Blanche's rebellion weblog. Beware...

29.9.04

E agora... tamdamdam...

A linda montagem feliz que o K.I.Q. fez do COMverso (que eu achei um nome muito legal, no final das contas...)

.

27.9.04

Ok... para apaziguar o aparente desespero do Giuseppe:

O que seria de um mundo dominado pelo signo de Virgem:

1- Haveria todo um movimento para desinfetar ambientes, pessoas e qualquer outra coisa passível de carregar germes de forma geral. O lencinho seria um artefato social mais indispensável do que roupa, chegando até mesmo, em casos extremos, ao uso de luvas.

Segundo a última pesquisa do FDA, mais de X mil pessoas morrem por ano da evolução de alguma doença transmitida pelo meio. Os ambientes que freqüentamos não têm uma política de higiene rígida, e assim torna-se impossível a não-contaminação, e... cof cof!... Ai... Eu tossi! Eu não costumo tossir! Será que eu peguei tuberculose?

2- O contato físico entre os seres humanos para efeito de comunicação social seria sumariamente descartado por ser anti-higiênico (alguém aqui vê Monk? Ele é virginiano!)

Monk é o máximo, ele é que está certo! Você sabe aonde que a pessoa andou com aquela mão, por acaso?

3- A capacidade de organização de um indivíduo seria considerada diretamente proporcional à sua "iluminação" e status enquanto ser humano.

Entenda, é uma questão de explorar a sua condição de ser racional... diferente dos outros animais...

4- O McDonald's teria que incorporar elementos naturais ao seu cardápio, além de enriquecer todas as suas refeições com multivitaminas e fibras.

Essa era de junk-food acabou! Comida saudável é o que há. Aliás, quem disse que o ser humano precisa de carne? Por mim o McDonald's só tinha salada!
Taurino, em desespero: Ai, meus carboidratos...

5- O esforço seria fator decisivo em qualquer avaliação pessoal ou empregatícia. Afinal, não basta você resolver o problema se você não usar um método, não fizer uma análise decente ou um plano organizacional.

Claro. Como assim, você vai fazer uma coisa sem um plano? Vai dar errado! Só pode dar errado. Né?

6- Qualquer criatura com menor capacidade de concentração do que um capricorniano seria clinicamente considerado portador de distúrbio de atenção. Com direito a medicação condizente.

O que HÁ DE ERRADO com essas pessoas, meu Deus??? Receitem alguma coisa prá elas, urgente!

7- Todas as pessoas possuiriam verdadeiras mini-farmácias em casa, e a profissão de médico se tornaria algo muito menos desejável devido à insuportável quantidade de hipocondríacos no meio. Na verdade, seria tão difícil encontrar um doente genuíno que este provavelmente morreria antes de ser atendido - ou mesmo reconhecido.

- Eu sei que ele perdeu uma perna no acidente, mas eu preciso ser atendido primeiro, doutor! Eu tenho certeza que estou com hemorragia interna!
- Você estava no acidente?
- Estava! Eu estava no solo, vi tudo de perto!
- Que parte do helicóptero te atingiu?

- ...
- Vamos, diga!
- ... Olha... eu tenho certeza que alguma coisa me atingiu, doutor... Talvez se o senhor procurar uns hematomas, fizer umas radiografias... talvez uma tomografia...

8- A verdade universal da semana (da qual vimos uma amostra diferenciada em Gêmeos) seria um conceito comum, assim como a aceitação de que, uma vez instaurada a nova verdade universal, não, ele NUNCA pensou daquela outra forma, como você pode dizer isso? Obviamente, a verdade universal é condizente com o último livro que o virginiano leu. Seja Osho, seja Hobbes.

- Porque devemos todos buscar a iluminação e o desapego. A paz interior... ei... EI.... desencosta do meu carro, você vai amassar a lataria!

9- As relações interpessoais seriam um interminável festival de análises recíprocas dos defeitos do próximo, o que causaria o suicídio em massa de arianos, leoninos e cancerianos, e uma boa quantidade de violência física por parte dos sagitarianos e dos taurinos e capricornianos mais esquentadinhos. Os escorpianos seriam os únicos se divertindo horrores com esse joguinho.

V: Você é sado-masoquista e cruel!
Escorpiano: Huahuahuahuauhahuahua
V: Você ouviu o que eu disse?
Escorpiano, brincando de riscar a pele com um estilete: Posso fazer isso em você?

