
Mas... I'll cheer up. Depois do dia 13 (que é a prova) as coisas devem melhorar... Afinal, o último dia de filmagem do filme do Régis deve estar próximo também... ^.^
(Deus. Eu nunca achei que eu fosse ficar tão feliz de me livrar de um filme...)
E aí eu volto a escrever. Mi.
25.10.05
The "Bear" Necessities
Hoje eu tive uma epifania... Eu finalmente liguei the BARE necessities ao fato de que é o Baloo que canta... não é lindo... ai. E eu nunca tinha percebido...
Look for the bare necessities
The simple bare necessities
Forget about your worries and your strife
I mean the bare necessities
Old Mother Nature's recipes
That brings the bare necessities of life
Wherever I wander, wherever I roam
I couldn't be fonder of my big home
The bees are buzzin' in the tree
To make some honey just for me
When you look under the rocks and plants
And take a glance at the fancy ants
Then maybe try a few
The bare necessities of life will come to you
They'll come to you!
Look for the bare necessities
The simple bare necessities
Forget about your worries and your strife
I mean the bare necessities
That's why a bear can rest at ease
With just the bare necessities of life
Now when you pick a pawpaw
Or a prickly pear
And you prick a raw paw
Next time beware
Don't pick the prickly pear by the paw
When you pick a pear
Try to use the claw
But you don't need to use the claw
When you pick a pear of the big pawpaw
Have I given you a clue ?
The bare necessities of life will come to you
They'll come to you!
So just try and relax, yeah cool it
Fall apart in my backyard
'Cause let me tell you something little britches
If you act like that bee acts, uh uh
You're working too hard
And don't spend your time lookin' around
For something you want that can't be found
When you find out you can live without it
And go along not thinkin' about it
I'll tell you something true
The bare necessities of life will come to you
24.10.05
21.10.05
Inércia
Pois é, final de período se aproxima, todo mundo se matando para terminar os trabalhos...
In the meantime, eu resolvi fazer uma breve análise da minha vida...
Algo me diz que eu deveria ter me tornado designer de moda. Assim meus desenhos poderiam ser rabiscos, e ninguém ia poder reclamar. Besides, eu nem precisaria ser realmente criativa, eu podia simplesmente pegar elementos das modas das épocas que eu mais gostasse e transferi-los para as roupas atuais, criando híbridos. Eu não vejo nenhum designer fazer algo de radicalmente diferente disso mesmo...
Vou postar em breve um desenho da Ângela, do Diego e do Alcebíades, que é o melhor que eu faço. Sintam-se livres para xingar à vontade.
Beijo pra todo mundo...
In the meantime, eu resolvi fazer uma breve análise da minha vida...
Algo me diz que eu deveria ter me tornado designer de moda. Assim meus desenhos poderiam ser rabiscos, e ninguém ia poder reclamar. Besides, eu nem precisaria ser realmente criativa, eu podia simplesmente pegar elementos das modas das épocas que eu mais gostasse e transferi-los para as roupas atuais, criando híbridos. Eu não vejo nenhum designer fazer algo de radicalmente diferente disso mesmo...
Vou postar em breve um desenho da Ângela, do Diego e do Alcebíades, que é o melhor que eu faço. Sintam-se livres para xingar à vontade.
Beijo pra todo mundo...
15.10.05
Dia dos Professores
Pois é... hoje é dia dos professores! Parabéns para mim e para o Caike...
E hoje eu dei aula em niterói e fui até a barra pra dar com a cara na porta. Minha aluna esqueceu que tinha aula... Eu mereço...
E o meu spider sense estava me avisando disso... Hoje eu quase mandei tudo às favas, desmarquei tudo e fui com a caravana pró - hockey pra Teresópolis... Mas não. O meu sense of duty é sempre mais forte que o meu spider sense, e eu fiquei no Rio, fazer o quê?
O filme está uma beleza. Tá um disse-que-me-disse e ninguém se entende, é impressionante... A última notícia é que as filmagens foram adiadas possivelmente até novembro. O motivo do adiamento é muito plausível obrigada, já que filmar amanhã significaria automaticamente f**er com a continuidade de luz. Só que, se de um lado o diretor diz que o departamento de fotografia acha que tem que adiar mesmo, que vai ficar feio e etc, a produtora (que foi eleita pela equipe a louca do ano) diz que a fotografia está botando pressão para filmar logo. O que eu tiro disso é que, das duas uma: ou a fotografia é esquizofrênica, ou há um sério, SÉRIO problema de comunicação entre a direção e a produção. O pior é que enquanto isso eu tou que nem bolinha de pingue-pongue, ligando alternadamente para o diretor e para a produtora para tentar descobrir o que ficou realmente decidido.
Ó vida...
Todo mundo se divertindo em Teresópolis e eu aqui...
Ó céus...
Mi.
E hoje eu dei aula em niterói e fui até a barra pra dar com a cara na porta. Minha aluna esqueceu que tinha aula... Eu mereço...
E o meu spider sense estava me avisando disso... Hoje eu quase mandei tudo às favas, desmarquei tudo e fui com a caravana pró - hockey pra Teresópolis... Mas não. O meu sense of duty é sempre mais forte que o meu spider sense, e eu fiquei no Rio, fazer o quê?
O filme está uma beleza. Tá um disse-que-me-disse e ninguém se entende, é impressionante... A última notícia é que as filmagens foram adiadas possivelmente até novembro. O motivo do adiamento é muito plausível obrigada, já que filmar amanhã significaria automaticamente f**er com a continuidade de luz. Só que, se de um lado o diretor diz que o departamento de fotografia acha que tem que adiar mesmo, que vai ficar feio e etc, a produtora (que foi eleita pela equipe a louca do ano) diz que a fotografia está botando pressão para filmar logo. O que eu tiro disso é que, das duas uma: ou a fotografia é esquizofrênica, ou há um sério, SÉRIO problema de comunicação entre a direção e a produção. O pior é que enquanto isso eu tou que nem bolinha de pingue-pongue, ligando alternadamente para o diretor e para a produtora para tentar descobrir o que ficou realmente decidido.
Ó vida...
Todo mundo se divertindo em Teresópolis e eu aqui...
Ó céus...
Mi.
10.10.05
Jogos e Filmagens...
Ó vida...
Eu ganhei uma partida de Sapão! Olha que legal... não tou acreditando até agora...>.<
Eu não lembro qual foi a última vez que eu ganhei alguma coisa... mi.
Sobre as filmagens, as coisas estão transcorrendo bem... mal. O Régis está batendo o pé com algumas coisas que ... bem... hum.... acabam sendo prejudiciais ao filme, né?
A parte boa é que as nossas previsões se cumpriram. O Pedro pediu até pruma árvore chegar pro lado! Obviamente ela não chegou, o que fez o Pedro arrancar um galho da pobre árvore em retaliação e entregá-lo para o Dragos, que ficou... servindo de árvore, no final das contas, segurando o galhinho para ele ficar em quadro... ^.^
Eu ganhei uma partida de Sapão! Olha que legal... não tou acreditando até agora...>.<
Eu não lembro qual foi a última vez que eu ganhei alguma coisa... mi.
Sobre as filmagens, as coisas estão transcorrendo bem... mal. O Régis está batendo o pé com algumas coisas que ... bem... hum.... acabam sendo prejudiciais ao filme, né?
A parte boa é que as nossas previsões se cumpriram. O Pedro pediu até pruma árvore chegar pro lado! Obviamente ela não chegou, o que fez o Pedro arrancar um galho da pobre árvore em retaliação e entregá-lo para o Dragos, que ficou... servindo de árvore, no final das contas, segurando o galhinho para ele ficar em quadro... ^.^
6.10.05
Alergia
Ó vida, ó céus...
Por que, ó por que inventaram os leoninos?
Era uma vez um leonino muito filho da puta. Mesmo. Aproveitador, achava que todo mundo tinha que dar graças pela existência dele e por aí vai....
E aí, um dia ele resolveu mandar um spam sobre desarmamento para a Kirjava. Que já não ia com a cara dele...
O email era repleto de baboseiras do início ao fim. Ele defendia o "NÃO" ao desarmamento, e era, sem dúvidas, um amontoado infindável de estupidez.
E a Kirjava, de raiva, se deu ao trabalho de responder. A favor do desarmamento. Primeiro ela deu um leve esporro por conta do spam, mas depois disse que aquilo tudo era uma baboseira sem fim.
A lista era enorme. MESMO. De todo mundo, só 2 pessoas responderam, quebrando o pau com a Kirjava. Isso só provou pra Kirjava que tem realmente pouca gente que gosta lá do leonino infeliz. O leonino corroborou o que o fulaninho lá falou como se ele fosse um enviado da sua corte e ele estivesse apenas acenando a cabeça em concordância. Ah, como a Kirjava despreza gente assim.
Ela respondeu de novo. Disse que não se importa com que decisão eles tomem, rebateu os argumentos deles e deu um fora no leonino bem direto por conta do spam. E pediu para ser tirada das cópias.
Kirjava é alérgica a burrice. E burrice de leonino é a pior que tem.
Por que, ó por que inventaram os leoninos?
Era uma vez um leonino muito filho da puta. Mesmo. Aproveitador, achava que todo mundo tinha que dar graças pela existência dele e por aí vai....
E aí, um dia ele resolveu mandar um spam sobre desarmamento para a Kirjava. Que já não ia com a cara dele...
O email era repleto de baboseiras do início ao fim. Ele defendia o "NÃO" ao desarmamento, e era, sem dúvidas, um amontoado infindável de estupidez.
E a Kirjava, de raiva, se deu ao trabalho de responder. A favor do desarmamento. Primeiro ela deu um leve esporro por conta do spam, mas depois disse que aquilo tudo era uma baboseira sem fim.
A lista era enorme. MESMO. De todo mundo, só 2 pessoas responderam, quebrando o pau com a Kirjava. Isso só provou pra Kirjava que tem realmente pouca gente que gosta lá do leonino infeliz. O leonino corroborou o que o fulaninho lá falou como se ele fosse um enviado da sua corte e ele estivesse apenas acenando a cabeça em concordância. Ah, como a Kirjava despreza gente assim.
Ela respondeu de novo. Disse que não se importa com que decisão eles tomem, rebateu os argumentos deles e deu um fora no leonino bem direto por conta do spam. E pediu para ser tirada das cópias.
Kirjava é alérgica a burrice. E burrice de leonino é a pior que tem.
30.9.05
Já troquei o que me incomodava muito. Vamos ver se fica assim....:
O Alce, o Coala e o Vento
Pó.
- O que foi isso, moleque?
- A porta.
- Que porta?
- A porta da Ângela.
- ... E por que ela bateu a porta?
- E eu sei lá?
- Deve ser TPM...
- Bom... de bom humor ela não tava. Tava resmungando horrores no caminho pra cá.
- Resmungando? O que que vocês foram fazer com o Dr. Moura afinal?
- Ah, a gente foi investigar um tal de Hermano Castro. Aparentemente ele tem a ver com o laboratório que a gente invadiu...
- Ah, já sei quem é. Cês pegaram o cara?
- Pegar a gente pegou. Mas o Dr. Moura não deixou a gente trazer o cara pra cá não.
- Será que é por isso que ela tá de mau humor?
- Não. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o Dr. Moura estar preparando mais duas missões pra gente. Acho que ela não gostou que ela não vai fazer muita coisa.
- DUAS MISSÕES? Ele tá achando o quê, que vocês já podem sair assim, sozinhos?
- Credo, Alce. Olha, a gente se deu muito bem nessa missão, tá? Todo mundo ficou impressionado.
- Eu vou ter que conversar a sério com o Dr. Moura...
No dia seguinte, Dr. Moura convocou Diego, Alcebíades e Ângela para um café-da-manhã informal no refeitório da Agência. Alcebíades, como sempre, mandou uma cópia e chegou primeiro. Dr. Moura chegou com Romi logo depois, e Diego apareceu novamente atrasado. No entanto, ele não era o mais atrasado. Já passavam quinze minutos do horário marcado, e Ângela não aparecia.
- Alguém sabe o que aconteceu com ela?
- Tava de mau humor ontem.
- TPM. Mulheres são volúveis. Por isso é que elas não são boas agentes.
Romi virou sua esfera de cima para Alcebíades. Mesmo sem rosto, não era necessário ser mediúnico para sentir o peso de seu olhar de reprovação.
- Você tem que ser mais cavalheiro, Alcebíades.
- Crunchcrunchcrunch...
Todos olharam para Diego, que mal chegara, começara a mastigar furiosamente um pouco de tudo que via pela mesa.*
- Quhe phooi? - disse ele com a boca cheia.
Neste momento Ângela entra refeitório adentro. Seus cabelos estavam soltos e molhados. Vestia uma blusa preta e uma calça jeans, além da cara de poucos amigos.
- Bom dia, Ângela.
Ela se sentou, respondendo apenas com um aceno de cabeça.
- Bom. Agora podemos começar. Alcebíades, nós finalmente terminamos de avaliar o conteúdo dos arquivos que o Diego e a Ângela tiraram do escritório de Hermano Castro. Eu tenho uma notícia para você.
- Fala.
- Estamos mais perto do Daniel do que imaginávamos. Encontramos plantas de uma base, além das instruções de um dispositivo de teletransporte que deve levar diretamente a esta base. Eles devem estar usando a tecnologia dos pais da Ângela para fazer esse dispositivo funcionar. No entanto, este dispositivo tem um defeito.
- Hm.
- Ele é pré-programado. Isso quer dizer...
- Quer dizer que eles não podem se mover para onde querem. - completou Ângela.
- Sim, querida. Você sabe como o seu teletransporte funciona?
- Acho que sim. Eu desejo muito estar em outro lugar, e foco no lugar aonde quero estar. Por isso é tão difícil eu me teletransportar para lugares que não conheço. Eu não consigo focar direito.
- O que aconteceria se você se teletransportasse pro meio de uma parede? - perguntou Diego.
- Ela provavelmente morreria atravessada pela parede. Teoricamente, existe a possibilidade de que ela perceba que é uma parede antes que o seu corpo termine de se materializar, mas é muito arriscado, eu nunca soube de uma real tentativa...
- Perceber que é uma parede...? Eu mereço.**
- A consciência é a última que sai, e a primeira que chega. Ela se movimenta mais rápido que todo o resto no teletransporte. Pelo menos é assim comigo. Não sei como acontece com quem é teletransportado.
- Seja como for, Dr. Moura, eu acho que é muito legal o senhor ficar dando missões para eles, mas eu acho que o senhor andou sendo muito irresponsável na minha ausência. Eles claramente não estão preparados...
- Você tomou um tiro na testa, Alcebíades. É melhor você admitir de uma vez que contra o Daniel você vai precisar de ajuda.
Alcebíades se levantou.
- Eu!!! Eu nunca precisei de ajuda contra aquele...
Dr. Moura colocou as mãos lenta e firmemente sobre a mesa. Apoiou-se nelas e se levantou. Mesmo sendo bem mais baixo que Alcebíades, o agente mais velho impunha respeito de tal forma que ele foi forçado a se sentar.
- Você ainda segue ordens minhas. Se você me ouvisse, não teria ficado inutilizado por 2 semanas e poderia estar presente na invasão do escritório de Hermano Castro. Você não estava lá quando nós precisávamos, Alcebíades, e eu não vou mais me dar ao luxo de ter você inconsciente... ou pior.
Diego olhava de um para o outro como se fosse um jogo de pingue-pongue.*** Ele nunca havia testemunhado ninguém passar um sabão tão grande no Alcebíades. Ângela brincava com um guardanapo, fazendo-o desaparecer e reaparecer junto com a sua mão.****
- Bom. Ângela. Uma vez que nós descobrirmos onde fica a tal base, eu preciso que você estude todo o material sobre ela para conhecê-la toda por dentro. Você tem que colocar o Diego e o Alcebíades para dentro, e uma vez lá, deixe que eles façam o trabalho.
- Não.
- Ahn?
- Cansei de ser burro de carga.
- Quê?
- Não sou meio de transporte. Quero fazer um trato com você.
Dr. Moura parou por um instante.
- Ontem fez treze anos que meus pais morreram. Eu quero achar os responsáveis pela morte deles. Onde está aquele energizante? Eu posso transportar todo mundo para dentro, mas me recuso a fazer só isso. Eu quero acesso às informações que dizem respeito aos meus pais.
- Você tem idéia do que está pedindo?
- Tenho. Eu posso morrer, eu posso me machucar, eles podem me prender, me torturar, me usar como cobaia... Eu aceito o risco.
- O quê você pretende fazer quando encontrá-los?
- Eu não sei. Provavelmente só vou pedir que sejam presos. Eu já sei o que você vai dizer, que nada vai trazer os meus pais de volta. Eu sei disso. Mas quero olhar nos olhos deles, quero saber. Preciso saber.
- Muito bem. Nós conversaremos sobre isso depois. Diego, você consegue se lembrar do cheiro do Daniel?
- Ahn? É... consigo. Er... é, consigo.
- Alcebíades. Você vive dizendo que sozinho é um exército.
Alcebíades ainda estava lambendo seu orgulho ferido num canto. Ele apenas olhou para Dr. Moura.
- E...?
- Prepare-se. Você vai ter um exército à sua altura dessa vez.
* Se transformar periodicamente em koala despendia muita energia. MUITA. MESMO. Se a dieta de um ser humano normal alcança aproximadamente 2.500 calorias, a de Diego deveria ser pelo menos o dobro. Pelo menos era isso que o pessoal do refeitório achava, dadas as 8 refeições diárias que o moleque fazia sem engordar.
