Blanche's rebellion weblog. Beware...

30.9.05

Já troquei o que me incomodava muito. Vamos ver se fica assim....:

O Alce, o Coala e o Vento



Pó.

- O que foi isso, moleque?
- A porta.
- Que porta?
- A porta da Ângela.
- ... E por que ela bateu a porta?
- E eu sei lá?
- Deve ser TPM...
- Bom... de bom humor ela não tava. Tava resmungando horrores no caminho pra cá.
- Resmungando? O que que vocês foram fazer com o Dr. Moura afinal?
- Ah, a gente foi investigar um tal de Hermano Castro. Aparentemente ele tem a ver com o laboratório que a gente invadiu...
- Ah, já sei quem é. Cês pegaram o cara?
- Pegar a gente pegou. Mas o Dr. Moura não deixou a gente trazer o cara pra cá não.
- Será que é por isso que ela tá de mau humor?
- Não. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o Dr. Moura estar preparando mais duas missões pra gente. Acho que ela não gostou que ela não vai fazer muita coisa.
- DUAS MISSÕES? Ele tá achando o quê, que vocês já podem sair assim, sozinhos?
- Credo, Alce. Olha, a gente se deu muito bem nessa missão, tá? Todo mundo ficou impressionado.
- Eu vou ter que conversar a sério com o Dr. Moura...

No dia seguinte, Dr. Moura convocou Diego, Alcebíades e Ângela para um café-da-manhã informal no refeitório da Agência. Alcebíades, como sempre, mandou uma cópia e chegou primeiro. Dr. Moura chegou com Romi logo depois, e Diego apareceu novamente atrasado. No entanto, ele não era o mais atrasado. Já passavam quinze minutos do horário marcado, e Ângela não aparecia.

- Alguém sabe o que aconteceu com ela?
- Tava de mau humor ontem.
- TPM. Mulheres são volúveis. Por isso é que elas não são boas agentes.

Romi virou sua esfera de cima para Alcebíades. Mesmo sem rosto, não era necessário ser mediúnico para sentir o peso de seu olhar de reprovação.

- Você tem que ser mais cavalheiro, Alcebíades.
- Crunchcrunchcrunch...

Todos olharam para Diego, que mal chegara, começara a mastigar furiosamente um pouco de tudo que via pela mesa.*

- Quhe phooi? - disse ele com a boca cheia.

Neste momento Ângela entra refeitório adentro. Seus cabelos estavam soltos e molhados. Vestia uma blusa preta e uma calça jeans, além da cara de poucos amigos.

- Bom dia, Ângela.

Ela se sentou, respondendo apenas com um aceno de cabeça.

- Bom. Agora podemos começar. Alcebíades, nós finalmente terminamos de avaliar o conteúdo dos arquivos que o Diego e a Ângela tiraram do escritório de Hermano Castro. Eu tenho uma notícia para você.
- Fala.
- Estamos mais perto do Daniel do que imaginávamos. Encontramos plantas de uma base, além das instruções de um dispositivo de teletransporte que deve levar diretamente a esta base. Eles devem estar usando a tecnologia dos pais da Ângela para fazer esse dispositivo funcionar. No entanto, este dispositivo tem um defeito.
- Hm.
- Ele é pré-programado. Isso quer dizer...
- Quer dizer que eles não podem se mover para onde querem. - completou Ângela.
- Sim, querida. Você sabe como o seu teletransporte funciona?
- Acho que sim. Eu desejo muito estar em outro lugar, e foco no lugar aonde quero estar. Por isso é tão difícil eu me teletransportar para lugares que não conheço. Eu não consigo focar direito.
- O que aconteceria se você se teletransportasse pro meio de uma parede? - perguntou Diego.
- Ela provavelmente morreria atravessada pela parede. Teoricamente, existe a possibilidade de que ela perceba que é uma parede antes que o seu corpo termine de se materializar, mas é muito arriscado, eu nunca soube de uma real tentativa...
- Perceber que é uma parede...? Eu mereço.**
- A consciência é a última que sai, e a primeira que chega. Ela se movimenta mais rápido que todo o resto no teletransporte. Pelo menos é assim comigo. Não sei como acontece com quem é teletransportado.
- Seja como for, Dr. Moura, eu acho que é muito legal o senhor ficar dando missões para eles, mas eu acho que o senhor andou sendo muito irresponsável na minha ausência. Eles claramente não estão preparados...
- Você tomou um tiro na testa, Alcebíades. É melhor você admitir de uma vez que contra o Daniel você vai precisar de ajuda.