10- A reprodução provavelmente se daria em laboratórios, com vidas familiares planejadas e escolha de embriões. Alguém acabaria inventando uma forma de sexo virtual, sem contato físico, no qual você poria um capacete e teria todos os estímulos através dele (alguém lembra desse filme?).

Afinal, esse negócio de troca de fluidos não tá com nada... só a saliva já é nojento...

23.9.04

Ok... e o tão esperado:
O que seria do mundo se fosse dominado por TAURINOS:

1- O ramo de sofás seria, de longe, a melhor maneira de fazer fortuna.
É a coisa mais útil da casa, não há nada como um bom sofá. Com batatas fritas então...

2- Seria crime abominável gastar mais do que o estritamente necessário de dinheiro. A menos que fosse com sofás.
Gastar? Como assim? Por quê? É um sofá?

3- A publicidade tomaria formas estritamente informativas. O apelo à posse enquanto status pereceria, dando lugar ao apelo da posse enquanto... bem... posse.
Mas prá quê eu preciso de um relógio novo? Este aqui funciona perfeitamente bem! Quer ver? São... hmmm... ei.... eu acho que preciso dar corda de novo...

4- Cirugias de secção de sofá adquirido seriam comuns, assim como as operações contra obesidade mórbida.
Não sei como aconteceu... eu estava vendo 'A Família Dó-Ré-Mi' e... hm... que ano nós estamos mesmo?

5- O duplo sentido cairia em desuso.
Ou você diz que a menina é uma aluna aplicada, ou que ela é bonita! Decida!

6- Os geminianos entrariam em desespero e contariam várias lorotas sobre como já tentaram se matar 20 vezes por causa de algum taurino.
Olha, se você não pulou era porque não queria pular. Agora pára de me encher o saco.

7- Banqueiros teriam que suar, oferecendo bons rendimentos para atrair investimentos.
Quantos pêssegos você vai me dar em troca?

8- A moda voltaria uns bons anos no tempo, além de se restringir às coisas confortáveis e, quando possível, extremamente belas.
É desconfortável, mas é bonitinho... É, eu deixo você usar.

9- Qualquer pessoa que trabalhasse menos de 20hs por dia seria automaticamente considerada desleixada.
Você ainda não terminou o relatório até o final do ano? Mas ele tem que estar pronto antes de março!

10- Haveria suicídio em massa de arianos e sagitarianos, proibidos de realizar qualquer aventura sem um aviso prévio de dois anos ou mais.
*Bum*
Pisciano: O que foi isso?
Taurino, trabalhando: Deve ter sido mais um ariano caindo da janela...

22.9.04

Continuação de Ângela Lehve
(eu estou preparando TOURO, então não reclamem!)

Mais um dia normal na vida de Ângela. Ela acorda de mau-humor, se arrasta até a cozinha, faz um chocolate e torradas, leva tudo até a sala, liga a tv, senta à mesa, descobre que esqueceu a geléia, se teletransporta* até a cozinha, pega a geléia, se teletransporta de volta para a sala, termina de comer e ver um dos desenhos animados matinais, vai até o banheiro, toma banho, se veste, pega a bolsa esportiva com o uniforme da HERMES - entregas ltda. e sai porta afora para mais um dia de trabalho.
No caminho para a empresa, em pé num ônibus cheio, e sentindo uma inegável simpatia pelas sardinhas enlatadas, Ângela não consegue impedir que certas lembranças aflorem à sua mente.

[Eu quero sair daqui. Eu quero sumir, sumir, sumir!]
*PUF*
- Ei! Cadê a garota?! Quem deixou ela sair da câmara de fótons?
- Pra onde ela foi?
- Parem de olhar e procurem! A gente não pode deixar esse acidente vazar! Já pensou se um repórter enxerido...

[Onde eu estou...? Que enjôo, acho que eu vou vomitar...]
- Achei! Ela tá aqui!
...
- Menina, como você saiu?
[Saí? .... Ah, é... eu estava na câmara...]
- Não sei... Não lembro direito...
[Como foi que eu saí?]
- Ela ainda tá em choque. Vamos levar ela logo pro médico...