** As pessoas na Agência estavam começando a achar que Alcebíades tinha voltado do além-vida ainda mais reclamão do que de costume. O estagiário da xérox já imitava o Rabugento toda vez que o via. Felizmente, Alcebíades não prestava atenção. Da última vez que o estagiário o irritou, Alcebíades desenvolveu uma alergia nervosa, com conseqüências catastróficas. Ninguém queria uma manada de alces correndo solta pela Agência. De novo.
*** Ele gostava de assistir jogos de pingue-pongue. Ele tentou jogar uma vez, mas na primeira bola perdida, Diego entrou em fúria, virou um koala... e acordou 5 horas depois, com a mesa destruída e irreconhecível, bem como seu adversário.
**** O truque era ela se transportar para o mesmo lugar, com exceção da mão, que trocava. O teletransporte tinha que ser bem rápido, de forma que apenas alguém muito observador pudesse perceber a fumaça ao seu redor, e parecesse que só sua mão se transportou.
O Alce, o Coala e o Vento
Pó.
- O que foi isso, moleque?
- A porta.
- Que porta?
- A porta da Ângela.
- ... E por que ela bateu a porta?
- E eu sei lá?
- Deve ser TPM...
- Bom... de bom humor ela não tava. Tava resmungando horrores no caminho pra cá.
- Resmungando? O que que vocês foram fazer com o Dr. Moura afinal?
- Ah, a gente foi investigar um tal de Hermano Castro. Aparentemente ele tem a ver com o laboratório que a gente invadiu...
- Ah, já sei quem é. Cês pegaram o cara?
- Pegar a gente pegou. Mas o Dr. Moura não deixou a gente trazer o cara pra cá não.
- Será que é por isso que ela tá de mau humor?
- Não. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o Dr. Moura estar preparando mais duas missões pra gente. Acho que ela não gostou que ela não vai fazer muita coisa.
- DUAS MISSÕES? Ele tá achando o quê, que vocês já podem sair assim, sozinhos?
- Credo, Alce. Olha, a gente se deu muito bem nessa missão, tá? Todo mundo ficou impressionado.
- Eu vou ter que conversar a sério com o Dr. Moura...
No dia seguinte, Dr. Moura convocou Diego, Alcebíades e Ângela para um café-da-manhã informal no refeitório da Agência. Alcebíades, como sempre, mandou uma cópia e chegou primeiro. Dr. Moura chegou com Romi logo depois, e Diego apareceu novamente atrasado. No entanto, ele não era o mais atrasado. Já passavam quinze minutos do horário marcado, e Ângela não aparecia.
- Alguém sabe o que aconteceu com ela?
- Tava de mau humor ontem.
- TPM. Mulheres são volúveis. Por isso é que elas não são boas agentes.
Romi virou sua esfera de cima para Alcebíades. Mesmo sem rosto, não era necessário ser mediúnico para sentir o peso de seu olhar de reprovação.
- Você tem que ser mais cavalheiro, Alcebíades.
- Crunchcrunchcrunch...
Todos olharam para Diego, que mal chegara, começara a mastigar furiosamente um pouco de tudo que via pela mesa.*
- Quhe phooi? - disse ele com a boca cheia.
Neste momento Ângela entra refeitório adentro. Seus cabelos estavam soltos e molhados. Vestia uma blusa preta e uma calça jeans, além da cara de poucos amigos.
- Bom dia, Ângela.
Ela se sentou, respondendo apenas com um aceno de cabeça.
- Bom. Agora podemos começar. Alcebíades, nós finalmente terminamos de avaliar o conteúdo dos arquivos que o Diego e a Ângela tiraram do escritório de Hermano Castro. Eu tenho uma notícia para você.
- Fala.
- Estamos mais perto do Daniel do que imaginávamos. Encontramos plantas de uma base, além das instruções de um dispositivo de teletransporte que deve levar diretamente a esta base. Eles devem estar usando a tecnologia dos pais da Ângela para fazer esse dispositivo funcionar. No entanto, este dispositivo tem um defeito.
- Hm.
- Ele é pré-programado. Isso quer dizer...
- Quer dizer que eles não podem se mover para onde querem. - completou Ângela.
- Sim, querida. Você sabe como o seu teletransporte funciona?
- Acho que sim. Eu desejo muito estar em outro lugar, e foco no lugar aonde quero estar. Por isso é tão difícil eu me teletransportar para lugares que não conheço. Eu não consigo focar direito.
- O que aconteceria se você se teletransportasse pro meio de uma parede? - perguntou Diego.
- Ela provavelmente morreria atravessada pela parede. Teoricamente, existe a possibilidade de que ela perceba que é uma parede antes que o seu corpo termine de se materializar, mas é muito arriscado, eu nunca soube de uma real tentativa...
- Perceber que é uma parede...? Eu mereço.**
- A consciência é a última que sai, e a primeira que chega. Ela se movimenta mais rápido que todo o resto no teletransporte. Pelo menos é assim comigo. Não sei como acontece com quem é teletransportado.
- Seja como for, Dr. Moura, eu acho que é muito legal o senhor ficar dando missões para eles, mas eu acho que o senhor andou sendo muito irresponsável na minha ausência. Eles claramente não estão preparados...
- Você tomou um tiro na testa, Alcebíades. É melhor você admitir de uma vez que contra o Daniel você vai precisar de ajuda.
Alcebíades se levantou.
- Eu!!! Eu nunca precisei de ajuda contra aquele...
Dr. Moura colocou as mãos lenta e firmemente sobre a mesa. Apoiou-se nelas e se levantou. Mesmo sendo bem mais baixo que Alcebíades, o agente mais velho impunha respeito de tal forma que ele foi forçado a se sentar.
- Você ainda segue ordens minhas. Se você me ouvisse, não teria ficado inutilizado por 2 semanas e poderia estar presente na invasão do escritório de Hermano Castro. Você não estava lá quando nós precisávamos, Alcebíades, e eu não vou mais me dar ao luxo de ter você inconsciente... ou pior.
Diego olhava de um para o outro como se fosse um jogo de pingue-pongue.*** Ele nunca havia testemunhado ninguém passar um sabão tão grande no Alcebíades. Ângela brincava com um guardanapo, fazendo-o desaparecer e reaparecer junto com a sua mão.****
- Bom. Ângela. Uma vez que nós descobrirmos onde fica a tal base, eu preciso que você estude todo o material sobre ela para conhecê-la toda por dentro. Você tem que colocar o Diego e o Alcebíades para dentro, e uma vez lá, deixe que eles façam o trabalho.
- Não.
- Ahn?
- Cansei de ser burro de carga.
- Quê?
- Não sou meio de transporte. Quero fazer um trato com você.
Dr. Moura parou por um instante.
- Ontem fez treze anos que meus pais morreram. Eu quero achar os responsáveis pela morte deles. Onde está aquele energizante? Eu posso transportar todo mundo para dentro, mas me recuso a fazer só isso. Eu quero acesso às informações que dizem respeito aos meus pais.
- Você tem idéia do que está pedindo?
- Tenho. Eu posso morrer, eu posso me machucar, eles podem me prender, me torturar, me usar como cobaia... Eu aceito o risco.
- O quê você pretende fazer quando encontrá-los?
- Eu não sei. Provavelmente só vou pedir que sejam presos. Eu já sei o que você vai dizer, que nada vai trazer os meus pais de volta. Eu sei disso. Mas quero olhar nos olhos deles, quero saber. Preciso saber.
- Muito bem. Nós conversaremos sobre isso depois. Diego, você consegue se lembrar do cheiro do Daniel?
- Ahn? É... consigo. Er... é, consigo.
- Alcebíades. Você vive dizendo que sozinho é um exército.
Alcebíades ainda estava lambendo seu orgulho ferido num canto. Ele apenas olhou para Dr. Moura.
- E...?
- Prepare-se. Você vai ter um exército à sua altura dessa vez.
* Se transformar periodicamente em koala despendia muita energia. MUITA. MESMO. Se a dieta de um ser humano normal alcança aproximadamente 2.500 calorias, a de Diego deveria ser pelo menos o dobro. Pelo menos era isso que o pessoal do refeitório achava, dadas as 8 refeições diárias que o moleque fazia sem engordar.
** As pessoas na Agência estavam começando a achar que Alcebíades tinha voltado do além-vida ainda mais reclamão do que de costume. O estagiário da xérox já imitava o Rabugento toda vez que o via. Felizmente, Alcebíades não prestava atenção. Da última vez que o estagiário o irritou, Alcebíades desenvolveu uma alergia nervosa, com conseqüências catastróficas. Ninguém queria uma manada de alces correndo solta pela Agência. De novo.
*** Ele gostava de assistir jogos de pingue-pongue. Ele tentou jogar uma vez, mas na primeira bola perdida, Diego entrou em fúria, virou um koala... e acordou 5 horas depois, com a mesa destruída e irreconhecível, bem como seu adversário.
**** O truque era ela se transportar para o mesmo lugar, com exceção da mão, que trocava. O teletransporte tinha que ser bem rápido, de forma que apenas alguém muito observador pudesse perceber a fumaça ao seu redor, e parecesse que só sua mão se transportou.
27.9.05
7 THINGS I HATE DOING OR SCARE ME:
- Brigar com as pessoas que eu gosto
- Levar esporro
- Lidar com gente burra (isso parece uma constante)
- Ser babá de diretores incompetentes
- Ser vista como "a vilã"
- Quando alguém que eu gosto está mal
- O egocentrismo das pessoas
7 THINGS I LIKE:
- Cinema
- Cantar (e eu estou rooooucaaa!)
- Desenhar/pintar
- Ler
- Escrever
- Meus amigos!
- A Sakura
7 IMPORTANT THINGS IN MY ROOM:
- Computador com internet
- papel, lapiseira e borracha
- meus dvds
- meus livros
- as coisas que eu ganhei de pessoas queridas
- fotos das pessoas queridas
- a Sakura
7 RANDOM FACTS ABOUT ME:
- Eu falo demais, mas gosto de dar vez aos outros
- Eu fico triste quando me interrompem - várias vezes
- Eu sôo arrogante de vez em quando
- Eu sou vingativa
- Eu não gosto de jogos
- Eu sou uma insufferable know-it-all
- Eu gosto de proteger as pessoas, e posso me tornar violenta no processo.
7 THINGS I PLAN TO DO BEFORE I DIE:
- Virar cineasta
- Cantar
- Ter o meu multi-estúdio (de cinema, animação, música, quadrinhos e o que mais vier...)
- Mandar o Sérgio pastar
- Sair de casa
- Comprar uma casa de campo/praia para levar todos os meus amigos
- Desenvolver um projeto de caridade que ensine as pessoas a pescar, figuradamente é claro.
7 THINGS I CAN DO:
- Chorar - de mentira e de verdade
- Fazer comentários cretinos e bem encaixados (ou não) sobre astrologia
- Macarrão
- Saber o que as pessoas que eu conheço bem vão falar
- Discutir
- Decupagens - olha que maravilha!
- Gostar também dos defeitos das pessoas... ^.^
7 THINGS I CAN'T OR WILL NOT DO:
- Passar a mão na cabeça de quem não merece
- Matemática
- Trair
- Entender o porquê de certas pessoas gostarem de ser estúpidas e inúteis
- Deixar as pessoas sozinhas quando elas precisam
- Fazer algo realmente bem
- Deixar responsabilidade de lado
7 THINGS I BELIEVE:
- Pó
- Murphy é o senhor e tudo vai dar errado
- Regra de 3. Me contaram que funciona
- A grama é sempre mais verde...
- O ornitorrinco é prova cabal do sarcasmo de Deus
- Os cachorros são um reflexo dos donos
- Astrologia
7 things I say the most:
- Mi!
- Mi...
- Mimimimimi.
- Mi?
- (é/que/foi/ou simplesmente) foda
- Escuta!
- Cara (usado muitas vezes como substituto para vírgula)
7 celeb crushes:
- Hmmm... o carinha que fez Dawson's Creek... que namorou a Jen e era mais novo que ela
- Ryan Phillipe - ele podia ter feito o Armand em vez do banderas
- nada contra o banderas, though
- hmmm... cara, isso é difícil... pq eu não tenho celeb crushes... olha... o johnny depp é legal...
- o josh harnett tem cara de macaco, mas eu não desgosto dele...
- O Tom Welling é bonito
- Eu gosto do Joshua Jackson, a despeito da cara de filha-da-puta, também... mas ele nem é tão bonito... Eu só gosto dele... ^.^
7 people that have to do this now:
Acho que só sobrou o Pantalaimon, o Giuseppe e o Gil, né?
- Brigar com as pessoas que eu gosto
- Levar esporro
- Lidar com gente burra (isso parece uma constante)
- Ser babá de diretores incompetentes
- Ser vista como "a vilã"
- Quando alguém que eu gosto está mal
- O egocentrismo das pessoas
7 THINGS I LIKE:
- Cinema
- Cantar (e eu estou rooooucaaa!)
- Desenhar/pintar
- Ler
- Escrever
- Meus amigos!
- A Sakura
7 IMPORTANT THINGS IN MY ROOM:
- Computador com internet
- papel, lapiseira e borracha
- meus dvds
- meus livros
- as coisas que eu ganhei de pessoas queridas
- fotos das pessoas queridas
- a Sakura
7 RANDOM FACTS ABOUT ME:
- Eu falo demais, mas gosto de dar vez aos outros
- Eu fico triste quando me interrompem - várias vezes
- Eu sôo arrogante de vez em quando
- Eu sou vingativa
- Eu não gosto de jogos
- Eu sou uma insufferable know-it-all
- Eu gosto de proteger as pessoas, e posso me tornar violenta no processo.
7 THINGS I PLAN TO DO BEFORE I DIE:
- Virar cineasta
- Cantar
- Ter o meu multi-estúdio (de cinema, animação, música, quadrinhos e o que mais vier...)
- Mandar o Sérgio pastar
- Sair de casa
- Comprar uma casa de campo/praia para levar todos os meus amigos
- Desenvolver um projeto de caridade que ensine as pessoas a pescar, figuradamente é claro.
7 THINGS I CAN DO:
- Chorar - de mentira e de verdade
- Fazer comentários cretinos e bem encaixados (ou não) sobre astrologia
- Macarrão
- Saber o que as pessoas que eu conheço bem vão falar
- Discutir
- Decupagens - olha que maravilha!
- Gostar também dos defeitos das pessoas... ^.^
7 THINGS I CAN'T OR WILL NOT DO:
- Passar a mão na cabeça de quem não merece
- Matemática
- Trair
- Entender o porquê de certas pessoas gostarem de ser estúpidas e inúteis
- Deixar as pessoas sozinhas quando elas precisam
- Fazer algo realmente bem
- Deixar responsabilidade de lado
7 THINGS I BELIEVE:
- Pó
- Murphy é o senhor e tudo vai dar errado
- Regra de 3. Me contaram que funciona
- A grama é sempre mais verde...
- O ornitorrinco é prova cabal do sarcasmo de Deus
- Os cachorros são um reflexo dos donos
- Astrologia
7 things I say the most:
- Mi!
- Mi...
- Mimimimimi.
- Mi?
- (é/que/foi/ou simplesmente) foda
- Escuta!
- Cara (usado muitas vezes como substituto para vírgula)
7 celeb crushes:
- Hmmm... o carinha que fez Dawson's Creek... que namorou a Jen e era mais novo que ela
- Ryan Phillipe - ele podia ter feito o Armand em vez do banderas
- nada contra o banderas, though
- hmmm... cara, isso é difícil... pq eu não tenho celeb crushes... olha... o johnny depp é legal...
- o josh harnett tem cara de macaco, mas eu não desgosto dele...
- O Tom Welling é bonito
- Eu gosto do Joshua Jackson, a despeito da cara de filha-da-puta, também... mas ele nem é tão bonito... Eu só gosto dele... ^.^
7 people that have to do this now:
Acho que só sobrou o Pantalaimon, o Giuseppe e o Gil, né?
26.9.05
Kirjava de volta do otorrinolaringologista. Aliás, eu estou impressionada como ninguém fez nenhuma piadinha sobre isso ainda! ^.^
Bom, depois de esperar uma hora e meia no consultório - a ponto de eu conseguir sonhar - eu entrei pra falar com o médico. Ele fez um exame, um videoesbladnflekdnge (eu ainda estava com sono e não entendi o nome), no qual ele viu que existe uma fenda enorme entre as minhas cordas vocais. Traduzindo, elas deveriam estar se encostando, fechando, mas não estão.
Ele me mostrou o vídeo e explicou o significado daquilo. Eu fiquei quieta porque eu acho que se eu falasse que já sabia o que aquilo queria dizer, o esporro seria maior.
Daí ele sentou e disse:
"Você tem alguma alergia a poeira?"
"Tenho." (Eu já tinha mencionado sulfa, iodo, dipirona sódica e penicilina.)
"E você teve algum contato com muita poeira, fumaça ou afins recentemente?"
"Se você considerar dois finais de semana de filmagens com uma equipe que sempre tem alguém fumando, num sobrado que foi construído em 1912 e não parece ter visto reforma ou vassoura desde então... Bem... sim."
"Vou te prescrever duas coisas. A primeira é um anti-inflamatório, porque eu sei que você precisa dar aula."
"Aham."
"A segunda é... CALE A BOCAAAA!"
"...!"
"Você é obviamente uma pessoa que fala muito. Dá pra ver pelo seu jeito. Então tome este remédio por 12 dias, e cale a boca. Depois disso a gente faz o exame de novo e vê como você tá. Se você ainda estiver com essa fenda, eu te mando prum fonoaudiólogo, viu?!"
"..."
"Ok. Pode ir."
E eu nem tinha falado muito com ele... Só respondi, muito diretamente obrigada, àquilo que ele perguntou... Chuif...