Alcebíades se levantou.

- Eu!!! Eu nunca precisei de ajuda contra aquele...

Dr. Moura colocou as mãos lenta e firmemente sobre a mesa. Apoiou-se nelas e se levantou. Mesmo sendo bem mais baixo que Alcebíades, o agente mais velho impunha respeito de tal forma que ele foi forçado a se sentar.

- Você ainda segue ordens minhas. Se você me ouvisse, não teria ficado inutilizado por 2 semanas e poderia estar presente na invasão do escritório de Hermano Castro. Você não estava lá quando nós precisávamos, Alcebíades, e eu não vou mais me dar ao luxo de ter você inconsciente... ou pior.

Diego olhava de um para o outro como se fosse um jogo de pingue-pongue.*** Ele nunca havia testemunhado ninguém passar um sabão tão grande no Alcebíades. Ângela brincava com um guardanapo, fazendo-o desaparecer e reaparecer junto com a sua mão.****

- Bom. Ângela. Uma vez que nós descobrirmos onde fica a tal base, eu preciso que você estude todo o material sobre ela para conhecê-la toda por dentro. Você tem que colocar o Diego e o Alcebíades para dentro, e uma vez lá, deixe que eles façam o trabalho.
- Não.
- Ahn?
- Cansei de ser burro de carga.
- Quê?
- Não sou meio de transporte. Quero fazer um trato com você.

Dr. Moura parou por um instante.

- Ontem fez treze anos que meus pais morreram. Eu quero achar os responsáveis pela morte deles. Onde está aquele energizante? Eu posso transportar todo mundo para dentro, mas me recuso a fazer só isso. Eu quero acesso às informações que dizem respeito aos meus pais.
- Você tem idéia do que está pedindo?
- Tenho. Eu posso morrer, eu posso me machucar, eles podem me prender, me torturar, me usar como cobaia... Eu aceito o risco.
- O quê você pretende fazer quando encontrá-los?
- Eu não sei. Provavelmente só vou pedir que sejam presos. Eu já sei o que você vai dizer, que nada vai trazer os meus pais de volta. Eu sei disso. Mas quero olhar nos olhos deles, quero saber. Preciso saber.
- Muito bem. Nós conversaremos sobre isso depois. Diego, você consegue se lembrar do cheiro do Daniel?
- Ahn? É... consigo. Er... é, consigo.
- Alcebíades. Você vive dizendo que sozinho é um exército.

Alcebíades ainda estava lambendo seu orgulho ferido num canto. Ele apenas olhou para Dr. Moura.

- E...?
- Prepare-se. Você vai ter um exército à sua altura dessa vez.


* Se transformar periodicamente em koala despendia muita energia. MUITA. MESMO. Se a dieta de um ser humano normal alcança aproximadamente 2.500 calorias, a de Diego deveria ser pelo menos o dobro. Pelo menos era isso que o pessoal do refeitório achava, dadas as 8 refeições diárias que o moleque fazia sem engordar.

** As pessoas na Agência estavam começando a achar que Alcebíades tinha voltado do além-vida ainda mais reclamão do que de costume. O estagiário da xérox já imitava o Rabugento toda vez que o via. Felizmente, Alcebíades não prestava atenção. Da última vez que o estagiário o irritou, Alcebíades desenvolveu uma alergia nervosa, com conseqüências catastróficas. Ninguém queria uma manada de alces correndo solta pela Agência. De novo.

*** Ele gostava de assistir jogos de pingue-pongue. Ele tentou jogar uma vez, mas na primeira bola perdida, Diego entrou em fúria, virou um koala... e acordou 5 horas depois, com a mesa destruída e irreconhecível, bem como seu adversário.


**** O truque era ela se transportar para o mesmo lugar, com exceção da mão, que trocava. O teletransporte tinha que ser bem rápido, de forma que apenas alguém muito observador pudesse perceber a fumaça ao seu redor, e parecesse que só sua mão se transportou.

