Blanche's rebellion weblog. Beware...

24.8.05

Olá, meu povo.... Long time, no see, huh? É, eu sei...
Devo pedir desculpas pelo blog estar meio parado... É que além das aulas e da faculdade eu estou dirigindo o elenco no filme do Régis e ajudando no que eu posso...
De qualquer forma, eu estou continuando as aventuras da Ângela Lehve, e pretendo postá-las com uma maior regularidade daqui pra frente... Não sei se vai ficar bom eu fazê-lo assim... Eu deixando ponta solta para eu mesma pegar e continuar... Mas eu estou disposta a tentar...

Bem... aqui está. Na verdade isso é só para começar a apresentar a Gutierrez...:



- Para onde nós estamos correndo?
- Para onde parece? Para onde a bomba estava!
- Acho que não foi isso que ela quis dizer, Diego. Aparentemente nós estamos nos dirigindo para a central de dados da AIB. Todas as informações sobre agentes atuais e antigos, bem como todos os nossos arquivos de inimigos e ameaças ficam neste setor.
- Mas pra que alguém ia bombardear esse setor?
- O setor é como um cofre gigante. Para entrar nós temos reconhecimento de voz, scanner de íris, análise digital e uma senha secreta fornecida pela diretoria mediante requerimento. Mas é claro que você pode simplesmente ser invisível, plantar uma meia dúzia de bombas, explodir uma ou duas portas e entrar.
- Mas então aquele Daniel ainda está aqui dentro. Como eu não peguei o cheiro dele?
- Pode ser outra pessoa, que tenha entrado com ele. Você ainda não conhece o cheiro de todos os agentes, então provavelmente achou que era só um agente que você não conhecia. Já vi que vamos ter que ligar todos os sensores de calor.
- Eu já fiz simulação disso?
- Não.
- Como é?
- Nós desligamos todas as luzes do prédio e ligamos a leitura de calor de nossas câmeras de vigilância. Você lembra que a sala de vigilância fica dentro de um grande salão vazio?
- Lembro. Eu nunca entendi porque o Seu Antônio precisa de tanto espaço.
- O lugar é grande porque em caso emergencial de invasão, todos os agentes têm que se mover para esse salão e ser escaneados antes de entrar, para que tenhamos certeza de suas identidades. O prédio fica vazio. Qualquer coisa que se mova ou produza calor fora do salão de vigilância é automaticamente eliminada por nossos robôs controlados à distância.
- Como eles conseguiram entrar?
- Usando algum tipo de traje de invisibilidade. Diego viu como eles fazem.
- Isso é sério?
- É. O ar mexe quando eles andam.
- Não acredito.
- Olha, você se teletransporta. Eu viro um koala. Se algum de nós não devia acreditar, era o Dr. Moura.

Dr. Moura dá uma risadinha contida.

- Quem são eles? Eles estão me procurando?
- Estavam em cima de você quando Diego e Alcebíades entraram no quarto.
- Você disse alguma coisa sobre aquela empresa... Eles são de lá?
- A Gutierrez. Sim, eu tenho todos os motivos para acreditar que os indivíduos que invadiram a AIB procurando por você são da Gutierrez. A Gutierrez não sabia da localização da AIB até agora, o que me faz acreditar que eles seguiram você até aqui. A única coisa que eu não entendo é como eles seguiram você. Eu chequei todo o seu corpo e pertences atrás de um localizador.
- O QUÊ?
- Fica calma, ele só usou um detector. Que nem detector de metais, sabe? Pega qualquer coisa que esteja enviando um sinal.
- Agora nós temos duas opções. Podemos mudar de prédio DE NOVO... ou podemos ficar aqui e funcionar como isca para invasões. Se conseguirmos pegar agentes deles, é possível que acabemos por extrair informações muito relevantes sobre os principais projetos da Gutierrez. Eu queria saber se é verdade que ela está controlando a NASA.
- A NASA? Mas como eu nunca ouvi falar...?
- Você não ouviria. A Gutierrez é como um grande polvo invisível, estendendo seus tentáculos por debaixo da sociedade que conhecemos.
- Como assim? E por que uma empresa ia querer financiar as pesquisas dos meus pais?
- Não só dos seus pais. A Gutierrez não financia projetos. Ela cria projetos que sirvam a algum interesse maior dela e procura no mundo os profissionais que possam dar a ela o que ela quer. Infelizmente alguns deles têm escrúpulos, então, quando eles já serviram seu propósito, a Gutierrez os descarta.
- E foi isso que aconteceu com os meus pais?
- Não exatamente. Apesar de não ter nenhuma prova concreta, eu hoje posso dizer com quase absoluta certeza que o assalto à sua casa foi uma encenação. Era necessário eliminar a família Lehve, não porque eles já tinham rendido o que podiam, e sim porque eles não concordavam em iniciar os experimentos em humanos. Não cooperando, eles não eram apenas um estorvo. Eles eram principalmente uma ameaça. Se eles deixassem a Gutierrez, ou mesmo se o seu descontentamento crescesse, eles podiam conscientizar a comunidade internacional do caso, e a Gutierrez estaria em maus lençóis.
- Mas por que a Gutierrez queria testar o aparelho em humanos?

Dr. Moura fez uma pausa.

- Ora, querida... para criar... você.

Foi então que eles encontraram os destroços da explosão. A primeira coisa que viram foi uma grande porta dupla de metal tombada, com as enormes dobradiças derretidas. As paredes em volta estavam negras.
E o que parecia ser um corpo estava estendido no chão.

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