Bom, depois de esperar uma hora e meia no consultório - a ponto de eu conseguir sonhar - eu entrei pra falar com o médico. Ele fez um exame, um videoesbladnflekdnge (eu ainda estava com sono e não entendi o nome), no qual ele viu que existe uma fenda enorme entre as minhas cordas vocais. Traduzindo, elas deveriam estar se encostando, fechando, mas não estão.
Ele me mostrou o vídeo e explicou o significado daquilo. Eu fiquei quieta porque eu acho que se eu falasse que já sabia o que aquilo queria dizer, o esporro seria maior.
Daí ele sentou e disse:
"Você tem alguma alergia a poeira?"
"Tenho." (Eu já tinha mencionado sulfa, iodo, dipirona sódica e penicilina.)
"E você teve algum contato com muita poeira, fumaça ou afins recentemente?"
"Se você considerar dois finais de semana de filmagens com uma equipe que sempre tem alguém fumando, num sobrado que foi construído em 1912 e não parece ter visto reforma ou vassoura desde então... Bem... sim."
"Vou te prescrever duas coisas. A primeira é um anti-inflamatório, porque eu sei que você precisa dar aula."
"Aham."
"A segunda é... CALE A BOCAAAA!"
"...!"
"Você é obviamente uma pessoa que fala muito. Dá pra ver pelo seu jeito. Então tome este remédio por 12 dias, e cale a boca. Depois disso a gente faz o exame de novo e vê como você tá. Se você ainda estiver com essa fenda, eu te mando prum fonoaudiólogo, viu?!"
"..."
"Ok. Pode ir."
E eu nem tinha falado muito com ele... Só respondi, muito diretamente obrigada, àquilo que ele perguntou... Chuif...
Olá. Eu estou afônica. Tudo bem com vocês?
Eu tinha escrito um post enorme contando tudo o que aconteceu nos 2 fdss de filmagem e na semana entre eles. Mas o blogger não gosta de mim, então ele foi pro saco. Resolvi então fazer uma versão resumida:
Era uma vez um roteiro. E um diretor que tinha SÉRIOS problemas sobre como dirigir. Ele montou uma equipe, deu um orçamento de mil reais à Produção e começou a agitar o projeto.
O diretor não sabia decupar roteiros direito. Seus assistentes e a diretora de elenco fizeram a decupagem, explicando ao diretor suas idéias, e montando o que viria a ser o filme.
A Produção não funcionava. Depois de muitas brigas, o Produtor saiu, deixando sua assistente no lugar.
O orçamento pulou de mil para 3 mil reais.
A equipe de direção (fora o diretor) forçou o adiamento das filmagens, pois muita coisa de outros departamentos não estava pronta.
As locações escolhidas pelo diretor provaram-se desgraças ambulantes.
O diretor, incapaz de orientar a equipe pela mais deslavada ignorância do filme/decupagem/etc, começou a se sentir incomodado e a envenenar a equipe contra a equipe de direção.
O diretor abandonou o set na mão dos assistentes - a despeito dos conselhos contrários dos mesmos - para resolver problemas de produção e depois se mostrou insatisfeito por não estar dirigindo.
Todas as decisões assertivas do diretor foram revogadas por algum outro membro da equipe.
O diretor de fotografia mandou o diretor calar a boca. E ele calou.
O diretor tomou uma decisão (também revogada posteriormente) que fez a equipe perder meio dia de filmagens.
E isso é só um resumo muuuuito enxuto do primeiro final de semana...
Depois eu conto sobre o segundo.
Eu tinha escrito um post enorme contando tudo o que aconteceu nos 2 fdss de filmagem e na semana entre eles. Mas o blogger não gosta de mim, então ele foi pro saco. Resolvi então fazer uma versão resumida:
Era uma vez um roteiro. E um diretor que tinha SÉRIOS problemas sobre como dirigir. Ele montou uma equipe, deu um orçamento de mil reais à Produção e começou a agitar o projeto.
O diretor não sabia decupar roteiros direito. Seus assistentes e a diretora de elenco fizeram a decupagem, explicando ao diretor suas idéias, e montando o que viria a ser o filme.
A Produção não funcionava. Depois de muitas brigas, o Produtor saiu, deixando sua assistente no lugar.
O orçamento pulou de mil para 3 mil reais.
A equipe de direção (fora o diretor) forçou o adiamento das filmagens, pois muita coisa de outros departamentos não estava pronta.
As locações escolhidas pelo diretor provaram-se desgraças ambulantes.
O diretor, incapaz de orientar a equipe pela mais deslavada ignorância do filme/decupagem/etc, começou a se sentir incomodado e a envenenar a equipe contra a equipe de direção.
O diretor abandonou o set na mão dos assistentes - a despeito dos conselhos contrários dos mesmos - para resolver problemas de produção e depois se mostrou insatisfeito por não estar dirigindo.
Todas as decisões assertivas do diretor foram revogadas por algum outro membro da equipe.
O diretor de fotografia mandou o diretor calar a boca. E ele calou.
O diretor tomou uma decisão (também revogada posteriormente) que fez a equipe perder meio dia de filmagens.
E isso é só um resumo muuuuito enxuto do primeiro final de semana...
Depois eu conto sobre o segundo.
15.9.05
Eu já mencionei que eu amo The Corrs?
She drove a long way through the night
From an urban neighborhood
She left her mother in a fight
For a dream misunderstood
And her friends they talk on corners
They could never comprehend
But there was always something different
In the way she held a stare
And the pictures that she painted
Were of glamour and of flair
And her boyfriend though he loved her
Knew he couldn't quite fulfill
He could never meet her there
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
And the cynics they will wonder
What's the difference with this dream
And the dreams of countless others
All believing in TV
They see their handprints in a sidewalk
Flashing cameras on the scene
And a shining limousine
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
She's believing in a dream
Queen of Hollywood
It's a loaded fantasy
Now her mother collects cut-outs
And the pictures make her smile
But if she saw behind the curtains
It could only make her cry
She's got hand prints on her body
Sad moonbeams in her eyes
not so innocent a child
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes and even though she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
friends stil talk at the corners
She's the Queen of Hollywood
She drove a long way through the night
From an urban neighborhood
She left her mother in a fight
For a dream misunderstood
And her friends they talk on corners
They could never comprehend
But there was always something different
In the way she held a stare
And the pictures that she painted
Were of glamour and of flair
And her boyfriend though he loved her
Knew he couldn't quite fulfill
He could never meet her there
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
And the cynics they will wonder
What's the difference with this dream
And the dreams of countless others
All believing in TV
They see their handprints in a sidewalk
Flashing cameras on the scene
And a shining limousine
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
She's believing in a dream
Queen of Hollywood
It's a loaded fantasy
Now her mother collects cut-outs
And the pictures make her smile
But if she saw behind the curtains
It could only make her cry
She's got hand prints on her body
Sad moonbeams in her eyes
not so innocent a child
She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes and even though she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
friends stil talk at the corners
She's the Queen of Hollywood
Dias de Filmagem
É incrível como há maravilhas na sétima arte. Uma das maiores delas é constatar como São Murphy é mesmo o padroeiro do Cinema.
Um dia eu vou escrever a minha biografia e nela haverá um capítulo ou dois apenas dedicados exclusivamente às merdas que acontecem no processo de produção de um filme. E um dia este(s) capítulo(s) será (ão) lido(s) em faculdades de cinema para desencorajar os incompetentes que gostam de ir ao cinema e então acham que podem fazer cinema com a maior facilidade.
Ó vida.
É incrível como há maravilhas na sétima arte. Uma das maiores delas é constatar como São Murphy é mesmo o padroeiro do Cinema.
Um dia eu vou escrever a minha biografia e nela haverá um capítulo ou dois apenas dedicados exclusivamente às merdas que acontecem no processo de produção de um filme. E um dia este(s) capítulo(s) será (ão) lido(s) em faculdades de cinema para desencorajar os incompetentes que gostam de ir ao cinema e então acham que podem fazer cinema com a maior facilidade.
Ó vida.
9.9.05
Cidade Baixa. E põe baixa nisso. E olha que eu achei o filme bom!!! Mas Deus do céu, que jeito de começar uma sexta feira!
Estava eu, me achando muito atrasada, indo para a minha aula de Teorias da Narrativa (vulgo narratologia-sem-sentido-do-mal-onde-a-própria-professora-que-também-é-diretora-do-curso-surta-porque-nada-na-matéria-que-ela-ensina-faz-algum-sentido). Chego na sala e, como se não bastasse o gelo de ar condicionado numa manhã já fria, a criatura (a supracitada professora-diretora) nem tinha dado as caras... E não daria as caras por um bom tempo...
Quando ela chega, faz um breve review da aula anterior (o que foi ótimo, pq foi justamente a aula que eu faltei), que faz muito mais sentido do que as aulas dela em geral e me faz pensar se eu não deveria levar earmuffs pra aula e só tirá-los quando ela estivesse revisando a matéria... mas bem....
Depois da revisão, ela conta que o pessoal que fez o filme (acho que o Sérgio Machado incluído) foi lá no campus Bispo para dar uma palestra sobre o filme que vai estrear no Festival do Rio. Só que, como cortesia, eles enviaram uma cópia do filme em dvd para os professores - e os professores apenas, pelo que eu entendi - verem antes da palestra.
É então que ela tira uma fita da bolsa e diz: "Então hoje nós vamos ver Cidade Baixaaaa!"
A turma, estupefata (minha turma é ótima. Eu queria que todas as minhas turmas tivessem sido assim): "Você COPIOU o filme??!!"
Ela: "Errr... Ninguém precisa saber disso... né? A gente fez uma cópia para a Estácio..."
E era verdade. Tava lá a fita, com caixinha e etiqueta da faculdade e tudo... Impressionante.
E então a gente viu o filme. Todo. Ela alegou já ter visto o filme umas 6 vezes, e saiu. Impressionante. Mesmo. Tudo bem que na PUC era pior. Na estácio isso raramente acontece, enquanto na PUC não raro um professor botava um vídeo pra rodar e saía pra tomar um cafezinho...
Mas whatever... O meu problema com o filme foi, para variar, o sexo. Fiquei me sentindo de volta em Kung Pow pq tudo era motivo pra infeliz da Alice Braga tirar o top/microblusa ou o que quer que fosse e sacudir os peitos. Se ela falasse "Chosen One" eu ia me escangalhar de rir até cair da cadeira. Mas ela, infelizmente, não fez isso. Ao invés disso eu tive que agüentar um festival de trepadas e pêlos púbicos como eu não testemunhava há muito tempo...
Bom... o filme ganhou o prêmio escolha jovem de Cannes. Dá pra ver o site internacional aqui e o nacional aqui. No nacional tem o trailer.
6.9.05
Ângela Lehve parte num sei. Perguntem pro Caike. ^.^
Continuando a saga...
No último capítulo, em uma cena de ação eletrizante, Dr. Moura, Diego e Ângela conseguem combinar esforços para capturar o último dos invasores da Agência. Escapando por um triz, eles chegam não tão sãos mas salvos ao salão de vigilância.
____________________________________________________
Quando Ângela abriu os olhos, a primeira coisa que viu não foi o número absurdo de seres dos mais variados tipos e formatos* que se aglomeravam fora da cabine do Seu Antônio, nem todo o arsenal bélico que estava empilhado em uma enorme montanha ao longo da parede do salão, mesas e qualquer canto possível. A primeira coisa que Ângela viu foi uma enorme careca atravessada horizontalmente por alguns raros fiapos de cabelo. Seu primeiro instinto a fez dar um pulo para trás.
- Calma, minha filha. – E o dono da careca levantou. Ela pôde ver o Dr. Moura, de cujas orelhas saíam cabos do que parecia ser um estetoscópio high-tech. – O soro. Assim você pode se machucar.
Ela então olhou para o seu próprio braço, e viu uma agulha ligada a um tubo, que por sua vez estava ligado a um frasco com um líquido verde-esmeralda.
- E isso é...
- Um estimulante que também combate a fadiga dos músculos. Eu não sei se vai funcionar, porque não sei se os seus músculos são quem realmente faz o trabalho... Mas mal não vai fazer. Diego? – Dr. Moura tirou e guardou o estetoscópio.
- Oi.
- Como está o nosso amigo?
- Ou ele é um excelente ator, ou ainda vai dormir por um bom tempo...
- Bom... por via das dúvidas, vamos injetar um paralisante...
- Olha, a sobrancelha dele mexeu!
- E isso quer dizer que....
- Ele está acordado! Que sacana!
- Ótimo. – Dr. Moura vai se aproximando lentamente do espião “adormecido”. Ele tira do bolso uma seringa e, com uma pontinha da língua para fora e um olho fechado, verifica se não há ar apertando o êmbolo diante do seu rosto – o Hélio** disse que este é do bom. Vamos ver a quantas anda o talento do nosso gênio da química de plantão.
- Nããããão....
O líquido era assustadoramente transparente. Dr. Moura espeta a agulha em um dos braços amarrados do indivíduo. Ângela olha estupefata, cogitando seriamente rever seus conceitos sobre aquele amável senhor careca e barrigudo.
- Você vai sentir um calor percorrer o seu corpo e depois vai relaxar. Seus músculos vão ficar mais soltos. O efeito demora um pouco, então você pode falar comigo no processo.
- Gahh
- É claro que existe um antídoto, e é claro que eu vou lhe oferecer uma barganha. Se você me der todas as informações sobre a Gutierrez, eu lhe aplico o antídoto e deixo você ir. Dependendo do que você me contar, eu até arranjo passagens para você com destino ao lugar nenhum. – e Dr. Moura sorriu.
- Ei.... cê vai deixar ele andar depois?? Mas aí ele vai contar tudo pra....
- No momento em que esse homem foi capturado, Diego, ele se tornou um desertor. Mesmo que ele não nos diga nada, a Gutierrez vai eliminá-lo apenas pela garantia de não ter um possível agente duplo ou um traidor. Ele está praticamente morto, a menos que se torne invisível. Ele não é mais uma ameaça para nós.
Era possível ouvir o arfar do homem, processando a constatação de que em nada do que Dr. Moura disse sobre a Gutierrez e seu futuro havia uma só mentira. Dr. Moura continuou.
- O que você sabe?
- E-eu.... fui designado... para plantar bombas.
- E qual era o alvo?
- A gente ia formar uma força-tarefa com duas frentes. Dhako ia liderar o pessoal para capturar a menina e ia também servir como isca, e eu ia invadir os arquivos e hackear todas as informações para a empresa.
- Quem é Dhako? E por que ele foi destacado como líder?
- Ele já trabalhou aqui. Conhecia vocês, conhecia o lugar, todo o esquema. Ele também é bem letal, sabe? Não pensa duas vezes.
- É o tal Daniel que o Alcebíades falou, é?
- Quieto, Diego. E quantos homens eram ao todo?
- Quatro.
- Quatro? E vocês sabiam quem vocês vinham enfrentar?
- O Dhako sabia. Ele falou do cara dos alces. Ele também falou de um velho, mas disse que ele já devia estar gagá e que não ia ser problema.
Não era preciso ser psicanalista de animais enfurecidos para perceber que o Dr. Moura não só tinha vestido a carapuça como acabara de ter seu orgulho ferido.
- Por que eles querem a menina de volta?
- Eu sei lá? Pelo que eu escutei, ela é a única tentativa de um projeto lá que deu certo. Todas as outras cobaias morreram, sumiram. Dizem que algumas se desfaziam no ar, que nem fumaça, e nunca mais voltavam. Mas eu não sei o que era que eles tavam testando.
Ângela sufocou um soluço de horror e ficou olhando fixamente para o homem. Diego olhava de um para o outro, tentando imaginar o que diabos foi que fizeram com a garota para dar a ela aqueles poderes. Ele lembrou dos koalas na floresta, e decidiu, com muito orgulho de si mesmo, que aquilo era uma constante: laboratórios eram ruins. Pela primeira vez ele estava sentindo uma verdadeira simpatia pela menina.
- Como vocês descobriram a Agência?
- Não foi difícil. A gente tem uns soldados só pra cuidar da menina. Eles enviam relatórios pra base sobre tudo o que ela faz. Se um fio de cabelo dela fica fora de lugar, eles anotam. Eles viram ela sair daqui e quase cair de um prédio. Acharam estranho e anotaram. Na verdade o Dhako achou que tinham envenenado ela... Mas pra mim parece que vocês são amiguinhos...
- E como vocês descobriram que ela veio para cá?
- Ela saiu da casa dela de noite. Ela nunca sai à noite, a não ser pra ir ao cinema. Num namora não, essa aí.
Ângela não conseguia decidir se estava mais estupefata, furiosa ou indignada. Sua única certeza era a vontade de acertar outra panelada*** na cabeça do infeliz.
- Sim, mas como vocês conseguem seguir alguém que se teletransporta?
- Quem disse que a gente consegue? É o chefe dela. O trabalho dela é da Gutierrez, a empresa comprou assim que ela entrou no emprego. A gente dá um salário gordo pro tal do Sérgio e ele fica passando pra gente o endereço de cada pacote que ela vai entregar. É assim que a gente consegue acompanhar o caminho dela e saber pra onde ela tá indo.
Uma das pistolas sem munição que estava à toa por aí voou e acertou a testa do invasor em cheio.
- Seus.... seus...
- Nossa! Ela é boa mesmo! Faz de novo?
- Ok, chega. Qual é o seu nome?
- Florisvaldo. Florisvaldo Júnior****.
- Muito bem, Júnior. – Disse Dr. Moura, ignorando solenemente o primeiro nome do infeliz e rezando para isso nunca chegar nos ouvidos do estagiário da xérox. – Eu vou terminar de entrevistá-lo outra hora. – Dr. Moura debruçou-se sobre o invasor, liberando seus braços e pernas das amarras. – Siga-me. Eu vou levar você para um lugar seguro.