27.9.05

7 THINGS I HATE DOING OR SCARE ME:
- Brigar com as pessoas que eu gosto
- Levar esporro
- Lidar com gente burra (isso parece uma constante)
- Ser babá de diretores incompetentes
- Ser vista como "a vilã"
- Quando alguém que eu gosto está mal
- O egocentrismo das pessoas

7 THINGS I LIKE:
- Cinema
- Cantar (e eu estou rooooucaaa!)
- Desenhar/pintar
- Ler
- Escrever
- Meus amigos!
- A Sakura

7 IMPORTANT THINGS IN MY ROOM:
- Computador com internet
- papel, lapiseira e borracha
- meus dvds
- meus livros
- as coisas que eu ganhei de pessoas queridas
- fotos das pessoas queridas
- a Sakura

7 RANDOM FACTS ABOUT ME:
- Eu falo demais, mas gosto de dar vez aos outros
- Eu fico triste quando me interrompem - várias vezes
- Eu sôo arrogante de vez em quando
- Eu sou vingativa
- Eu não gosto de jogos
- Eu sou uma insufferable know-it-all
- Eu gosto de proteger as pessoas, e posso me tornar violenta no processo.

7 THINGS I PLAN TO DO BEFORE I DIE:
- Virar cineasta
- Cantar
- Ter o meu multi-estúdio (de cinema, animação, música, quadrinhos e o que mais vier...)
- Mandar o Sérgio pastar
- Sair de casa
- Comprar uma casa de campo/praia para levar todos os meus amigos
- Desenvolver um projeto de caridade que ensine as pessoas a pescar, figuradamente é claro.

7 THINGS I CAN DO:
- Chorar - de mentira e de verdade
- Fazer comentários cretinos e bem encaixados (ou não) sobre astrologia
- Macarrão
- Saber o que as pessoas que eu conheço bem vão falar
- Discutir
- Decupagens - olha que maravilha!
- Gostar também dos defeitos das pessoas... ^.^

7 THINGS I CAN'T OR WILL NOT DO:
- Passar a mão na cabeça de quem não merece
- Matemática
- Trair
- Entender o porquê de certas pessoas gostarem de ser estúpidas e inúteis
- Deixar as pessoas sozinhas quando elas precisam
- Fazer algo realmente bem
- Deixar responsabilidade de lado

7 THINGS I BELIEVE:
- Pó
- Murphy é o senhor e tudo vai dar errado
- Regra de 3. Me contaram que funciona
- A grama é sempre mais verde...
- O ornitorrinco é prova cabal do sarcasmo de Deus
- Os cachorros são um reflexo dos donos
- Astrologia

7 things I say the most:
- Mi!
- Mi...
- Mimimimimi.
- Mi?
- (é/que/foi/ou simplesmente) foda
- Escuta!
- Cara (usado muitas vezes como substituto para vírgula)

7 celeb crushes:
- Hmmm... o carinha que fez Dawson's Creek... que namorou a Jen e era mais novo que ela
- Ryan Phillipe - ele podia ter feito o Armand em vez do banderas
- nada contra o banderas, though
- hmmm... cara, isso é difícil... pq eu não tenho celeb crushes... olha... o johnny depp é legal...
- o josh harnett tem cara de macaco, mas eu não desgosto dele...
- O Tom Welling é bonito
- Eu gosto do Joshua Jackson, a despeito da cara de filha-da-puta, também... mas ele nem é tão bonito... Eu só gosto dele... ^.^

7 people that have to do this now:
Acho que só sobrou o Pantalaimon, o Giuseppe e o Gil, né?

26.9.05

Kirjava de volta do otorrinolaringologista. Aliás, eu estou impressionada como ninguém fez nenhuma piadinha sobre isso ainda! ^.^