O ônibus dá um solavanco e Ângela vê o ponto onde deveria saltar indo embora. Ela avalia suas chances, mas há muita gente, então ela se resigna a esperar o próximo ponto e se prepara para caminhar alguns quarteirões a mais até a empresa.
Durante a caminhada, Ângela prende seu cabelo, já seco, num rabo de cavalo e começa a entrar no seu papel de garota-descolada-que-não-dá-a-mínima-para-nada habitual. Ela entra como um foguete pela porta central, ignora o recepcionista pervertido e vai direto para o vestiário. Uma vez dentro, passa reto por garotas fúteis conversando sobre uma criatura que mais parece saído de uma revista em quadrinhos.

- Ai, mas ele é o máximo! Ele é forte, deve ter rios de dinheiro, e o que ele faz... ele até voa!
- Ah, mas ele é velho! Ele lutou na Segunda Guerra!
- Então ele deve ter uns... quantos anos?
- Não sei... Quando foi a Segunda Guerra mesmo?

Ângela se troca e sai do vestiário na maior velocidade possível. Chega perto do recepcionista e pega suas entregas para o dia, sem poder evitar antes ouvir uma piadinha suja, e sai.
Ela olha para os vales-transporte que o recepcionista deu. Seu salário ainda demoraria alguns dias para sair. Ela pensa duas vezes e resolve arriscar. Estuda seu trajeto até o destino da entrega, olha para os lados, entra no prédio comercial ao lado. Entra no elevador, aperta o botão do último andar, chega no último andar, encontra as escadas de incêndio e sobe. Chegando no terraço, Ângela anda lentamente até o parapeito e olha para baixo. Calcula a queda e se convence que provavelmente não sobreviveria. Então olha bem fixamente para o topo do prédio em frente, fecha os olhos... e desaparece.

*Esse asterisco é, primeiro, uma homenagem ao Kadu. Em segundo lugar, ele serve para explicar que bem... sim, é isso mesmo, ela se teletransporta.

19.9.04

Ângela Lehve

Ela era uma menina-moleque. Sempre fora assim. Mesmo quando era muito pequena, na companhia de seus pais, havia um senso comum de que Ângela lhes traria seus primeiros fios brancos.
Mas não haveria nenhum fio branco.
Seus pais eram ambos cientistas. Conheceram-se no laboratório, pesquisando algo sobre como fótons poderiam desaparecer em um lugar e aparecer em outro se atingidos por um determinado raio. Apaixonaram-se e resolveram se casar quando descobriram uma gravidez um tanto imprevista.
O casal foi muito feliz por alguns breves anos. A despeito do colégio semi-interno, Ângela acompanhava-os ao laboratório regularmente, e a máquina que produzia aquele raio específico sempre lhe causou fascínio.
Houve um domingo no qual o casal decidiu não ir ao laboratório. A máquina estava programada para produzir o raio no horário rotineiro, e o computador tomaria nota dos dados para a pesquisa. A família teve um perfeito dia... familiar. Mas a noite caiu, e é no cair da noite que agem as criaturas vis. O apartamento foi invadido por assaltantes, Ângela se escondeu debaixo de uma mesa, mas seus pais ficaram à mercê dos invasores, e tentaram reagir. Foram ambos mortos sem misericórdia com tiros à queima-roupa.

- Dizem que ela assistiu tudo.
- Mas ela só tem oito anos! Coitada da menina...
- Ela não fala nada?
- Não. Muda desde que encontraram, dentro da câmara de fótons.
- Você sabe o que ela estava fazendo lá?
- Não. Vai ver queria ficar sozinha. Será que o raio machucou ela?
- Não parece. Estava programado, é?
- Pras sete e trinta e cinco da noite.
- Ela sabia?
- Acho que não.

Ângela foi encaminhada para tratamento psiquiátrico, mas depois de alguns anos o laboratório pressionou o médico para que ele dissesse que ela estava apta a uma vida normal, de forma que eles não mais se responsabilizaram pelo destino da órfã. E ela cresceu com parentes distantes, ávida por sua independência o quanto antes. Era necessário que ela morasse sozinha, pois seus pesadelos, ilusões e desmaios continuavam incomodando, e freqüentemente faziam-na aparecer em lugares estranhos da casa. Seus tios até chegaram a pesquisar sonambulismo, mas algo os fez parar quando Ângela apareceu dentro de um quarto trancado, para o qual ela não tinha a chave. Os olhares eram tão penetrantes que em um mês ela conseguiu um sub-emprego e saiu de casa. No entanto, sua índole não permitia receber ordens estúpidas durante muito tempo, então ela foi migrando de sub-emprego a sub-emprego, até encontrar aquele do qual nunca seria demitida: Ângela era agora uma courier.