O homem continuou lá, paralisado.
- Mas.... como assim? E o antídoto?
- Que antídoto? Você achou mesmo que eu ia usar paralisante num inútil como você?
- Como assim??? O que você usou nele?
- Soro da verdade, é claro, Diego. Como eu ia ter certeza de que podia confiar nas informações? O Hélio está melhor a cada dia, a fórmula está funcionando que é uma beleza.
E Dr. Moura saiu para o grande salão, dirigindo-se a Romi, trocando com ela uma meia dúzia de palavras, e sendo seguido por Júnior até sair pelas portas recém-liberadas do salão.
* Desde pessoas transparentes, passando por uma enorme árvore que se mexia até uns outros dois que pareciam primos da Romi, além da própria, que ela só reconheceria pela tonalidade metálica ligeiramente diferente.
** Hélio era o químico mais brilhante da Agência. Ele também era um charmoso bon vivant, mas numa festa orgiástica que envolveu óxido nitroso, diversos outros gases e algumas explosões, seu rosto foi desfigurado. Devido ao trauma (e ao óxido nitroso), Hélio se tornou intratável, pois mesmo depois de diversas cirurgias plásticas e terapia, ele continuava com um riso histérico ininterrupto que impede qualquer pessoa de ouvido não treinado sequer de entender o que ele diz. Houve, no entanto, um progresso significativo em suas pesquisas após o acidente.
*** A despeito da insistência do Dr. Moura em dizer o contrário, aquilo com o que Ângela acertou a cabeça do invasor foi, na verdade, algo muito semelhante a uma panela. Se ela era usada para transportar mídia de dados sem infectá-la com contato humano, isso era, para Ângela, outra questão.
**** Sim. É incrível como as pessoas têm a capacidade de, não só cometer um erro, mas também perpetuá-lo.
Continuando a saga...
No último capítulo, em uma cena de ação eletrizante, Dr. Moura, Diego e Ângela conseguem combinar esforços para capturar o último dos invasores da Agência. Escapando por um triz, eles chegam não tão sãos mas salvos ao salão de vigilância.
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Quando Ângela abriu os olhos, a primeira coisa que viu não foi o número absurdo de seres dos mais variados tipos e formatos* que se aglomeravam fora da cabine do Seu Antônio, nem todo o arsenal bélico que estava empilhado em uma enorme montanha ao longo da parede do salão, mesas e qualquer canto possível. A primeira coisa que Ângela viu foi uma enorme careca atravessada horizontalmente por alguns raros fiapos de cabelo. Seu primeiro instinto a fez dar um pulo para trás.
- Calma, minha filha. – E o dono da careca levantou. Ela pôde ver o Dr. Moura, de cujas orelhas saíam cabos do que parecia ser um estetoscópio high-tech. – O soro. Assim você pode se machucar.
Ela então olhou para o seu próprio braço, e viu uma agulha ligada a um tubo, que por sua vez estava ligado a um frasco com um líquido verde-esmeralda.
- E isso é...
- Um estimulante que também combate a fadiga dos músculos. Eu não sei se vai funcionar, porque não sei se os seus músculos são quem realmente faz o trabalho... Mas mal não vai fazer. Diego? – Dr. Moura tirou e guardou o estetoscópio.
- Oi.
- Como está o nosso amigo?
- Ou ele é um excelente ator, ou ainda vai dormir por um bom tempo...
- Bom... por via das dúvidas, vamos injetar um paralisante...
- Olha, a sobrancelha dele mexeu!
- E isso quer dizer que....
- Ele está acordado! Que sacana!
- Ótimo. – Dr. Moura vai se aproximando lentamente do espião “adormecido”. Ele tira do bolso uma seringa e, com uma pontinha da língua para fora e um olho fechado, verifica se não há ar apertando o êmbolo diante do seu rosto – o Hélio** disse que este é do bom. Vamos ver a quantas anda o talento do nosso gênio da química de plantão.
- Nããããão....
O líquido era assustadoramente transparente. Dr. Moura espeta a agulha em um dos braços amarrados do indivíduo. Ângela olha estupefata, cogitando seriamente rever seus conceitos sobre aquele amável senhor careca e barrigudo.
- Você vai sentir um calor percorrer o seu corpo e depois vai relaxar. Seus músculos vão ficar mais soltos. O efeito demora um pouco, então você pode falar comigo no processo.
- Gahh
- É claro que existe um antídoto, e é claro que eu vou lhe oferecer uma barganha. Se você me der todas as informações sobre a Gutierrez, eu lhe aplico o antídoto e deixo você ir. Dependendo do que você me contar, eu até arranjo passagens para você com destino ao lugar nenhum. – e Dr. Moura sorriu.
- Ei.... cê vai deixar ele andar depois?? Mas aí ele vai contar tudo pra....
- No momento em que esse homem foi capturado, Diego, ele se tornou um desertor. Mesmo que ele não nos diga nada, a Gutierrez vai eliminá-lo apenas pela garantia de não ter um possível agente duplo ou um traidor. Ele está praticamente morto, a menos que se torne invisível. Ele não é mais uma ameaça para nós.
Era possível ouvir o arfar do homem, processando a constatação de que em nada do que Dr. Moura disse sobre a Gutierrez e seu futuro havia uma só mentira. Dr. Moura continuou.
- O que você sabe?
- E-eu.... fui designado... para plantar bombas.
- E qual era o alvo?
- A gente ia formar uma força-tarefa com duas frentes. Dhako ia liderar o pessoal para capturar a menina e ia também servir como isca, e eu ia invadir os arquivos e hackear todas as informações para a empresa.
- Quem é Dhako? E por que ele foi destacado como líder?
- Ele já trabalhou aqui. Conhecia vocês, conhecia o lugar, todo o esquema. Ele também é bem letal, sabe? Não pensa duas vezes.
- É o tal Daniel que o Alcebíades falou, é?
- Quieto, Diego. E quantos homens eram ao todo?
- Quatro.
- Quatro? E vocês sabiam quem vocês vinham enfrentar?
- O Dhako sabia. Ele falou do cara dos alces. Ele também falou de um velho, mas disse que ele já devia estar gagá e que não ia ser problema.
Não era preciso ser psicanalista de animais enfurecidos para perceber que o Dr. Moura não só tinha vestido a carapuça como acabara de ter seu orgulho ferido.
- Por que eles querem a menina de volta?
- Eu sei lá? Pelo que eu escutei, ela é a única tentativa de um projeto lá que deu certo. Todas as outras cobaias morreram, sumiram. Dizem que algumas se desfaziam no ar, que nem fumaça, e nunca mais voltavam. Mas eu não sei o que era que eles tavam testando.
Ângela sufocou um soluço de horror e ficou olhando fixamente para o homem. Diego olhava de um para o outro, tentando imaginar o que diabos foi que fizeram com a garota para dar a ela aqueles poderes. Ele lembrou dos koalas na floresta, e decidiu, com muito orgulho de si mesmo, que aquilo era uma constante: laboratórios eram ruins. Pela primeira vez ele estava sentindo uma verdadeira simpatia pela menina.
- Como vocês descobriram a Agência?
- Não foi difícil. A gente tem uns soldados só pra cuidar da menina. Eles enviam relatórios pra base sobre tudo o que ela faz. Se um fio de cabelo dela fica fora de lugar, eles anotam. Eles viram ela sair daqui e quase cair de um prédio. Acharam estranho e anotaram. Na verdade o Dhako achou que tinham envenenado ela... Mas pra mim parece que vocês são amiguinhos...
- E como vocês descobriram que ela veio para cá?
- Ela saiu da casa dela de noite. Ela nunca sai à noite, a não ser pra ir ao cinema. Num namora não, essa aí.
Ângela não conseguia decidir se estava mais estupefata, furiosa ou indignada. Sua única certeza era a vontade de acertar outra panelada*** na cabeça do infeliz.
- Sim, mas como vocês conseguem seguir alguém que se teletransporta?
- Quem disse que a gente consegue? É o chefe dela. O trabalho dela é da Gutierrez, a empresa comprou assim que ela entrou no emprego. A gente dá um salário gordo pro tal do Sérgio e ele fica passando pra gente o endereço de cada pacote que ela vai entregar. É assim que a gente consegue acompanhar o caminho dela e saber pra onde ela tá indo.
Uma das pistolas sem munição que estava à toa por aí voou e acertou a testa do invasor em cheio.
- Seus.... seus...
- Nossa! Ela é boa mesmo! Faz de novo?
- Ok, chega. Qual é o seu nome?
- Florisvaldo. Florisvaldo Júnior****.
- Muito bem, Júnior. – Disse Dr. Moura, ignorando solenemente o primeiro nome do infeliz e rezando para isso nunca chegar nos ouvidos do estagiário da xérox. – Eu vou terminar de entrevistá-lo outra hora. – Dr. Moura debruçou-se sobre o invasor, liberando seus braços e pernas das amarras. – Siga-me. Eu vou levar você para um lugar seguro.
O homem continuou lá, paralisado.
- Mas.... como assim? E o antídoto?
- Que antídoto? Você achou mesmo que eu ia usar paralisante num inútil como você?
- Como assim??? O que você usou nele?
- Soro da verdade, é claro, Diego. Como eu ia ter certeza de que podia confiar nas informações? O Hélio está melhor a cada dia, a fórmula está funcionando que é uma beleza.
E Dr. Moura saiu para o grande salão, dirigindo-se a Romi, trocando com ela uma meia dúzia de palavras, e sendo seguido por Júnior até sair pelas portas recém-liberadas do salão.
* Desde pessoas transparentes, passando por uma enorme árvore que se mexia até uns outros dois que pareciam primos da Romi, além da própria, que ela só reconheceria pela tonalidade metálica ligeiramente diferente.
** Hélio era o químico mais brilhante da Agência. Ele também era um charmoso bon vivant, mas numa festa orgiástica que envolveu óxido nitroso, diversos outros gases e algumas explosões, seu rosto foi desfigurado. Devido ao trauma (e ao óxido nitroso), Hélio se tornou intratável, pois mesmo depois de diversas cirurgias plásticas e terapia, ele continuava com um riso histérico ininterrupto que impede qualquer pessoa de ouvido não treinado sequer de entender o que ele diz. Houve, no entanto, um progresso significativo em suas pesquisas após o acidente.
*** A despeito da insistência do Dr. Moura em dizer o contrário, aquilo com o que Ângela acertou a cabeça do invasor foi, na verdade, algo muito semelhante a uma panela. Se ela era usada para transportar mídia de dados sem infectá-la com contato humano, isso era, para Ângela, outra questão.
**** Sim. É incrível como as pessoas têm a capacidade de, não só cometer um erro, mas também perpetuá-lo.
2.9.05
Oooolha...
Eu acho que os personagens-daemon não valem... então eu saí a Lyra e não a Kirjava....
Façam o teste, principalmente quem já leu...
You scored as Lyra. Lyra is very stubborn, and she is a very good liar, like her mother. She is one of the only people who can read the alethiometer without having to consult a book. She has never had a proper family, and grew up with Scholars in Jordan College. She has never felt any love until she met Will. Her daemon's name is Pantalaimon, and he is a marten.
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31.8.05
A essência entomológica do ser
Oi. Meu nome é Andressa e eu sou o seu jantar. Tudo bem com você?
Sério, QUAL é o problema com os insetos no Rio de Janeiro?
Tá, eu ENTENDO que está quente e tudo, mas pqp, eu contei 14 picadas muito feias entre ontem e hoje. 12 são nas pernas. E eu estava de calça comprida em ambos os dias!!!! Bando de mosquito tarado.
Tem uma no meu queixo que coçou bastante, mas eu me recusei a meter a unha (ou falta de) e taquei iodo, então o volume já sumiu. Agora, as outras... Minha perna tá parecendo campo minado, e é tudo na parte de trás das pernas, parece que eles sabem que se eu vir, mato na hora.
Eu odeio insetos.
Não todos, mas sim os que picam, mordem, aferroam e coisas afins.
Uma vez eu ganhei uma ferroada de uma vespa e o meu pé ficou parecendo uma bola de futebol. Duas vezes aliás, mas a segunda eu não faço idéia de que bicho foi.
E agora eu já sei qual vai ser o meu próximo campo de estudo: entomopsicologia!
Por uma mera questão de sobrevivência...
Beware, insects of the world!!!
Eu acho que vou começar a passar Autan antes de sair de casa...
Oi. Meu nome é Andressa e eu sou o seu jantar. Tudo bem com você?
Sério, QUAL é o problema com os insetos no Rio de Janeiro?
Tá, eu ENTENDO que está quente e tudo, mas pqp, eu contei 14 picadas muito feias entre ontem e hoje. 12 são nas pernas. E eu estava de calça comprida em ambos os dias!!!! Bando de mosquito tarado.
Tem uma no meu queixo que coçou bastante, mas eu me recusei a meter a unha (ou falta de) e taquei iodo, então o volume já sumiu. Agora, as outras... Minha perna tá parecendo campo minado, e é tudo na parte de trás das pernas, parece que eles sabem que se eu vir, mato na hora.
Eu odeio insetos.
Não todos, mas sim os que picam, mordem, aferroam e coisas afins.
Uma vez eu ganhei uma ferroada de uma vespa e o meu pé ficou parecendo uma bola de futebol. Duas vezes aliás, mas a segunda eu não faço idéia de que bicho foi.
E agora eu já sei qual vai ser o meu próximo campo de estudo: entomopsicologia!
Por uma mera questão de sobrevivência...
Beware, insects of the world!!!
Eu acho que vou começar a passar Autan antes de sair de casa...
25.8.05
Momentos de ócio na Internet... E lembrem-se de passar o cursor pela letra, pq eu não tenho saco de trocar tudo pra branco:
Como assim, o Louis? Ah, droga... Ele é tão... sem sal!
Mulan é tão legal!
Eu sabia! >.<
Como assim, o Louis? Ah, droga... Ele é tão... sem sal!
You scored as Louie. You are the passive oh whoe is me type look at it this way you"ll live forever!
Whose your Vampire personality? (images) created with QuizFarm.com |
Mulan é tão legal!
You scored as Mulan. You have one of the strongest hearts and in the end are respected greatly for it. You'd risk your life to save a family member or friend that you love dearly. Be more open about who you are because that can be what people love you most for.
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Eu sabia! >.<
You scored as Starfire. Color: Sunflower Yellow Flower: Daisy Animal: Canary City: New York City Gemstone: Amber Month: April
Teen Titans: Your Personality created with QuizFarm.com |
24.8.05
Ângela Lehve
Para quem ainda não conhecia, esta é a Ângela. Eu estou tentando photoshopar esse desenho, mas tudo o que eu consegui fazer direito até agora foi o cabelo. Muito ruim isso....
E eu deixo vocês com uma música muito linda... Pq hoje eu estava doida para ver Love's Labour's Lost de novo.... >.<
The way you wear your hat
The way you sip your tea
The memory of all that
No, no they can’t take that away from me
The way your smile just beams
The way you sing off key
The way you haunt my dreams
No, no they can’t take that away from me
We may never, never meet again
On that bumpy road to love
Still I’ll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we danced till three
The way you changed my life
No, no they can’t take that away from me
No, they can’t take that away...
They can’t take that away from... me
Para quem ainda não conhecia, esta é a Ângela. Eu estou tentando photoshopar esse desenho, mas tudo o que eu consegui fazer direito até agora foi o cabelo. Muito ruim isso....
E eu deixo vocês com uma música muito linda... Pq hoje eu estava doida para ver Love's Labour's Lost de novo.... >.<
The way you wear your hat
The way you sip your tea
The memory of all that
No, no they can’t take that away from me
The way your smile just beams
The way you sing off key
The way you haunt my dreams
No, no they can’t take that away from me
We may never, never meet again
On that bumpy road to love
Still I’ll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we danced till three
The way you changed my life
No, no they can’t take that away from me
No, they can’t take that away...
They can’t take that away from... me
Olá, meu povo.... Long time, no see, huh? É, eu sei...
Devo pedir desculpas pelo blog estar meio parado... É que além das aulas e da faculdade eu estou dirigindo o elenco no filme do Régis e ajudando no que eu posso...
De qualquer forma, eu estou continuando as aventuras da Ângela Lehve, e pretendo postá-las com uma maior regularidade daqui pra frente... Não sei se vai ficar bom eu fazê-lo assim... Eu deixando ponta solta para eu mesma pegar e continuar... Mas eu estou disposta a tentar...
Bem... aqui está. Na verdade isso é só para começar a apresentar a Gutierrez...:
- Para onde nós estamos correndo?
- Para onde parece? Para onde a bomba estava!
- Acho que não foi isso que ela quis dizer, Diego. Aparentemente nós estamos nos dirigindo para a central de dados da AIB. Todas as informações sobre agentes atuais e antigos, bem como todos os nossos arquivos de inimigos e ameaças ficam neste setor.
- Mas pra que alguém ia bombardear esse setor?
- O setor é como um cofre gigante. Para entrar nós temos reconhecimento de voz, scanner de íris, análise digital e uma senha secreta fornecida pela diretoria mediante requerimento. Mas é claro que você pode simplesmente ser invisível, plantar uma meia dúzia de bombas, explodir uma ou duas portas e entrar.
- Mas então aquele Daniel ainda está aqui dentro. Como eu não peguei o cheiro dele?
- Pode ser outra pessoa, que tenha entrado com ele. Você ainda não conhece o cheiro de todos os agentes, então provavelmente achou que era só um agente que você não conhecia. Já vi que vamos ter que ligar todos os sensores de calor.
- Eu já fiz simulação disso?
- Não.
- Como é?