Bom, depois de esperar uma hora e meia no consultório - a ponto de eu conseguir sonhar - eu entrei pra falar com o médico. Ele fez um exame, um videoesbladnflekdnge (eu ainda estava com sono e não entendi o nome), no qual ele viu que existe uma fenda enorme entre as minhas cordas vocais. Traduzindo, elas deveriam estar se encostando, fechando, mas não estão.
Ele me mostrou o vídeo e explicou o significado daquilo. Eu fiquei quieta porque eu acho que se eu falasse que já sabia o que aquilo queria dizer, o esporro seria maior.
Daí ele sentou e disse:
"Você tem alguma alergia a poeira?"
"Tenho." (Eu já tinha mencionado sulfa, iodo, dipirona sódica e penicilina.)
"E você teve algum contato com muita poeira, fumaça ou afins recentemente?"
"Se você considerar dois finais de semana de filmagens com uma equipe que sempre tem alguém fumando, num sobrado que foi construído em 1912 e não parece ter visto reforma ou vassoura desde então... Bem... sim."
"Vou te prescrever duas coisas. A primeira é um anti-inflamatório, porque eu sei que você precisa dar aula."
"Aham."
"A segunda é... CALE A BOCAAAA!"
"...!"
"Você é obviamente uma pessoa que fala muito. Dá pra ver pelo seu jeito. Então tome este remédio por 12 dias, e cale a boca. Depois disso a gente faz o exame de novo e vê como você tá. Se você ainda estiver com essa fenda, eu te mando prum fonoaudiólogo, viu?!"
"..."
"Ok. Pode ir."

E eu nem tinha falado muito com ele... Só respondi, muito diretamente obrigada, àquilo que ele perguntou... Chuif...
Olá. Eu estou afônica. Tudo bem com vocês?

Eu tinha escrito um post enorme contando tudo o que aconteceu nos 2 fdss de filmagem e na semana entre eles. Mas o blogger não gosta de mim, então ele foi pro saco. Resolvi então fazer uma versão resumida:

Era uma vez um roteiro. E um diretor que tinha SÉRIOS problemas sobre como dirigir. Ele montou uma equipe, deu um orçamento de mil reais à Produção e começou a agitar o projeto.
O diretor não sabia decupar roteiros direito. Seus assistentes e a diretora de elenco fizeram a decupagem, explicando ao diretor suas idéias, e montando o que viria a ser o filme.
A Produção não funcionava. Depois de muitas brigas, o Produtor saiu, deixando sua assistente no lugar.
O orçamento pulou de mil para 3 mil reais.
A equipe de direção (fora o diretor) forçou o adiamento das filmagens, pois muita coisa de outros departamentos não estava pronta.
As locações escolhidas pelo diretor provaram-se desgraças ambulantes.
O diretor, incapaz de orientar a equipe pela mais deslavada ignorância do filme/decupagem/etc, começou a se sentir incomodado e a envenenar a equipe contra a equipe de direção.
O diretor abandonou o set na mão dos assistentes - a despeito dos conselhos contrários dos mesmos - para resolver problemas de produção e depois se mostrou insatisfeito por não estar dirigindo.
Todas as decisões assertivas do diretor foram revogadas por algum outro membro da equipe.
O diretor de fotografia mandou o diretor calar a boca. E ele calou.
O diretor tomou uma decisão (também revogada posteriormente) que fez a equipe perder meio dia de filmagens.

E isso é só um resumo muuuuito enxuto do primeiro final de semana...
Depois eu conto sobre o segundo.

15.9.05

Eu já mencionei que eu amo The Corrs?



She drove a long way through the night
From an urban neighborhood
She left her mother in a fight
For a dream misunderstood
And her friends they talk on corners
They could never comprehend


But there was always something different
In the way she held a stare
And the pictures that she painted
Were of glamour and of flair
And her boyfriend though he loved her
Knew he couldn't quite fulfill
He could never meet her there


She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood


And the cynics they will wonder
What's the difference with this dream
And the dreams of countless others
All believing in TV
They see their handprints in a sidewalk
Flashing cameras on the scene
And a shining limousine


She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes no matter how she breaks
She'll be the Queen of Hollywood
She's believing in a dream
Queen of Hollywood
It's a loaded fantasy


Now her mother collects cut-outs
And the pictures make her smile
But if she saw behind the curtains
It could only make her cry
She's got hand prints on her body
Sad moonbeams in her eyes
not so innocent a child


She's never gonna be like the one before
She read it in her stars that there's something more
No matter what it takes and even though she breaks
She'll be the Queen of Hollywood

friends stil talk at the corners

She's the Queen of Hollywood
Dias de Filmagem

É incrível como há maravilhas na sétima arte. Uma das maiores delas é constatar como São Murphy é mesmo o padroeiro do Cinema.