- Incrível. Saiu há meia hora, e está voltando.
- Mas a entrega não era do outro lado da cidade?
- As três entregas, sim.


12.9.04

Acromegalia Cocorocó
Era uma vez Galin, um frango discreto, do tipo que passa desapercebido na multidão. Um dia Galin estava ciscando e acabou por se distanciar dos outros frangos. Sem olhar para cima e nem se dar conta do quanto já tinha se distanciado, ele foi andando, procurando pedaços de comida que pudessem sustentá-lo pelas próximas horas. No entanto, por melhor que fosse em desviar de objetos sem vê-los, Galin encontrou-se impossibilitado de seguir em frente por algum corpo maior, o que o fez finalmente olhar para cima. O que ele viu foi uma enorme cerca com uma placa, na qual, caso Galin soubesse ler, teria identificado a seguinte mensagem: CUIDADO! ÁREA RADIOATIVA. Neste momento, Galin olhou não apenas para a cerca, mas através dela. Ele viu uma rua. Galin sentiu então uma vontade irresistível de chegar até o outro lado, e começou a bicar a cerca, eventualmente encontrando pontos fracos em sua estrutura e fazendo um buraco grande o suficiente para a passagem do seu próprio corpo. Assim ele passou pela cerca e chegou à calçada. A rua parecia tranqüila, e Galin colocou uma pata no asfalto. Nada aconteceu, então Galin resolveu atravessar a rua. Chegando perto do seu destino, ela começou a sentir tonturas, e de repente, notou que suas patas, asas e bico pareciam mais pesados. Galin correu de volta, e os cientistas no laboratório do outro lado da rua nunca descobriram por que o frango atravessou a rua.
Ao chegar em casa, Galin se olhou no espelho e descobriu que suas patas, asas e bico haviam crescido desproporcionalmente. Também descobriu, depois de alguns testes, que aprendera a voar mais rápido e mais alto, dar bicadas bem eficientes e, mais importante, toda vez que gritava COCORICÓÓ, o som era tão alto que qualquer indivíduo que estivesse por perto era impossibilitado sequer de se movimentar.
Galin teve então a brilhate idéia de aproveitar seus recém-ganhos poderes para lutar contra aquilo que mais abominava: A FÁBRICA DE FRANGOS CONGELADOS!
Galin conseguiu uma roupa colante com um Alce que morava por perto e até hoje podemos ver o defensor dos frangos andando pela cidade. Ele responde pelo nome de Acromegalia Cocorocó, e não poupa seus inimigos.

9.9.04

Eu não quero nem pensar no que ainda há pela frente...

Ex-quarto da minha mãe, ou meu quarto to-be, antes de começarmos a mexer. Posted by Hello
Hoje eu fui prá casa da minha avó para começar a mexer no quarto que era da minha mãe e teoricamente será meu. Este quarto esteve fechado durante muito tempo porque.... Bem, porque a minha tia (pisciana sem noção com ascendente em touro, que nunca joga nada fora, mesmo que seja algo MUITO inútil) resolveu que transformar todo o resto da casa em um depósito não estava bastando, então ela resolveu pegar o quarto da minha mãe para guardar entulho. Por entulho leia-se desde massageador de pés e móveis quebrados até coisas como caixas de sabão em pó... VAZIAS!
Aiai...
Tiramos tudo de lá... Tudo! Só faltou os móveis bizarros. Como não tínhamos muito como discernir o que era útil prá ela do que não era, tudo que não era obviamente lixo foi jogado sem culpa no quarto dela. Se ele ficou muito parecido com o que ela fez no quarto da minha mãe, isso é mera coincidência...
(E olha que a gente não botou um quinto do que tinha!)
Nhá.... família é uma coisa problemática.

7.9.04

Eu ODEIO Copacabana.