- Nós desligamos todas as luzes do prédio e ligamos a leitura de calor de nossas câmeras de vigilância. Você lembra que a sala de vigilância fica dentro de um grande salão vazio?
- Lembro. Eu nunca entendi porque o Seu Antônio precisa de tanto espaço.
- O lugar é grande porque em caso emergencial de invasão, todos os agentes têm que se mover para esse salão e ser escaneados antes de entrar, para que tenhamos certeza de suas identidades. O prédio fica vazio. Qualquer coisa que se mova ou produza calor fora do salão de vigilância é automaticamente eliminada por nossos robôs controlados à distância.
- Como eles conseguiram entrar?
- Usando algum tipo de traje de invisibilidade. Diego viu como eles fazem.
- Isso é sério?
- É. O ar mexe quando eles andam.
- Não acredito.
- Olha, você se teletransporta. Eu viro um koala. Se algum de nós não devia acreditar, era o Dr. Moura.
Dr. Moura dá uma risadinha contida.
- Quem são eles? Eles estão me procurando?
- Estavam em cima de você quando Diego e Alcebíades entraram no quarto.
- Você disse alguma coisa sobre aquela empresa... Eles são de lá?
- A Gutierrez. Sim, eu tenho todos os motivos para acreditar que os indivíduos que invadiram a AIB procurando por você são da Gutierrez. A Gutierrez não sabia da localização da AIB até agora, o que me faz acreditar que eles seguiram você até aqui. A única coisa que eu não entendo é como eles seguiram você. Eu chequei todo o seu corpo e pertences atrás de um localizador.
- O QUÊ?
- Fica calma, ele só usou um detector. Que nem detector de metais, sabe? Pega qualquer coisa que esteja enviando um sinal.
- Agora nós temos duas opções. Podemos mudar de prédio DE NOVO... ou podemos ficar aqui e funcionar como isca para invasões. Se conseguirmos pegar agentes deles, é possível que acabemos por extrair informações muito relevantes sobre os principais projetos da Gutierrez. Eu queria saber se é verdade que ela está controlando a NASA.
- A NASA? Mas como eu nunca ouvi falar...?
- Você não ouviria. A Gutierrez é como um grande polvo invisível, estendendo seus tentáculos por debaixo da sociedade que conhecemos.
- Como assim? E por que uma empresa ia querer financiar as pesquisas dos meus pais?
- Não só dos seus pais. A Gutierrez não financia projetos. Ela cria projetos que sirvam a algum interesse maior dela e procura no mundo os profissionais que possam dar a ela o que ela quer. Infelizmente alguns deles têm escrúpulos, então, quando eles já serviram seu propósito, a Gutierrez os descarta.
- E foi isso que aconteceu com os meus pais?
- Não exatamente. Apesar de não ter nenhuma prova concreta, eu hoje posso dizer com quase absoluta certeza que o assalto à sua casa foi uma encenação. Era necessário eliminar a família Lehve, não porque eles já tinham rendido o que podiam, e sim porque eles não concordavam em iniciar os experimentos em humanos. Não cooperando, eles não eram apenas um estorvo. Eles eram principalmente uma ameaça. Se eles deixassem a Gutierrez, ou mesmo se o seu descontentamento crescesse, eles podiam conscientizar a comunidade internacional do caso, e a Gutierrez estaria em maus lençóis.
- Mas por que a Gutierrez queria testar o aparelho em humanos?
Dr. Moura fez uma pausa.
- Ora, querida... para criar... você.
Foi então que eles encontraram os destroços da explosão. A primeira coisa que viram foi uma grande porta dupla de metal tombada, com as enormes dobradiças derretidas. As paredes em volta estavam negras.
E o que parecia ser um corpo estava estendido no chão.
Devo pedir desculpas pelo blog estar meio parado... É que além das aulas e da faculdade eu estou dirigindo o elenco no filme do Régis e ajudando no que eu posso...
De qualquer forma, eu estou continuando as aventuras da Ângela Lehve, e pretendo postá-las com uma maior regularidade daqui pra frente... Não sei se vai ficar bom eu fazê-lo assim... Eu deixando ponta solta para eu mesma pegar e continuar... Mas eu estou disposta a tentar...
Bem... aqui está. Na verdade isso é só para começar a apresentar a Gutierrez...:
- Para onde nós estamos correndo?
- Para onde parece? Para onde a bomba estava!
- Acho que não foi isso que ela quis dizer, Diego. Aparentemente nós estamos nos dirigindo para a central de dados da AIB. Todas as informações sobre agentes atuais e antigos, bem como todos os nossos arquivos de inimigos e ameaças ficam neste setor.
- Mas pra que alguém ia bombardear esse setor?
- O setor é como um cofre gigante. Para entrar nós temos reconhecimento de voz, scanner de íris, análise digital e uma senha secreta fornecida pela diretoria mediante requerimento. Mas é claro que você pode simplesmente ser invisível, plantar uma meia dúzia de bombas, explodir uma ou duas portas e entrar.
- Mas então aquele Daniel ainda está aqui dentro. Como eu não peguei o cheiro dele?
- Pode ser outra pessoa, que tenha entrado com ele. Você ainda não conhece o cheiro de todos os agentes, então provavelmente achou que era só um agente que você não conhecia. Já vi que vamos ter que ligar todos os sensores de calor.
- Eu já fiz simulação disso?
- Não.
- Como é?
- Nós desligamos todas as luzes do prédio e ligamos a leitura de calor de nossas câmeras de vigilância. Você lembra que a sala de vigilância fica dentro de um grande salão vazio?
- Lembro. Eu nunca entendi porque o Seu Antônio precisa de tanto espaço.
- O lugar é grande porque em caso emergencial de invasão, todos os agentes têm que se mover para esse salão e ser escaneados antes de entrar, para que tenhamos certeza de suas identidades. O prédio fica vazio. Qualquer coisa que se mova ou produza calor fora do salão de vigilância é automaticamente eliminada por nossos robôs controlados à distância.
- Como eles conseguiram entrar?
- Usando algum tipo de traje de invisibilidade. Diego viu como eles fazem.
- Isso é sério?
- É. O ar mexe quando eles andam.
- Não acredito.
- Olha, você se teletransporta. Eu viro um koala. Se algum de nós não devia acreditar, era o Dr. Moura.
Dr. Moura dá uma risadinha contida.
- Quem são eles? Eles estão me procurando?
- Estavam em cima de você quando Diego e Alcebíades entraram no quarto.
- Você disse alguma coisa sobre aquela empresa... Eles são de lá?
- A Gutierrez. Sim, eu tenho todos os motivos para acreditar que os indivíduos que invadiram a AIB procurando por você são da Gutierrez. A Gutierrez não sabia da localização da AIB até agora, o que me faz acreditar que eles seguiram você até aqui. A única coisa que eu não entendo é como eles seguiram você. Eu chequei todo o seu corpo e pertences atrás de um localizador.
- O QUÊ?
- Fica calma, ele só usou um detector. Que nem detector de metais, sabe? Pega qualquer coisa que esteja enviando um sinal.
- Agora nós temos duas opções. Podemos mudar de prédio DE NOVO... ou podemos ficar aqui e funcionar como isca para invasões. Se conseguirmos pegar agentes deles, é possível que acabemos por extrair informações muito relevantes sobre os principais projetos da Gutierrez. Eu queria saber se é verdade que ela está controlando a NASA.
- A NASA? Mas como eu nunca ouvi falar...?
- Você não ouviria. A Gutierrez é como um grande polvo invisível, estendendo seus tentáculos por debaixo da sociedade que conhecemos.
- Como assim? E por que uma empresa ia querer financiar as pesquisas dos meus pais?
- Não só dos seus pais. A Gutierrez não financia projetos. Ela cria projetos que sirvam a algum interesse maior dela e procura no mundo os profissionais que possam dar a ela o que ela quer. Infelizmente alguns deles têm escrúpulos, então, quando eles já serviram seu propósito, a Gutierrez os descarta.
- E foi isso que aconteceu com os meus pais?
- Não exatamente. Apesar de não ter nenhuma prova concreta, eu hoje posso dizer com quase absoluta certeza que o assalto à sua casa foi uma encenação. Era necessário eliminar a família Lehve, não porque eles já tinham rendido o que podiam, e sim porque eles não concordavam em iniciar os experimentos em humanos. Não cooperando, eles não eram apenas um estorvo. Eles eram principalmente uma ameaça. Se eles deixassem a Gutierrez, ou mesmo se o seu descontentamento crescesse, eles podiam conscientizar a comunidade internacional do caso, e a Gutierrez estaria em maus lençóis.
- Mas por que a Gutierrez queria testar o aparelho em humanos?
Dr. Moura fez uma pausa.
- Ora, querida... para criar... você.
Foi então que eles encontraram os destroços da explosão. A primeira coisa que viram foi uma grande porta dupla de metal tombada, com as enormes dobradiças derretidas. As paredes em volta estavam negras.
E o que parecia ser um corpo estava estendido no chão.
11.8.05
Ângela Lehve... continuação....
Ângela sentiu alguém pegá-la no colo, e depois colocá-la em uma cadeira.
- Pode deixar que daqui eu me viro - disse a voz cansada do Dr. Moura.
A cadeira começou a deslizar. Alguém tinha retirado as algemas dos seus pulsos, mas mesmo que ela quisesse, não conseguiria fugir, pois o estimulante ainda estava abrindo caminho dentro do torpor nas suas veias. Ela poderia tirar a venda, mas preferiu esperar um momento mais oportuno para começar a oferecer resistência, então, disfarçadamente, fingiu coçar o olho, e subiu um pouco a venda para pelo menos ter uma idéia do caminho que estavam seguindo.
- Ah, minha filha, não precisa espiar... Pode tirar a venda.
Ela tirou a venda, amaldiçoando sua idéia estúpida e olhou pela primeira vez para o Dr. Moura.
- Eu imaginava o senhor mais alto. – Ela também o imaginara menos careca, mas preferiu omitir esta informação. Dr. Moura deu um sorriso.
- Você lembra muito a sua mãe. Ela era muito bonita.
- Obrigada. O que aconteceu? Você disse alguma coisa sobre eles... é a Klabbe?
- É, a Klabbe não existe mais. Mas digamos que os superiores deles nos fizeram uma visitinha...
- Eles também invadiram o prédio?
- Hehe. Sim. É um record, eu acho. Dois alarmes no mesmo dia. O Alcebíades até que se divertiu bastante, mas acabou se machucando. Se aconteceu o que eu estou pensando, ele deve demorar algum tempo para se recuperar.
Eles chegaram a uma sala. A mente de Ângela rugia com a velocidade dos pensamentos. Invadiram a AIB? Foi porque eu vim? Os dirigentes da Klabbe eram uns crápulas, mas... será que esse Dr. Moura é confiável? Será que ele vai querer me prender aqui para me estudar?
A sala era enorme, em formato circular, e tinha estantes e mais estantes com coisas que pareciam ser fitas de vídeo cobrindo as paredes. Na verdade, uma pessoa desavisada poderia muito bem acreditar que esta sala era na verdade a videoteca mais high-tech que se poderia imaginar*.
- Muito bem. Eu acho que você já deve estar em condições de se levantar. Antes que você pense em fugir, quero deixar claro que eu não tenho a menor intenção de manter você presa aqui. Depois que eu acabar de contar algumas coisas que eu acredito que você deve saber, você é livre para escolher passar por um processo de memocisão e...
- Memocisão?
- Sim. É o processo de corte e extermínio de uma determinada memória. No caso nós iremos apagar tudo o que você sabe e viu desde que entrou aqui. Fique tranqüila, é um processo seguro** e você não sofrerá nenhum dano.
- E qual é a minha outra opção?
- Bem... antes disso deixe-me expor alguns fatos.
Ângela olhava pelos cantos, e tivera por duas vezes a impressão de que algo na sala se movia. Era muito difícil enxergar qualquer coisa, porque a luz estava apenas sobre Dr. Moura e ela, mas parecia que algo nas paredes...
- Se você me permite, vamos começar com alguns arquivos de vídeo. Romi, por favor...
Na escuridão surgiu um vulto que nem de longe tinha formato humano. O vulto entrou no feixe de luz e Ângela pôde ver que aquilo parecia mais um conjunto de bolas com patas de aranha. Sua cor metálica era fluida, semi-opaca.
- É um robô?
- Não exatamente. O que eu quero deixar claro para você, Ângela, é que a AIB tem como principal objetivo proteger as pessoas. Ao final de tudo que eu tenho que contar para você, eu espero que você perceba o quanto você é abençoada, e como pode fazer diferença além de apenas entregar pacotes com uma rapidez excepcional. Romi, você pode acessar por favor as nossas informações sobre o projeto Zéfiro da Gutierrez?
Ângela olhou para o Dr. Moura, que respondeu com um sorriso. Logo à sua frente surgiu uma tela semitransparente com alguns símbolos estranhos. Romi tocou alguns dos símbolos e um homem apareceu na tela.
- Agente Humberto Figueira, relatório 258-3 sobre a Gutierrez Corp. Projeto Zéfiro. As últimas cobaias us...
- Não, Romi, eu quero algo mais antigo.
O tal agente Figueira foi interrompido. Os símbolos voltaram à tela. Romi tocou um outro símbolo, mais à direita. Outro homem apareceu na tela.
- Agente Jonas Villas-Boas, relatório 132...
- Mais antigo.
O processo se repetiu. Um terceiro homem apareceu na tela. Ângela olhou para a tela, estupefata.
- Agente Aroldo Moura, relatório 001-1 sobre a Gutierrez Corp. Projeto Zéfiro.
Ela olhou de volta para o Dr. Moura. Ele parecia uns 10 anos mais novo na tela, mas seus olhos estavam inchados e com olheiras profundas, piscando muito.
- Há aproximadamente dez anos os pesquisadores Rodolfo e Letícia Lehve vinham fazendo experiências científicas acerca da viabilização do uso do teletransporte, a princípio com o objetivo da utilização da tecnologia em indivíduos da espécie humana. Há uma semana ambos foram encontrados mortos a tiros em sua residência. Há sinais de arrombamento, mas foi relatado que nenhuma das câmeras instaladas no complexo residencial da Klabbe, subsidiária da Gutierrez, ou na entrada da própria casa estava funcionando no momento. A filha do casal, Ângela Lehve, escapou à cena e se dirigiu ao laboratório onde os Lehve trabalhavam, e há relatos de que a criança se expôs, de livre vontade, ao dispositivo de teletransporte. Não há ainda indicativos claros dos efeitos do dispositivo sobre a menina, mas há um relato ainda não confirmado de que ela adquiriu poder de teletransporte quando sob tensão. Tendo travado contato com as vítimas do assassinato em questão há alguns anos, este agente têm razões para presumir que o assassinato foi encenado...
- Dr. Mouraaaaaa!!!!!!! Dr. Mouraaaaa!!!
Um menino entrou esbaforido pela porta. Dr. Moura deu um leve aceno de cabeça, e com um toque de Romi, a imagem na tela sumiu. Ângela entrou em desespero.
- Mas...
- Diga, moleque. – e Dr. Moura lançou a Ângela um olhar reprovador, que claramente dizia “Agora não!”.
- Tem uma bomba, o tal Daniel plantou uma bomba!
- Como assim, uma bomba?
- Eu não consigo ver, mas eu sei onde está. Eu senti o cheiro.
- Ângela, para a sua própria segurança, fique aqui. Romi lhe fará compa...
- Não.
Dr. Moura levantou uma sobrancelha.
- Eu não vou deixar o senhor longe da minha vista nem por um minuto. Quero que me
explique direitinho o que está...
BUM!
- Viu???
ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME
- Ok. Vamos.
E os três saem correndo, enquanto Romi desliga o programa e a tela some novamente.
* E na verdade era. O Dr. Moura também era um cinéfilo incurável, e nada como os telões e o som surround da Agência para proporcionar “sempre uma boa diversão”.
** Processo seguro agora, depois de várias experiências mal-sucedidas, que resultaram em produtos absurdos, passando por um prefeito que desandou a fazer maluquices pela cidade, a namorada de um jogador de futebol que esqueceu todas as palavras do vocabulário com a exceção de quê?, até um agente que se convenceu que era um pato. O caso do pato em específico deu trabalho, uma vez que o prefeito parecia ser maluco mesmo e de algum forma isso era normal, enquanto a namorada do jogador de futebol descobriu que falar não era uma das prioridades da sua profissão. Já o pato ficava berrando QUAAAAC dentro da Agência e bicando as pessoas, e isso só se resolveu quando deslocaram o agente para um lago. Infelizmente ele atraiu amigos e a população de patos aumentou consideravelmente no lago em questão. O agente está desaparecido desde o surgimento de caçadores na região, atraídos pela abundância de animais que o lago oferecia, e é portanto tido como morto.
Ângela sentiu alguém pegá-la no colo, e depois colocá-la em uma cadeira.
- Pode deixar que daqui eu me viro - disse a voz cansada do Dr. Moura.
A cadeira começou a deslizar. Alguém tinha retirado as algemas dos seus pulsos, mas mesmo que ela quisesse, não conseguiria fugir, pois o estimulante ainda estava abrindo caminho dentro do torpor nas suas veias. Ela poderia tirar a venda, mas preferiu esperar um momento mais oportuno para começar a oferecer resistência, então, disfarçadamente, fingiu coçar o olho, e subiu um pouco a venda para pelo menos ter uma idéia do caminho que estavam seguindo.
- Ah, minha filha, não precisa espiar... Pode tirar a venda.
Ela tirou a venda, amaldiçoando sua idéia estúpida e olhou pela primeira vez para o Dr. Moura.
- Eu imaginava o senhor mais alto. – Ela também o imaginara menos careca, mas preferiu omitir esta informação. Dr. Moura deu um sorriso.