Um dia eu vou escrever a minha biografia e nela haverá um capítulo ou dois apenas dedicados exclusivamente às merdas que acontecem no processo de produção de um filme. E um dia este(s) capítulo(s) será (ão) lido(s) em faculdades de cinema para desencorajar os incompetentes que gostam de ir ao cinema e então acham que podem fazer cinema com a maior facilidade.


Ó vida.

9.9.05




Cidade Baixa. E põe baixa nisso. E olha que eu achei o filme bom!!! Mas Deus do céu, que jeito de começar uma sexta feira!

Estava eu, me achando muito atrasada, indo para a minha aula de Teorias da Narrativa (vulgo narratologia-sem-sentido-do-mal-onde-a-própria-professora-que-também-é-diretora-do-curso-surta-porque-nada-na-matéria-que-ela-ensina-faz-algum-sentido). Chego na sala e, como se não bastasse o gelo de ar condicionado numa manhã já fria, a criatura (a supracitada professora-diretora) nem tinha dado as caras... E não daria as caras por um bom tempo...
Quando ela chega, faz um breve review da aula anterior (o que foi ótimo, pq foi justamente a aula que eu faltei), que faz muito mais sentido do que as aulas dela em geral e me faz pensar se eu não deveria levar earmuffs pra aula e só tirá-los quando ela estivesse revisando a matéria... mas bem....
Depois da revisão, ela conta que o pessoal que fez o filme (acho que o Sérgio Machado incluído) foi lá no campus Bispo para dar uma palestra sobre o filme que vai estrear no Festival do Rio. Só que, como cortesia, eles enviaram uma cópia do filme em dvd para os professores - e os professores apenas, pelo que eu entendi - verem antes da palestra.
É então que ela tira uma fita da bolsa e diz: "Então hoje nós vamos ver Cidade Baixaaaa!"
A turma, estupefata (minha turma é ótima. Eu queria que todas as minhas turmas tivessem sido assim): "Você COPIOU o filme??!!"
Ela: "Errr... Ninguém precisa saber disso... né? A gente fez uma cópia para a Estácio..."
E era verdade. Tava lá a fita, com caixinha e etiqueta da faculdade e tudo... Impressionante.

E então a gente viu o filme. Todo. Ela alegou já ter visto o filme umas 6 vezes, e saiu. Impressionante. Mesmo. Tudo bem que na PUC era pior. Na estácio isso raramente acontece, enquanto na PUC não raro um professor botava um vídeo pra rodar e saía pra tomar um cafezinho...

Mas whatever... O meu problema com o filme foi, para variar, o sexo. Fiquei me sentindo de volta em Kung Pow pq tudo era motivo pra infeliz da Alice Braga tirar o top/microblusa ou o que quer que fosse e sacudir os peitos. Se ela falasse "Chosen One" eu ia me escangalhar de rir até cair da cadeira. Mas ela, infelizmente, não fez isso. Ao invés disso eu tive que agüentar um festival de trepadas e pêlos púbicos como eu não testemunhava há muito tempo...


Bom... o filme ganhou o prêmio escolha jovem de Cannes. Dá pra ver o site internacional aqui e o nacional aqui. No nacional tem o trailer.

6.9.05

Ângela Lehve parte num sei. Perguntem pro Caike. ^.^
Continuando a saga...
No último capítulo, em uma cena de ação eletrizante, Dr. Moura, Diego e Ângela conseguem combinar esforços para capturar o último dos invasores da Agência. Escapando por um triz, eles chegam não tão sãos mas salvos ao salão de vigilância.


____________________________________________________


Quando Ângela abriu os olhos, a primeira coisa que viu não foi o número absurdo de seres dos mais variados tipos e formatos* que se aglomeravam fora da cabine do Seu Antônio, nem todo o arsenal bélico que estava empilhado em uma enorme montanha ao longo da parede do salão, mesas e qualquer canto possível. A primeira coisa que Ângela viu foi uma enorme careca atravessada horizontalmente por alguns raros fiapos de cabelo. Seu primeiro instinto a fez dar um pulo para trás.

- Calma, minha filha. – E o dono da careca levantou. Ela pôde ver o Dr. Moura, de cujas orelhas saíam cabos do que parecia ser um estetoscópio high-tech. – O soro. Assim você pode se machucar.

Ela então olhou para o seu próprio braço, e viu uma agulha ligada a um tubo, que por sua vez estava ligado a um frasco com um líquido verde-esmeralda.