Hoje eu e o PB tivemos mais uma de nossas discussões dialéticas sobre lugares e pessoas. (Ele pode confirmar e está convidado a falar o que quiser.)
Estávamos nós no ponto de ônibus, com vista de camarote para um não tão pequeno grupo de playboys com carros "tunados" (prá quem não conhece esse termo, tuning é quando vc faz alterações no carro, seja para melhorar o desempenho ou a aparência. Existe toda uma controvérsia entre os aficcionados por carro sobre isso, pq alguns acham que apenas as mudanças para fins de desempenho são tuning, enquanto outros não... mas isso não vem ao caso...), e o PB começou a reclamar pq eles estariam cultivando uma falsa sensação de segurança por achar que estavam num ambiente esterilizado. Isso gerou toda uma discussão sobre o quão realmente esterilizada a Barra é. Porque para mim, ambiente esterilizado é aquele no qual há poucas pessoas, e onde tudo é controlado etc. A Barra dá sim, uma ilusão de controle, mas ela é tão falsa que não dá nem prá levar a sério. Aquelas pessoas que nós estávamos vendo eram as pessoas que atiram coisas nos transeuntes, que (quase) atropelam pedestres, que cantam pneu, que colocam suas vidas e as de outros em risco. Isso não é esterilizado. Daí a discussão descambou para outros bairros, e eu comecei a questionar o real custo-benefício de morar na Zona Sul (como vou ter que fazer em breve, creio eu), que é um lugar não-esterilizado. Você paga os olhos da cara num apartamento para poder conviver com um contingente absurdo de mendigos, pivetes e velhos decrépitos, ir mais rápido a pé do que de carro/ônibus para a maioria dos lugares, para morar perto de uma praia na qual você não pode ir, sob o sério risco de sofrer severas mutações genéticas e por aí vai.... Sem contar que as coisas são muito mais baratas aqui do que lá. Até muito pouco tempo atrás, pelo menos, a esmagadora maioria das pessoas que moravam aqui vinham do subúrbio. Elas tinham uma cultura, que foi meio que incorporada pelos moradores em geral, de pechinchar loucamente. Eu acho que o morador average de Copacabana/Ipanema/Leblon (exclui-se Bairro Peixoto, que é outra dimensão) tende a ser muito mais próximo daquilo que as pessoas entendem como o esnobismo da Barra do que os próprios moradores da Barra.
Essa discussão ainda dá muito pano prá manga, mas eu fico por aqui pq tenho que ir dormir.
E viva os meus amigos que compreendem que a Barra não fica mais distante em tempo do Rio Sul do que o Méier.
Viva aqueles que não deixam a preguiça impedi-los de fazer as coisas.
E viva o Rafael, porque afinal ele vem da Ilha!

1.9.04

Pois bem minha gente...
Era uma vez quatro estudantes de cinema, mais verdes do que o Hulk enfurecido, fazendo o seu primeiro filme.
Não era, na teoria, o seu primeiro filme de verdade. A faculdade na qual estudavam já os havia compelido a fazer uma ou duas coisas que não podiam sequer ser chamadas de produções, mas isso não vem ao caso.
Então eles eram verdes. E tinham um problema inicial muito grande: uma equipe muito pequena. Pequena demais.
Uma equipe regular de um curta costuma ter, pelo menos: Produtor, Assistente de Produção, Diretor, Assistente de Direção, Diretor de Fotografia, Câmera, Assistente de Câmera, Direção de Arte, Assistente de Direção de Arte, Diretor/Técnico de Som, Assistente de Som, Continuísta.... além da parte de Edição, que nesse projeto ainda não vinha ao caso...
Contando de novo, eu devo estar esquecendo alguém.... Colaboradores, por favor me lembrem de quem nos comments...:)
No final das contas, acaba que tem em torno de 15 pessoas, pelo menos, envolvidas.
E nós só tínhamos 4.
4. Prá fazer tudo.
Verdade que tivemos ajuda de uma ou duas pessoas de fora, mas...
A equipe mesmo era nós 4.
O filme até que era simples. Tínhamos duas locações, três atores... Mas ainda assim era bastante trabalho.
O filme contava a história de um jovem solitário, um nerd, que, ao passar pela vitrine de uma sex shop, se apaixona por uma boneca inflável.
Eu disse boneca inflável? Desculpe. Na verdade ela era uma boneca sexual com inteligência artificial. Ao usuário era possível alterar sua personalidade trocando os cds com personalidades pré-programadas (Dominatrix, Colegial Inocente e por aí vai...).
Curiosidade: no processo de pré-produção, encontramos algo que seria o mais próximo de Jenny, a boneca-personagem-título: as REALDOLLS, bonecas sexuais que, graças à tecnologia de construção de manequins, desenvolvida inicialmente para o cinema (irônico, não?), parecia bem real.

E hoje eu tenho o prazer de comunicar que, depois de muitas agruras, esse filme será exibido.