- Você lembra muito a sua mãe. Ela era muito bonita.
- Obrigada. O que aconteceu? Você disse alguma coisa sobre eles... é a Klabbe?
- É, a Klabbe não existe mais. Mas digamos que os superiores deles nos fizeram uma visitinha...
- Eles também invadiram o prédio?
- Hehe. Sim. É um record, eu acho. Dois alarmes no mesmo dia. O Alcebíades até que se divertiu bastante, mas acabou se machucando. Se aconteceu o que eu estou pensando, ele deve demorar algum tempo para se recuperar.
Eles chegaram a uma sala. A mente de Ângela rugia com a velocidade dos pensamentos. Invadiram a AIB? Foi porque eu vim? Os dirigentes da Klabbe eram uns crápulas, mas... será que esse Dr. Moura é confiável? Será que ele vai querer me prender aqui para me estudar?
A sala era enorme, em formato circular, e tinha estantes e mais estantes com coisas que pareciam ser fitas de vídeo cobrindo as paredes. Na verdade, uma pessoa desavisada poderia muito bem acreditar que esta sala era na verdade a videoteca mais high-tech que se poderia imaginar*.
- Muito bem. Eu acho que você já deve estar em condições de se levantar. Antes que você pense em fugir, quero deixar claro que eu não tenho a menor intenção de manter você presa aqui. Depois que eu acabar de contar algumas coisas que eu acredito que você deve saber, você é livre para escolher passar por um processo de memocisão e...
- Memocisão?
- Sim. É o processo de corte e extermínio de uma determinada memória. No caso nós iremos apagar tudo o que você sabe e viu desde que entrou aqui. Fique tranqüila, é um processo seguro** e você não sofrerá nenhum dano.
- E qual é a minha outra opção?
- Bem... antes disso deixe-me expor alguns fatos.
Ângela olhava pelos cantos, e tivera por duas vezes a impressão de que algo na sala se movia. Era muito difícil enxergar qualquer coisa, porque a luz estava apenas sobre Dr. Moura e ela, mas parecia que algo nas paredes...
- Se você me permite, vamos começar com alguns arquivos de vídeo. Romi, por favor...
Na escuridão surgiu um vulto que nem de longe tinha formato humano. O vulto entrou no feixe de luz e Ângela pôde ver que aquilo parecia mais um conjunto de bolas com patas de aranha. Sua cor metálica era fluida, semi-opaca.
- É um robô?
- Não exatamente. O que eu quero deixar claro para você, Ângela, é que a AIB tem como principal objetivo proteger as pessoas. Ao final de tudo que eu tenho que contar para você, eu espero que você perceba o quanto você é abençoada, e como pode fazer diferença além de apenas entregar pacotes com uma rapidez excepcional. Romi, você pode acessar por favor as nossas informações sobre o projeto Zéfiro da Gutierrez?
Ângela olhou para o Dr. Moura, que respondeu com um sorriso. Logo à sua frente surgiu uma tela semitransparente com alguns símbolos estranhos. Romi tocou alguns dos símbolos e um homem apareceu na tela.
- Agente Humberto Figueira, relatório 258-3 sobre a Gutierrez Corp. Projeto Zéfiro. As últimas cobaias us...
- Não, Romi, eu quero algo mais antigo.
O tal agente Figueira foi interrompido. Os símbolos voltaram à tela. Romi tocou um outro símbolo, mais à direita. Outro homem apareceu na tela.
- Agente Jonas Villas-Boas, relatório 132...
- Mais antigo.
O processo se repetiu. Um terceiro homem apareceu na tela. Ângela olhou para a tela, estupefata.
- Agente Aroldo Moura, relatório 001-1 sobre a Gutierrez Corp. Projeto Zéfiro.
Ela olhou de volta para o Dr. Moura. Ele parecia uns 10 anos mais novo na tela, mas seus olhos estavam inchados e com olheiras profundas, piscando muito.
- Há aproximadamente dez anos os pesquisadores Rodolfo e Letícia Lehve vinham fazendo experiências científicas acerca da viabilização do uso do teletransporte, a princípio com o objetivo da utilização da tecnologia em indivíduos da espécie humana. Há uma semana ambos foram encontrados mortos a tiros em sua residência. Há sinais de arrombamento, mas foi relatado que nenhuma das câmeras instaladas no complexo residencial da Klabbe, subsidiária da Gutierrez, ou na entrada da própria casa estava funcionando no momento. A filha do casal, Ângela Lehve, escapou à cena e se dirigiu ao laboratório onde os Lehve trabalhavam, e há relatos de que a criança se expôs, de livre vontade, ao dispositivo de teletransporte. Não há ainda indicativos claros dos efeitos do dispositivo sobre a menina, mas há um relato ainda não confirmado de que ela adquiriu poder de teletransporte quando sob tensão. Tendo travado contato com as vítimas do assassinato em questão há alguns anos, este agente têm razões para presumir que o assassinato foi encenado...
- Dr. Mouraaaaaa!!!!!!! Dr. Mouraaaaa!!!
Um menino entrou esbaforido pela porta. Dr. Moura deu um leve aceno de cabeça, e com um toque de Romi, a imagem na tela sumiu. Ângela entrou em desespero.
- Mas...
- Diga, moleque. – e Dr. Moura lançou a Ângela um olhar reprovador, que claramente dizia “Agora não!”.
- Tem uma bomba, o tal Daniel plantou uma bomba!
- Como assim, uma bomba?
- Eu não consigo ver, mas eu sei onde está. Eu senti o cheiro.
- Ângela, para a sua própria segurança, fique aqui. Romi lhe fará compa...
- Não.
Dr. Moura levantou uma sobrancelha.
- Eu não vou deixar o senhor longe da minha vista nem por um minuto. Quero que me
explique direitinho o que está...
BUM!
- Viu???
ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME - ALARME
- Ok. Vamos.
E os três saem correndo, enquanto Romi desliga o programa e a tela some novamente.
* E na verdade era. O Dr. Moura também era um cinéfilo incurável, e nada como os telões e o som surround da Agência para proporcionar “sempre uma boa diversão”.
** Processo seguro agora, depois de várias experiências mal-sucedidas, que resultaram em produtos absurdos, passando por um prefeito que desandou a fazer maluquices pela cidade, a namorada de um jogador de futebol que esqueceu todas as palavras do vocabulário com a exceção de quê?, até um agente que se convenceu que era um pato. O caso do pato em específico deu trabalho, uma vez que o prefeito parecia ser maluco mesmo e de algum forma isso era normal, enquanto a namorada do jogador de futebol descobriu que falar não era uma das prioridades da sua profissão. Já o pato ficava berrando QUAAAAC dentro da Agência e bicando as pessoas, e isso só se resolveu quando deslocaram o agente para um lago. Infelizmente ele atraiu amigos e a população de patos aumentou consideravelmente no lago em questão. O agente está desaparecido desde o surgimento de caçadores na região, atraídos pela abundância de animais que o lago oferecia, e é portanto tido como morto.
9.8.05
Olha, olha, olha!!! Eu consegui!
Tirado do blog do Kadu
You scored as Ravenclaw. You have been sorted into Ravenclaw- you value intelligence, and love the chance to use your cleverness (and maybe even show it off- just a little). You're keen and incisive, and you just love a challenging problem to solve.
The Hogwarts Sorting Hat! created with QuizFarm.com |
Tirado do blog do Kadu
7.8.05
25.7.05
Parte [não sei o número] de Ângela Lehve:
----------------------
- Hmmmm...
- Olha! Ela está acordando!
- Vamos começar?
- Olá. Espero que esteja se sentindo bem.
- Onde eu estou?
- Antes disso temos algumas perguntas para fazer para você.
- Cadê o soro da verdade?
- Não precisa, larga isso. Por favor, querida, diga o seu nome para registro.
- Por quê?
- Por quê? Porque você invadiu o prédio de uma organização do governo, bisbilhotou assuntos de caráter confidencial e ainda (heh) fez um trainee de agente de idiota.
- Ela não me fez de idiota! Eu só estava pensando num jeito de encurralar ela!
- Calem a boca vocês dois. Alcebíades, você fala demais. Você já mandou uma das suas cópias verificar se ela não trouxe nenhum companheiro?
- Já, tem dois de mim analisando as fitas de segurança agora mesmo.
- Ponha outros quatro.
- Mas...
- Olha... se ela trouxe mais alguém, essa pessoa não pode ter saído do prédio, mas ela pode estar bisbilhotando mais coisas por aí.
- Humpf.... tá.
*POC* *POC-POC* *POC*
- Vocês ouviram. Vão lá e me mantenham informado.
- Eu vim sozinha.
- Quê?
- Eu... vim sozinha.
- Hm... ok. Podemos voltar ao seu nome?
- Não vou falar meu nome.
- Você prefere que eu fale?
As sobrancelhas dela se levantaram com o espanto.
- Lehve. Estou mesmo ficando velho. Não lembro direito se era Adriana ou Andréia ou Aless...
Sua boca se contorceu. Ela odiava quando lhe trocavam o nome.
- Ângela.
- Ah sim, isso mesmo. Ângela. Seu pai lhe deu esse nome quando você nasceu porque você parecia um anjo. Um anjo com o dedo na boca, que chorava alto o suficiente para enlouquecer qualquer mente sã, mas um anjo.
A cabeça de Ângela girava em um turbilhão. Não estivesse ela vendada, poderia notar que a supresa não era menor para os outros dois dos três homens na sala. Sim, seu pai sempre dissera isso. "No momento em que a vi pela primeira vez, percebi que você era um anjo, querida. Sua mãe queria Rebecca, sua avó queria Mariana, seu avô queria Elisadélia como a mãe dele. Mas eu conversei com a sua mãe... e Ângela ficou."
- Você...
- Ah, sim, querida. Eu conheci os seus pais. Eles me convidaram para ser seu padrinho, mas eu estava envolvido numa missão exterior. Cientistas brilhantes, os dois. Foram contratados para pesquisar o teletransporte de matéria.
- De fótons.
- De matéria. Qual era o nome?
- Klabbe. Projeto Zéfiro.
- Sim. Era Zéfiro, não era? É, faz sentido. Ele era o deus do vento. De qualquer forma, a Klabbe era só uma subsidiária de uma outra empresa maior. Mas isso não interessa a você.
- Doutor, isso tudo não interessa. Você está dando informações para ela e tirando nenhuma. O importante é saber como ela entrou aqui.
- Querida, você gostaria de responder a questão do meu companheiro impaciente?
- Eu...
Ângela respirou fundo. Suas lembranças estavam bastante nubladas, e ela não conseguia ter certeza do quanto eles tinham visto do seu teletransporte.
- Bem... eu acho que posso responder eu mesmo. Você se teletransportou por alguma janela, não? Dá para ver o que tem dentro da sala à distância, desde que a luz esteja acesa... Então você se teletransportou para dentro de uma sala vazia usando a janela. Estou errado?
- Não.
- Então a questão mais importante aqui não é como, e sim... Por que você veio para cá?
- Eu... não sei. Eu senti algo de errado hoje de manhã quando entreguei aquele documento da embaixada argentina.
- Eeeeeeeeeeeeei!!! Que documen...
- Cale a boca, Diego!
- Mas...
- O quê você viu de errado, Ângela?
- Tinha pêlos... Pêlos grossos no balcão, pêlos de bicho. As pessoas pareciam mais apreensivas, e bem... eu achei que talvez fosse um laboratório. E vim investigar.
- Isso não pode ser sério. Nós pegamos uma trombadinha curiosa, é isso mesmo? Eu não acredito que gastei os meus tranqüilizantes nela.
- Alcebíades, se você não está interessado, pode ir e levar as suas cópias para um lugar onde você será mais útil. Porque aqui você definitivamente não está sendo.
- Hmpf.
- Hihihihi
- Cala a boca, moleque. A conversa ainda não chegou na Argentina.
- Aiai. Muito bem, Ângela, uma última curiosidade. Depois que seus pais morreram, ouvi dizer que você correu para o laboratório e ficou dentro da câmara de fótons, é verdade?
- É.
- E você estava lá no momento programado para o disparo?
- Sim.
- Impressionante. Esse tempo todo eu acreditava que você tinha morrido.
- O raio não matava.
- Ah, matava sim... A Gu... quer dizer, a Klabbe tentou repetir o efeito em várias cobaias depois de você. Algumas desintegravam, algumas duraram apenas alguns dias... Até hoje não sei se eles tiveram sucesso. Claro que a máquina não era mais manipulada pelos seus pais, e isso pode ter sido o motivo das falhas, mas ainda assim... Eu achei que eles matariam você se você sobrevivesse.
Matariam? Ângela estava começando a achar aquele velho exagerado.
- Não. por um tempo eles ficaram me pesquisando... mas depois desistiram. Eu lembro que tinha um pesquisador que foi muito gentil comigo. Ele disse para eles que o problema era com a máquina, não comigo. E aí me encaminharam para tratamento psiquiátrico e me colocaram morando com uns parentes. É claro que eles não suportaram a minha presença por muito tempo, então eu saí cedo de casa.
- Hm... certo. Bem, Ângela, muito obrigado. É claro que nós vamos ter que manter você aqui por mais algum tempo, mas não precisa ficar preocupada porque ninguém aqui vai machucar você.
- Mas... por quanto tempo... e quem são vocês?
- Bem... eu sou o Dr. Moura. E você está na AIB, a Agência de Inteligência Brasileira.
- Dr. Moura, você acha prudente...
Mas Ângela não estava mais ouvindo, porque neste momento o Dr. Moura injetou no se braço mais uma dose de tranqüilizantes.
- ...ela saber de tanta coisa?
- Primeiro, Alcebíades, ela é a filha de duas pessoas que foram grandes amigos. Segundo, ela se teletransporta. Terceiro, ela tem um poder de observação que eu não vejo em um agente faz mais de dez anos. Quarto, ela pode ser um protótipo de uma arma inimiga que devemos conhecer. Quinto e último, ela precisa de proteção.
- Proteção? - disse Diego.
- Você não presta atenção mesmo, hein moleque? Você realmente acha que uma empresa que estava pesquisando teletransporte ia deixar um experimento bem sucedido andando por aí sem nenhum tipo de observação? Não faz o menor sentido que ela não esteja sendo seguida até hoje em dia, pelo menos na medida do que é possível seguir uma pessoa que se teletransporta. Vamos. Levem-na para um quarto do setor J-105. Mantenham-me informado.
----------------------
- Hmmmm...
- Olha! Ela está acordando!
- Vamos começar?
- Olá. Espero que esteja se sentindo bem.
- Onde eu estou?
- Antes disso temos algumas perguntas para fazer para você.
- Cadê o soro da verdade?
- Não precisa, larga isso. Por favor, querida, diga o seu nome para registro.
- Por quê?
- Por quê? Porque você invadiu o prédio de uma organização do governo, bisbilhotou assuntos de caráter confidencial e ainda (heh) fez um trainee de agente de idiota.
- Ela não me fez de idiota! Eu só estava pensando num jeito de encurralar ela!
- Calem a boca vocês dois. Alcebíades, você fala demais. Você já mandou uma das suas cópias verificar se ela não trouxe nenhum companheiro?
- Já, tem dois de mim analisando as fitas de segurança agora mesmo.
- Ponha outros quatro.
- Mas...
- Olha... se ela trouxe mais alguém, essa pessoa não pode ter saído do prédio, mas ela pode estar bisbilhotando mais coisas por aí.
- Humpf.... tá.
*POC* *POC-POC* *POC*
- Vocês ouviram. Vão lá e me mantenham informado.
- Eu vim sozinha.
- Quê?
- Eu... vim sozinha.
- Hm... ok. Podemos voltar ao seu nome?
- Não vou falar meu nome.
- Você prefere que eu fale?
As sobrancelhas dela se levantaram com o espanto.
- Lehve. Estou mesmo ficando velho. Não lembro direito se era Adriana ou Andréia ou Aless...
Sua boca se contorceu. Ela odiava quando lhe trocavam o nome.
- Ângela.
- Ah sim, isso mesmo. Ângela. Seu pai lhe deu esse nome quando você nasceu porque você parecia um anjo. Um anjo com o dedo na boca, que chorava alto o suficiente para enlouquecer qualquer mente sã, mas um anjo.
A cabeça de Ângela girava em um turbilhão. Não estivesse ela vendada, poderia notar que a supresa não era menor para os outros dois dos três homens na sala. Sim, seu pai sempre dissera isso. "No momento em que a vi pela primeira vez, percebi que você era um anjo, querida. Sua mãe queria Rebecca, sua avó queria Mariana, seu avô queria Elisadélia como a mãe dele. Mas eu conversei com a sua mãe... e Ângela ficou."
- Você...
- Ah, sim, querida. Eu conheci os seus pais. Eles me convidaram para ser seu padrinho, mas eu estava envolvido numa missão exterior. Cientistas brilhantes, os dois. Foram contratados para pesquisar o teletransporte de matéria.
- De fótons.
- De matéria. Qual era o nome?
- Klabbe. Projeto Zéfiro.
- Sim. Era Zéfiro, não era? É, faz sentido. Ele era o deus do vento. De qualquer forma, a Klabbe era só uma subsidiária de uma outra empresa maior. Mas isso não interessa a você.
- Doutor, isso tudo não interessa. Você está dando informações para ela e tirando nenhuma. O importante é saber como ela entrou aqui.
- Querida, você gostaria de responder a questão do meu companheiro impaciente?
- Eu...
Ângela respirou fundo. Suas lembranças estavam bastante nubladas, e ela não conseguia ter certeza do quanto eles tinham visto do seu teletransporte.