- E isso é...
- Um estimulante que também combate a fadiga dos músculos. Eu não sei se vai funcionar, porque não sei se os seus músculos são quem realmente faz o trabalho... Mas mal não vai fazer. Diego? – Dr. Moura tirou e guardou o estetoscópio.
- Oi.
- Como está o nosso amigo?
- Ou ele é um excelente ator, ou ainda vai dormir por um bom tempo...
- Bom... por via das dúvidas, vamos injetar um paralisante...
- Olha, a sobrancelha dele mexeu!
- E isso quer dizer que....
- Ele está acordado! Que sacana!
- Ótimo. – Dr. Moura vai se aproximando lentamente do espião “adormecido”. Ele tira do bolso uma seringa e, com uma pontinha da língua para fora e um olho fechado, verifica se não há ar apertando o êmbolo diante do seu rosto – o Hélio** disse que este é do bom. Vamos ver a quantas anda o talento do nosso gênio da química de plantão.

- Nããããão....

O líquido era assustadoramente transparente. Dr. Moura espeta a agulha em um dos braços amarrados do indivíduo. Ângela olha estupefata, cogitando seriamente rever seus conceitos sobre aquele amável senhor careca e barrigudo.

- Você vai sentir um calor percorrer o seu corpo e depois vai relaxar. Seus músculos vão ficar mais soltos. O efeito demora um pouco, então você pode falar comigo no processo.
- Gahh
- É claro que existe um antídoto, e é claro que eu vou lhe oferecer uma barganha. Se você me der todas as informações sobre a Gutierrez, eu lhe aplico o antídoto e deixo você ir. Dependendo do que você me contar, eu até arranjo passagens para você com destino ao lugar nenhum. – e Dr. Moura sorriu.
- Ei.... cê vai deixar ele andar depois?? Mas aí ele vai contar tudo pra....
- No momento em que esse homem foi capturado, Diego, ele se tornou um desertor. Mesmo que ele não nos diga nada, a Gutierrez vai eliminá-lo apenas pela garantia de não ter um possível agente duplo ou um traidor. Ele está praticamente morto, a menos que se torne invisível. Ele não é mais uma ameaça para nós.

Era possível ouvir o arfar do homem, processando a constatação de que em nada do que Dr. Moura disse sobre a Gutierrez e seu futuro havia uma só mentira. Dr. Moura continuou.

- O que você sabe?
- E-eu.... fui designado... para plantar bombas.
- E qual era o alvo?
- A gente ia formar uma força-tarefa com duas frentes. Dhako ia liderar o pessoal para capturar a menina e ia também servir como isca, e eu ia invadir os arquivos e hackear todas as informações para a empresa.
- Quem é Dhako? E por que ele foi destacado como líder?
- Ele já trabalhou aqui. Conhecia vocês, conhecia o lugar, todo o esquema. Ele também é bem letal, sabe? Não pensa duas vezes.
- É o tal Daniel que o Alcebíades falou, é?
- Quieto, Diego. E quantos homens eram ao todo?
- Quatro.
- Quatro? E vocês sabiam quem vocês vinham enfrentar?
- O Dhako sabia. Ele falou do cara dos alces. Ele também falou de um velho, mas disse que ele já devia estar gagá e que não ia ser problema.

Não era preciso ser psicanalista de animais enfurecidos para perceber que o Dr. Moura não só tinha vestido a carapuça como acabara de ter seu orgulho ferido.

- Por que eles querem a menina de volta?
- Eu sei lá? Pelo que eu escutei, ela é a única tentativa de um projeto lá que deu certo. Todas as outras cobaias morreram, sumiram. Dizem que algumas se desfaziam no ar, que nem fumaça, e nunca mais voltavam. Mas eu não sei o que era que eles tavam testando.

Ângela sufocou um soluço de horror e ficou olhando fixamente para o homem. Diego olhava de um para o outro, tentando imaginar o que diabos foi que fizeram com a garota para dar a ela aqueles poderes. Ele lembrou dos koalas na floresta, e decidiu, com muito orgulho de si mesmo, que aquilo era uma constante: laboratórios eram ruins. Pela primeira vez ele estava sentindo uma verdadeira simpatia pela menina.