- Bem... eu acho que posso responder eu mesmo. Você se teletransportou por alguma janela, não? Dá para ver o que tem dentro da sala à distância, desde que a luz esteja acesa... Então você se teletransportou para dentro de uma sala vazia usando a janela. Estou errado?
- Não.
- Então a questão mais importante aqui não é como, e sim... Por que você veio para cá?
- Eu... não sei. Eu senti algo de errado hoje de manhã quando entreguei aquele documento da embaixada argentina.
- Eeeeeeeeeeeeei!!! Que documen...
- Cale a boca, Diego!
- Mas...
- O quê você viu de errado, Ângela?
- Tinha pêlos... Pêlos grossos no balcão, pêlos de bicho. As pessoas pareciam mais apreensivas, e bem... eu achei que talvez fosse um laboratório. E vim investigar.
- Isso não pode ser sério. Nós pegamos uma trombadinha curiosa, é isso mesmo? Eu não acredito que gastei os meus tranqüilizantes nela.
- Alcebíades, se você não está interessado, pode ir e levar as suas cópias para um lugar onde você será mais útil. Porque aqui você definitivamente não está sendo.
- Hmpf.
- Hihihihi
- Cala a boca, moleque. A conversa ainda não chegou na Argentina.
- Aiai. Muito bem, Ângela, uma última curiosidade. Depois que seus pais morreram, ouvi dizer que você correu para o laboratório e ficou dentro da câmara de fótons, é verdade?
- É.
- E você estava lá no momento programado para o disparo?
- Sim.
- Impressionante. Esse tempo todo eu acreditava que você tinha morrido.
- O raio não matava.
- Ah, matava sim... A Gu... quer dizer, a Klabbe tentou repetir o efeito em várias cobaias depois de você. Algumas desintegravam, algumas duraram apenas alguns dias... Até hoje não sei se eles tiveram sucesso. Claro que a máquina não era mais manipulada pelos seus pais, e isso pode ter sido o motivo das falhas, mas ainda assim... Eu achei que eles matariam você se você sobrevivesse.
Matariam? Ângela estava começando a achar aquele velho exagerado.
- Não. por um tempo eles ficaram me pesquisando... mas depois desistiram. Eu lembro que tinha um pesquisador que foi muito gentil comigo. Ele disse para eles que o problema era com a máquina, não comigo. E aí me encaminharam para tratamento psiquiátrico e me colocaram morando com uns parentes. É claro que eles não suportaram a minha presença por muito tempo, então eu saí cedo de casa.
- Hm... certo. Bem, Ângela, muito obrigado. É claro que nós vamos ter que manter você aqui por mais algum tempo, mas não precisa ficar preocupada porque ninguém aqui vai machucar você.
- Mas... por quanto tempo... e quem são vocês?
- Bem... eu sou o Dr. Moura. E você está na AIB, a Agência de Inteligência Brasileira.
- Dr. Moura, você acha prudente...
Mas Ângela não estava mais ouvindo, porque neste momento o Dr. Moura injetou no se braço mais uma dose de tranqüilizantes.
- ...ela saber de tanta coisa?
- Primeiro, Alcebíades, ela é a filha de duas pessoas que foram grandes amigos. Segundo, ela se teletransporta. Terceiro, ela tem um poder de observação que eu não vejo em um agente faz mais de dez anos. Quarto, ela pode ser um protótipo de uma arma inimiga que devemos conhecer. Quinto e último, ela precisa de proteção.
- Proteção? - disse Diego.
- Você não presta atenção mesmo, hein moleque? Você realmente acha que uma empresa que estava pesquisando teletransporte ia deixar um experimento bem sucedido andando por aí sem nenhum tipo de observação? Não faz o menor sentido que ela não esteja sendo seguida até hoje em dia, pelo menos na medida do que é possível seguir uma pessoa que se teletransporta. Vamos. Levem-na para um quarto do setor J-105. Mantenham-me informado.
18.7.05
Ontem, numa missão um tanto quanto noturna para nós, meros trabalhadores, fomos ver O Castelo Animado, o novo filme do Hayao Miyazaki, o mesmo diretor de Chihiro.
E o filme é muito bom!!! Eu me apaixonei pelo personagem Howl desde sua primeira aparição, e achei fnatástica a construção de todos personagens, pois eles conseguiram manter uma idéia arquetípica sem se tornarem personagens flat*.
A história começa mostrando a desbotada vida de Sophie, uma menina que herdou uma chapelaria do pai e é a única na família a sustentar essa ligação, uma vez que sua mãe e sua irmã foram viver suas próprias vidas no mundo lá fora, por assim dizer. Aliás, um dos meus pensamentos enquanto ali, afundada numa das poltronas do Odeon, foi: "putz, ela só pode ser a cara do pai, porque a mãe e a irmã são idênticas..."
Sophie é uma criatura desesperançada, que aceita de bom grado as contingências da vida, e que sofre com uma resignação de mártir seu destino de menina chapeleira sem-sal (leia-se sem beleza). Ela usa roupas de vovó, não faz nada para chamar atenção e tem a gentileza daquelas pessoas boas, mas que desistem antes mesmo de tentar.
Mas quando, um dia, ela é abordada por dois guardas com excesso de hormônios no caminho do restaurante onde sua irmã trabalha, o destino que Sophie aceitou tão placidamente sofre uma reviravolta absolutamente inesperada. Acuada pelos dois guardas, Sophie é salva por um belíssimo - e esquisitíssimo, diga-se de passagem - rapaz, que a põe, literalmente, a andar nas nuvens. Ele a leva até o restaurante e a deixa, depois de escapar de seres que o perseguiam.
No entanto, ao chegar em casa, Sophie se depara com uma surpresa desagradável. A Bruxa da Terra Amaldiçoada, uma temida feiticeira, entra através da porta que Sophie tinha acabado de trancar, seguida dos mesmos seres que a perseguiram naquele dia mais cedo. A Bruxa coloca sobre Sophie um feitiço que a envelhece, e que a impede de contar a outros o que aconteceu com ela. Sophie é então obrigada a abandonar sua chapelaria e sair no mundo para procurar uma forma de quebrar o feitiço.
Eu acho melhor parar por aqui porque senão isso vai acabar virando um spoiler. Eu contei a introdução do filme, e acho que isso está bom.
Queria adicionar, no entanto, um fator àquela minha teoria de que o feitiço só poderia ser quebrado quando Sophie passasse a ter esperança, e a acreditar em algo. Acabei de cogitar a possibilidade de a Bruxa tê-le transformado no que ela realmente era. Uma velhinha. Porque ela se comportava como uma velhinha. Sophie, ou a Sabedoria, agia como se soubesse demais, como se já tivesse passado por infortúnios demais na vida, e assim era uma pessoa desgostosa e desperançosa. Boa, porém amarga. Isso poderia ser justificado pelo momento em que ela se vê como velha e diz "Bem... pelo menos agora as roupas combinam".
Mas é só uma teoria. Teçam as suas. ^.^
8.7.05
Hm...
Acho que todos os termômetros da cidade quebraram em 16 graus...
E eu que odeio frio...
Hoje acordei às 5:30, depois de passar mal durante a noite, tomei um banho pelando para voltar a me sentir gente e saí às 6:30 para dar aula na barra.
Sendo que, do momento que eu acordei até a hora que eu entrei no ônibus e minha mente se encheu com pensamentos de enjôo, eu fiquei matutando que hoje era o dia para eu ficar em casa e dormir...
Mas eu não tinha o telefone da aluna e teria que ligar para o meu chefe, rezando para que ele tivesse o número, para então desmarcar a aula...
Então eu fui de qualquer jeito.
Só para chegar lá e descobrir que a minha aluna passou mal durante a noite e não ia ter aula.
Acho que todos os termômetros da cidade quebraram em 16 graus...
E eu que odeio frio...
Hoje acordei às 5:30, depois de passar mal durante a noite, tomei um banho pelando para voltar a me sentir gente e saí às 6:30 para dar aula na barra.
Sendo que, do momento que eu acordei até a hora que eu entrei no ônibus e minha mente se encheu com pensamentos de enjôo, eu fiquei matutando que hoje era o dia para eu ficar em casa e dormir...
Mas eu não tinha o telefone da aluna e teria que ligar para o meu chefe, rezando para que ele tivesse o número, para então desmarcar a aula...
Então eu fui de qualquer jeito.
Só para chegar lá e descobrir que a minha aluna passou mal durante a noite e não ia ter aula.
6.7.05
Continuando a saga....
Ok... isso é realmente, realmente estranho.
Ângela já tinha passado pela maior academia que já vira, equipada com os aparelhos mais hi-tech do mercado, uma sala de meditação com um indiano maluco e um moleque, um mezanino com dois computadores que tinha quatro vezes o tamanho do seu apartamento inteiro, um aparelho que ela deduziu ser um simulador de vôo em situação de gravidade zero*, um centro de treinamento de tiro ao alvo**, e corredores e mais corredores com janelas de vidro, portas trancadas e salas escuras.
O maior problema de andar no prédio eram as câmeras. Aparentemente elas eram sensíveis a calor, porque não importava onde ela se materializasse, a câmera rapidamente se virava para ela, e ela já estava ficando cansada do esforço físico equivalente a ficar pulando de um canto do corredor para o outro.
Finalmente ela conseguiu entrar num quartinho de material de limpeza e se agachar entre as vassouras e esfregões para poder pensar.
Hm... nada disso faz sentido. Ou eu estou numa dimensão paralela ou isso é um daqueles prédios de desenvolvimento de tecnologia bélica.... Mas o que um prédio desses está fazendo no centro da cidade???? Será que o governo da Argentina está metido nisso? E eu nunca acreditei quando o menino da xérox falava que existe uma conspiração argentina para tomar o Brasil... E o pior é que eu nem engano falando espanhol... É melhor eu achar um jeito de sair daqui e rápido...
Ângela decide abrir a porta do quartinho lentamente para garantir que não havia ninguém transitando no corredor nem observando por trás do enorme janelão de vidro que dava para uma grande sala escura logo em frente ao quartinho. A porta vai abrindo sem fazer barulho algum, e ela vai se esgueirando sorrateiramente para espiar pela fresta. A primeira coisa que ela repara é que que a enorme sala, que estava toda apagada quando ela se escondeu, agora tinha dois monitores acesos, e, por sorte, duas pessoas viradas para eles, e conseqüentemente de costas para ela.
Foi neste momento que o clarão apareceu. Mal tinha a luz alcançado os olhos de Ângela e a deixado cega, um estrondo sacudiu não só o chão, as paredes e o vidro, como também os esfregões e vassouras, que reagiram desprendendo-se da parede e caindo furiosamente sobre a cabeça dela.
Sua única reação foi tentar fechar a porta, o que era no momento impossível, uma vez que cabos de vassoura se projetavam para fora, e sua visão ainda não tinha voltado. Neste instante ela ouve o abrir de uma porta e uma voz ao longe:
- E aí, Jorge?
E uma voz muito próxima:
- Nada. Só algumas lâmpadas desencaixadas, uma câmera pifada e as vassouras do quartinho de limpeza. Mas ainda assim tá muito forte. Vê se você diminui a intensidade dos raios beta-6 aí!
A visão de Ângela estava voltando lentamente. Agora ela podia ver na meia-luz do quartinho que uma dúzia de caixas de papelão com rolos de papel higiênico tinha caído sobre ela. Ela resolveu afastar as caixas para começar a se mover novamente. Ao pegar uma das caixas, Ângela reparou num relevo na lateral e decidiu aproximar aquele lado da caixa do feixo de luz. Em alto-relevo estavam gravadas no papelão as letras "A", "I" e "B".
Em um outro canto do prédio, Diego estava chegando à conclusão que ser um dos agentes de segurança interna da Agência era o único cargo dentro daquela instituição que era perfeitamente condizente com a fama do serviço público brasileiro. Seu Antônio, o agente semi-aposentado*** que cuida da observação das imagens fornecidas pelas incontáveis câmeras espalhadas pelo prédio, estava, aparentemente, há mais de meia-hora em busca da D. Wilma, a onipresente-só-quando-quer tia do café.
Diego resolveu permanecer naquela sala porque observar as câmeras parecia uma idéia melhor do que simplesmente procurar a esmo. No entanto, não só o número de telinhas era incontável, como também era necessário fazer um dos workshops da Agência**** para conseguir prestar atenção em cada uma daquelas telas naquele mar de imagens preto-e-branco. Cansado, ele resolveu sentar no chão em frente às telas, esperando por um sinal. Foi então que ele viu que uma das telinhas ficou totalmente preta. Ele se levanta, tentando decifrar o código para a localização daquela câmera.
- O quê você está fazendo aí, meu filho?
Diego se vira e vê Seu Antônio, com três copinhos de café.
- Ahn... só me diz uma coisa, que câmera é essa?
- Essa aí? Ih, pifou de novo? É a do setor F-65, lá no décimo-sexto andar...
- Valeu!
E Diego sai correndo em direção ao elevador.
- Espera aí.... é que eles estão testando uma nova bomba térmica e...
Mas Diego não ouvia. Ele chegou ao elevador e apertou o número 16, coberto de ansiedade.
* Tinha um alce flutuando dentro do simulador, mas ela supôs que isso só podia ser algum efeito holográfico.
** Só que os alvos eram particularmente estranhos. Ela viu um com formato de polvo, um que era uma serpente gigante, um que lembrava vagamente um baú com pernas... mas o mais assustador era, de longe, um que parecia um boneco de marshmellow gigante.
*** Às vezes um agente se aposenta por tempo de serviço, às vezes por ferimento em campo, e às vezes por trauma (que nem o Sr. Duhalib conseguiu dar jeito). Muito raramente os últimos sofrem um tipo muito esquisito de conflito interno devido ao senso de dever que anos e anos de Agência impõem à pessoa e, nestes raros casos, é mais fácil dar um cargo inofensivo a estes ex-agentes do que destacar agentes efetivos que têm muito mais o que fazer só para impedir que as técnicas de invasão de propriedade secreta governamental da agência sejam usadas pelos ex-agentes para invadir a sede com a singela intenção de "ajudar" seus colegas.
**** A Agência tem workshops como "Invadindo uma plataforma e roubando um avião", "351 maneiras de usar um disfarce", "Curso rápido de ameaças em finlandês", entre outros. O workshop que o Sr. Antônio teve que fazer foi "Fixando sua atenção em 2037 pontos ao mesmo tempo". Este é, por coincidência, o número de câmeras de segurança ligadas 24hs dentro da Agência.
Ok... isso é realmente, realmente estranho.
Ângela já tinha passado pela maior academia que já vira, equipada com os aparelhos mais hi-tech do mercado, uma sala de meditação com um indiano maluco e um moleque, um mezanino com dois computadores que tinha quatro vezes o tamanho do seu apartamento inteiro, um aparelho que ela deduziu ser um simulador de vôo em situação de gravidade zero*, um centro de treinamento de tiro ao alvo**, e corredores e mais corredores com janelas de vidro, portas trancadas e salas escuras.
O maior problema de andar no prédio eram as câmeras. Aparentemente elas eram sensíveis a calor, porque não importava onde ela se materializasse, a câmera rapidamente se virava para ela, e ela já estava ficando cansada do esforço físico equivalente a ficar pulando de um canto do corredor para o outro.
Finalmente ela conseguiu entrar num quartinho de material de limpeza e se agachar entre as vassouras e esfregões para poder pensar.
Hm... nada disso faz sentido. Ou eu estou numa dimensão paralela ou isso é um daqueles prédios de desenvolvimento de tecnologia bélica.... Mas o que um prédio desses está fazendo no centro da cidade???? Será que o governo da Argentina está metido nisso? E eu nunca acreditei quando o menino da xérox falava que existe uma conspiração argentina para tomar o Brasil... E o pior é que eu nem engano falando espanhol... É melhor eu achar um jeito de sair daqui e rápido...
Ângela decide abrir a porta do quartinho lentamente para garantir que não havia ninguém transitando no corredor nem observando por trás do enorme janelão de vidro que dava para uma grande sala escura logo em frente ao quartinho. A porta vai abrindo sem fazer barulho algum, e ela vai se esgueirando sorrateiramente para espiar pela fresta. A primeira coisa que ela repara é que que a enorme sala, que estava toda apagada quando ela se escondeu, agora tinha dois monitores acesos, e, por sorte, duas pessoas viradas para eles, e conseqüentemente de costas para ela.
Foi neste momento que o clarão apareceu. Mal tinha a luz alcançado os olhos de Ângela e a deixado cega, um estrondo sacudiu não só o chão, as paredes e o vidro, como também os esfregões e vassouras, que reagiram desprendendo-se da parede e caindo furiosamente sobre a cabeça dela.
Sua única reação foi tentar fechar a porta, o que era no momento impossível, uma vez que cabos de vassoura se projetavam para fora, e sua visão ainda não tinha voltado. Neste instante ela ouve o abrir de uma porta e uma voz ao longe:
- E aí, Jorge?
E uma voz muito próxima:
- Nada. Só algumas lâmpadas desencaixadas, uma câmera pifada e as vassouras do quartinho de limpeza. Mas ainda assim tá muito forte. Vê se você diminui a intensidade dos raios beta-6 aí!
A visão de Ângela estava voltando lentamente. Agora ela podia ver na meia-luz do quartinho que uma dúzia de caixas de papelão com rolos de papel higiênico tinha caído sobre ela. Ela resolveu afastar as caixas para começar a se mover novamente. Ao pegar uma das caixas, Ângela reparou num relevo na lateral e decidiu aproximar aquele lado da caixa do feixo de luz. Em alto-relevo estavam gravadas no papelão as letras "A", "I" e "B".