- Como vocês descobriram a Agência?
- Não foi difícil. A gente tem uns soldados só pra cuidar da menina. Eles enviam relatórios pra base sobre tudo o que ela faz. Se um fio de cabelo dela fica fora de lugar, eles anotam. Eles viram ela sair daqui e quase cair de um prédio. Acharam estranho e anotaram. Na verdade o Dhako achou que tinham envenenado ela... Mas pra mim parece que vocês são amiguinhos...
- E como vocês descobriram que ela veio para cá?
- Ela saiu da casa dela de noite. Ela nunca sai à noite, a não ser pra ir ao cinema. Num namora não, essa aí.

Ângela não conseguia decidir se estava mais estupefata, furiosa ou indignada. Sua única certeza era a vontade de acertar outra panelada*** na cabeça do infeliz.

- Sim, mas como vocês conseguem seguir alguém que se teletransporta?
- Quem disse que a gente consegue? É o chefe dela. O trabalho dela é da Gutierrez, a empresa comprou assim que ela entrou no emprego. A gente dá um salário gordo pro tal do Sérgio e ele fica passando pra gente o endereço de cada pacote que ela vai entregar. É assim que a gente consegue acompanhar o caminho dela e saber pra onde ela tá indo.

Uma das pistolas sem munição que estava à toa por aí voou e acertou a testa do invasor em cheio.

- Seus.... seus...
- Nossa! Ela é boa mesmo! Faz de novo?
- Ok, chega. Qual é o seu nome?
- Florisvaldo. Florisvaldo Júnior****.
- Muito bem, Júnior. – Disse Dr. Moura, ignorando solenemente o primeiro nome do infeliz e rezando para isso nunca chegar nos ouvidos do estagiário da xérox. – Eu vou terminar de entrevistá-lo outra hora. – Dr. Moura debruçou-se sobre o invasor, liberando seus braços e pernas das amarras. – Siga-me. Eu vou levar você para um lugar seguro.

O homem continuou lá, paralisado.

- Mas.... como assim? E o antídoto?
- Que antídoto? Você achou mesmo que eu ia usar paralisante num inútil como você?
- Como assim??? O que você usou nele?
- Soro da verdade, é claro, Diego. Como eu ia ter certeza de que podia confiar nas informações? O Hélio está melhor a cada dia, a fórmula está funcionando que é uma beleza.

E Dr. Moura saiu para o grande salão, dirigindo-se a Romi, trocando com ela uma meia dúzia de palavras, e sendo seguido por Júnior até sair pelas portas recém-liberadas do salão.



* Desde pessoas transparentes, passando por uma enorme árvore que se mexia até uns outros dois que pareciam primos da Romi, além da própria, que ela só reconheceria pela tonalidade metálica ligeiramente diferente.
** Hélio era o químico mais brilhante da Agência. Ele também era um charmoso bon vivant, mas numa festa orgiástica que envolveu óxido nitroso, diversos outros gases e algumas explosões, seu rosto foi desfigurado. Devido ao trauma (e ao óxido nitroso), Hélio se tornou intratável, pois mesmo depois de diversas cirurgias plásticas e terapia, ele continuava com um riso histérico ininterrupto que impede qualquer pessoa de ouvido não treinado sequer de entender o que ele diz. Houve, no entanto, um progresso significativo em suas pesquisas após o acidente.
*** A despeito da insistência do Dr. Moura em dizer o contrário, aquilo com o que Ângela acertou a cabeça do invasor foi, na verdade, algo muito semelhante a uma panela. Se ela era usada para transportar mídia de dados sem infectá-la com contato humano, isso era, para Ângela, outra questão.
**** Sim. É incrível como as pessoas têm a capacidade de, não só cometer um erro, mas também perpetuá-lo.

2.9.05





Oooolha...

Eu acho que os personagens-daemon não valem... então eu saí a Lyra e não a Kirjava....
Façam o teste, principalmente quem já leu...



You scored as Lyra. Lyra is very stubborn, and she is a very good liar, like her mother. She is one of the only people who can read the alethiometer without having to consult a book. She has never had a proper family, and grew up with Scholars in Jordan College. She has never felt any love until she met Will. Her daemon's name is Pantalaimon, and he is a marten.

Lyra

90%

Will

85%

Mary Malone

80%

Iorek the armored bear

75%

Mrs Coulter

60%

Which His Dark Materials character are you?
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