Em um outro canto do prédio, Diego estava chegando à conclusão que ser um dos agentes de segurança interna da Agência era o único cargo dentro daquela instituição que era perfeitamente condizente com a fama do serviço público brasileiro. Seu Antônio, o agente semi-aposentado*** que cuida da observação das imagens fornecidas pelas incontáveis câmeras espalhadas pelo prédio, estava, aparentemente, há mais de meia-hora em busca da D. Wilma, a onipresente-só-quando-quer tia do café.
Diego resolveu permanecer naquela sala porque observar as câmeras parecia uma idéia melhor do que simplesmente procurar a esmo. No entanto, não só o número de telinhas era incontável, como também era necessário fazer um dos workshops da Agência**** para conseguir prestar atenção em cada uma daquelas telas naquele mar de imagens preto-e-branco. Cansado, ele resolveu sentar no chão em frente às telas, esperando por um sinal. Foi então que ele viu que uma das telinhas ficou totalmente preta. Ele se levanta, tentando decifrar o código para a localização daquela câmera.
- O quê você está fazendo aí, meu filho?
Diego se vira e vê Seu Antônio, com três copinhos de café.
- Ahn... só me diz uma coisa, que câmera é essa?
- Essa aí? Ih, pifou de novo? É a do setor F-65, lá no décimo-sexto andar...
- Valeu!
E Diego sai correndo em direção ao elevador.
- Espera aí.... é que eles estão testando uma nova bomba térmica e...
Mas Diego não ouvia. Ele chegou ao elevador e apertou o número 16, coberto de ansiedade.
* Tinha um alce flutuando dentro do simulador, mas ela supôs que isso só podia ser algum efeito holográfico.
** Só que os alvos eram particularmente estranhos. Ela viu um com formato de polvo, um que era uma serpente gigante, um que lembrava vagamente um baú com pernas... mas o mais assustador era, de longe, um que parecia um boneco de marshmellow gigante.
*** Às vezes um agente se aposenta por tempo de serviço, às vezes por ferimento em campo, e às vezes por trauma (que nem o Sr. Duhalib conseguiu dar jeito). Muito raramente os últimos sofrem um tipo muito esquisito de conflito interno devido ao senso de dever que anos e anos de Agência impõem à pessoa e, nestes raros casos, é mais fácil dar um cargo inofensivo a estes ex-agentes do que destacar agentes efetivos que têm muito mais o que fazer só para impedir que as técnicas de invasão de propriedade secreta governamental da agência sejam usadas pelos ex-agentes para invadir a sede com a singela intenção de "ajudar" seus colegas.
**** A Agência tem workshops como "Invadindo uma plataforma e roubando um avião", "351 maneiras de usar um disfarce", "Curso rápido de ameaças em finlandês", entre outros. O workshop que o Sr. Antônio teve que fazer foi "Fixando sua atenção em 2037 pontos ao mesmo tempo". Este é, por coincidência, o número de câmeras de segurança ligadas 24hs dentro da Agência.
4.7.05
Olá gente!
Desculpa a demora para atualizar...
O problema é que eu tenho muita coisa pra falar e ao mesmo tempo muito pouca.
Bom... a boa notícia, mas isso todos vocês já sabem, é que a minha festa foi muito bem obrigada. E nada deu erradoooooo!!!!!!! Eu fiquei tão feliz.... Nenhum cano estourou, nada explodiu, a comida não estragou, foi tão legal!!!
Claro que teve os poréns...
Giu, Marina e Bruno (Tibogue) não puderam aparecer, o Lanterna ficou meia hora e teve que ir embora, o Túlio saiu cedo, o Régis e a Ana também....
Mas nada deu desastrosamente errado, e por isso eu estou muito feliz...
^.^
Quem sabe ano que vem a gente não faça outra festa.... pelo visto comemorar antes deu certo, e ano que vem o meu aniversário cai numa quarta....
Bom... amanhã é o dia de verdade, mas eu vou ter que dar aula das 8 da manhã às 7 da noite. Ainda assim, depois desta aula fatídica que vai até as 7, pretendo me movimentar para o Shopping Tijuca e quem tiver disposição pode aparecer lá para dar um oi.... ^.^
Caike, CADÊ a continuação da saga??? Eu sei que você ficou ocupado fazendo as cento e sei lá quantas peças de sushi, mas vamos lá.... terra, fogo, vento, água e coração!!! Escreve logo, porra! ^.^
Desculpa a demora para atualizar...
O problema é que eu tenho muita coisa pra falar e ao mesmo tempo muito pouca.
Bom... a boa notícia, mas isso todos vocês já sabem, é que a minha festa foi muito bem obrigada. E nada deu erradoooooo!!!!!!! Eu fiquei tão feliz.... Nenhum cano estourou, nada explodiu, a comida não estragou, foi tão legal!!!
Claro que teve os poréns...
Giu, Marina e Bruno (Tibogue) não puderam aparecer, o Lanterna ficou meia hora e teve que ir embora, o Túlio saiu cedo, o Régis e a Ana também....
Mas nada deu desastrosamente errado, e por isso eu estou muito feliz...
^.^
Quem sabe ano que vem a gente não faça outra festa.... pelo visto comemorar antes deu certo, e ano que vem o meu aniversário cai numa quarta....
Bom... amanhã é o dia de verdade, mas eu vou ter que dar aula das 8 da manhã às 7 da noite. Ainda assim, depois desta aula fatídica que vai até as 7, pretendo me movimentar para o Shopping Tijuca e quem tiver disposição pode aparecer lá para dar um oi.... ^.^
Caike, CADÊ a continuação da saga??? Eu sei que você ficou ocupado fazendo as cento e sei lá quantas peças de sushi, mas vamos lá.... terra, fogo, vento, água e coração!!! Escreve logo, porra! ^.^
26.6.05
O Pan falou e eu concordo.
Essa podia muito bem ser a música-tema de Brlho Eterno...:
You cannot quit me so quickly
There's no hope in you for me
No corner you could squeeze me
But I got all the time for you, love
The Space Between
The tears we cry
Is the laughter keeps us coming back for more
The Space Between
The wicked lies we tell
And hope to keep safe from the pain
But will I hold you again?
These fickle, fuddled words confuse me
Like 'Will it rain today?'
Waste the hours with talking, talking
These twisted games we're playing
We're strange allies
With warring hearts
What wild-eyed beast you be
The Space Between
The wicked lies we tell
And hope to keep safe from the pain
Will I hold you again?
Will I hold...
Look at us spinning out in
The madness of a roller coaster
You know you went off like a devil
In a church in the middle of a crowded room
All we can do, my love
Is hope we don't take this ship down
The Space Between
Where you're smiling high
Is where you'll find me if I get to go
The Space Between
The bullets in our firefight
Is where I'll be hiding, waiting for you
The rain that falls
Splash in your heart
Ran like sadness down the window into...
The Space Between
Our wicked lies
Is where we hope to keep safe from pain
Take my hand
'Cause we're walking out of here
Oh, right out of here
Love is all we need here
The Space Between
What's wrong and right
Is where you'll find me hiding, waiting for you
The Space Between
Your heart and mine
Is the space we'll fill with time
The Space Between...
Pra quem não conhece, isso é Dave Matthews Band, The Space Between.
Essa podia muito bem ser a música-tema de Brlho Eterno...:
You cannot quit me so quickly
There's no hope in you for me
No corner you could squeeze me
But I got all the time for you, love
The Space Between
The tears we cry
Is the laughter keeps us coming back for more
The Space Between
The wicked lies we tell
And hope to keep safe from the pain
But will I hold you again?
These fickle, fuddled words confuse me
Like 'Will it rain today?'
Waste the hours with talking, talking
These twisted games we're playing
We're strange allies
With warring hearts
What wild-eyed beast you be
The Space Between
The wicked lies we tell
And hope to keep safe from the pain
Will I hold you again?
Will I hold...
Look at us spinning out in
The madness of a roller coaster
You know you went off like a devil
In a church in the middle of a crowded room
All we can do, my love
Is hope we don't take this ship down
The Space Between
Where you're smiling high
Is where you'll find me if I get to go
The Space Between
The bullets in our firefight
Is where I'll be hiding, waiting for you
The rain that falls
Splash in your heart
Ran like sadness down the window into...
The Space Between
Our wicked lies
Is where we hope to keep safe from pain
Take my hand
'Cause we're walking out of here
Oh, right out of here
Love is all we need here
The Space Between
What's wrong and right
Is where you'll find me hiding, waiting for you
The Space Between
Your heart and mine
Is the space we'll fill with time
The Space Between...
Pra quem não conhece, isso é Dave Matthews Band, The Space Between.
20.6.05
Mais fotos...
Agora são fotos do Nigel Li, o "filho" do Régis... Ele não é irmão da Sakura, o que é uma boa notícia, pois assim eles podem ter filhinhos sem preocupação algum dia...
O Régis buscou o Nigel quando eu fui buscar a Sakura. Só que o Nigel não tem 3 meses!
Muito medo dele. Tomara que a criadora esteja certa e ele pare de crescer logo... ^.^
Mas ele é muito, muito lindo. Eu me pego impressionada de quanto ele é lindo.
Agora são fotos do Nigel Li, o "filho" do Régis... Ele não é irmão da Sakura, o que é uma boa notícia, pois assim eles podem ter filhinhos sem preocupação algum dia...
O Régis buscou o Nigel quando eu fui buscar a Sakura. Só que o Nigel não tem 3 meses!
Muito medo dele. Tomara que a criadora esteja certa e ele pare de crescer logo... ^.^
Mas ele é muito, muito lindo. Eu me pego impressionada de quanto ele é lindo.
Sakura
Pois é, minha gente...
Finalmente... depois de muito tempo procurando...
Sexta passada eu fui buscá-la. E esta é ela!
(fotos by Buno)
Oi. Eu sou a Sakura!
Eu sou uma bolinha...
E eu que achava que o peito da minha mãe era grande...
Essa é minha dona.
Acho que posso apoiar meu queixo aqui pra dormir.
Vim andando e me aninhei aqui.
Sou pequena sim, e daí? Nossa, q coisa interessante.... barquinhos...
Dormi.
Pois é, minha gente...
Finalmente... depois de muito tempo procurando...
Sexta passada eu fui buscá-la. E esta é ela!
(fotos by Buno)
Oi. Eu sou a Sakura!
Eu sou uma bolinha...
E eu que achava que o peito da minha mãe era grande...
Essa é minha dona.
Acho que posso apoiar meu queixo aqui pra dormir.
Vim andando e me aninhei aqui.
Sou pequena sim, e daí? Nossa, q coisa interessante.... barquinhos...
Dormi.
16.6.05
Ok... continuando com a tocha olímpica ^.^:
Hm... 3 minutos, 3 minutos... *PUF*
*PUF* Mais um prédio... Cara esquisito aquele na recepção...*PUF*
*PUF* Hm... se eu conseguisse um que dê pra descer de elevador ajudava!!*PUF*
*PUF* Dois minutos. Hm... aquele dá...*PUF*
Putz... será que ele tava me cantando?
*PUF*
ÔÔÔÔ!!!
A garota olha para baixo, e sacode os braços tentando recuperar o equilíbrio. Um mendigo lá embaixo, na Rua México, vê um vulto de mulher se sacudindo no topo de um prédio. O mendigo volta a olhar para a garrafa de pinga, contente com o pensamento "essa é boa mesmo!"
*PUF-PUF*
Ufffff... Essa passou perto.
Ela era Ângela Lehve, uma courier com um passado estranho... e poderes mais estranhos ainda. E ela também tinha acabado de escapar por pouco de despencar do topo do prédio onde tinha se materializado há alguns instantes atrás.
- Tá vendo, sua burra? Você fica se distraindo... - ela entra pela porta corta-fogo do terraço - ... e depois quer cair no lugar certo... Ô inferno... meio minuto.
O fato de que ela fora obrigada a se teletransportar várias vezes em um curto espaço de tempo não lhe incomodava. Pelo menos não mais. Mas aquele último, para sair do parapeito e ir para terra firme realmente a deixou meio zonza. Assim, ao olhar para baixo e ver os infindáveis lances de escadas que a aguardavam, sua cabeça rodou e ela deu um suspiro.
- Ótimo. Agora estou num filme de Hitchcock. E eu que achava que o dia tinha começado bem.
O dia realmente tinha começado bem. Até ela chegar no trabalho e descobrir que, não importava quão rápida ela fosse, o seu chefe sempre haveria de encorajar a política de "encare o seu trabalho como um desafio!!" E ela achava que as multinacionais eram ruins.
Acumulados esperavam por ela 831 pacotes dos tamanhos mais variados, todos com entrega urgente. Não era de se espantar que dois funcionários tinham se demitido no último mês. Mas a Hermes, na verdade o Sérgio, seu chefe, se recusava a contratar mais gente.
- Isso está saindo do controle. - disse ela, aparecendo mais uma vez, assustando mais uma pessoa, entregando mais um pacote, colhendo mais uma assinatura trêmula, correndo mais uma vez para a porta e sumindo novamente - Dois minutos e meio de atraso... Ai, o Sérgio vai me matar.
Por sobre o frenesi de estar com dois minutos e meio de atraso, e ainda sobre a raiva de seu chefe, Ângela fazia na verdade um esforço para não voltar a divagar, agora que outras informações lhe vinham à mente. Ela sempre fora muito observadora, mas nem precisava ser na verdade para notar que, quando ela apoiou a prancheta sobre a mesa para colher a assinatura naquele prédio inencontrável, sobre o balcão da recepção havia alguns pêlos muito grossos e marrons.
Ou -pensou ela - eles são uma espécie muito estranha de veterinários que têm consultório no centro da cidade ou devem estar fazendo experiências com animais. Mas ainda assim, um laboratório com animais no centro da cidade? Ninguém ia pagar um aluguel tão caro por isso. Isso se faz no campo...
Ela parou, abriu a bolsa e verificou alguns papéis.
Mas... porquê papéis da embaixada da Argentina???
Sempre que Ângela encasquetava com um assunto, era impossível tirá-lo da sua cabeça. Ela decidiu então, para o bem de sua própria sanidade mental, voltar ao prédio depois do expediente. Pelo menos o que os infelizes faziam ela ia acabar descobrindo.
Hm... 3 minutos, 3 minutos... *PUF*
*PUF* Mais um prédio... Cara esquisito aquele na recepção...*PUF*
*PUF* Hm... se eu conseguisse um que dê pra descer de elevador ajudava!!*PUF*
*PUF* Dois minutos. Hm... aquele dá...*PUF*
Putz... será que ele tava me cantando?
*PUF*
ÔÔÔÔ!!!
A garota olha para baixo, e sacode os braços tentando recuperar o equilíbrio. Um mendigo lá embaixo, na Rua México, vê um vulto de mulher se sacudindo no topo de um prédio. O mendigo volta a olhar para a garrafa de pinga, contente com o pensamento "essa é boa mesmo!"
*PUF-PUF*
Ufffff... Essa passou perto.
Ela era Ângela Lehve, uma courier com um passado estranho... e poderes mais estranhos ainda. E ela também tinha acabado de escapar por pouco de despencar do topo do prédio onde tinha se materializado há alguns instantes atrás.
- Tá vendo, sua burra? Você fica se distraindo... - ela entra pela porta corta-fogo do terraço - ... e depois quer cair no lugar certo... Ô inferno... meio minuto.
O fato de que ela fora obrigada a se teletransportar várias vezes em um curto espaço de tempo não lhe incomodava. Pelo menos não mais. Mas aquele último, para sair do parapeito e ir para terra firme realmente a deixou meio zonza. Assim, ao olhar para baixo e ver os infindáveis lances de escadas que a aguardavam, sua cabeça rodou e ela deu um suspiro.
- Ótimo. Agora estou num filme de Hitchcock. E eu que achava que o dia tinha começado bem.
O dia realmente tinha começado bem. Até ela chegar no trabalho e descobrir que, não importava quão rápida ela fosse, o seu chefe sempre haveria de encorajar a política de "encare o seu trabalho como um desafio!!" E ela achava que as multinacionais eram ruins.
Acumulados esperavam por ela 831 pacotes dos tamanhos mais variados, todos com entrega urgente. Não era de se espantar que dois funcionários tinham se demitido no último mês. Mas a Hermes, na verdade o Sérgio, seu chefe, se recusava a contratar mais gente.
- Isso está saindo do controle. - disse ela, aparecendo mais uma vez, assustando mais uma pessoa, entregando mais um pacote, colhendo mais uma assinatura trêmula, correndo mais uma vez para a porta e sumindo novamente - Dois minutos e meio de atraso... Ai, o Sérgio vai me matar.
Por sobre o frenesi de estar com dois minutos e meio de atraso, e ainda sobre a raiva de seu chefe, Ângela fazia na verdade um esforço para não voltar a divagar, agora que outras informações lhe vinham à mente. Ela sempre fora muito observadora, mas nem precisava ser na verdade para notar que, quando ela apoiou a prancheta sobre a mesa para colher a assinatura naquele prédio inencontrável, sobre o balcão da recepção havia alguns pêlos muito grossos e marrons.
Ou -pensou ela - eles são uma espécie muito estranha de veterinários que têm consultório no centro da cidade ou devem estar fazendo experiências com animais. Mas ainda assim, um laboratório com animais no centro da cidade? Ninguém ia pagar um aluguel tão caro por isso. Isso se faz no campo...
Ela parou, abriu a bolsa e verificou alguns papéis.
Mas... porquê papéis da embaixada da Argentina???
Sempre que Ângela encasquetava com um assunto, era impossível tirá-lo da sua cabeça. Ela decidiu então, para o bem de sua própria sanidade mental, voltar ao prédio depois do expediente. Pelo menos o que os infelizes faziam ela ia acabar descobrindo.
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