Como eu preferia estar morrendo de ódio agora.
As pessoas têm a estúpida tendência a prestar atenção às coisas pequenas e acabam por ignorar as coisas grandes.
E eu estou no momento meio chateada com isso.
Que diabos de importância há em picuinhas entre pessoas?
O tempo passa, e somos reles mortais. Pessoas-universos, completas em si mesmas.... que vão embora, levados pela vida ou pela morte.
Tanto faz.
O que importa são as pessoas que importam.
E elas sempre acabam indo para longe.
E o contato vai acabando, as amizades esmaecendo, os laços antes tão apertados se desfazem, e fica apenas uma lembrança vaga e errônea daquilo que um dia foi.
"Não gosto de fulano" se desfaz com o vento, e você sente um vazio, sem saber explicar porquê.
Quando o porquê é que você deixou circunstâncias impedirem você de fazer algo que seria pelo menos... uma boa lembrança depois.
Porque cada momento é eterno.
Dentro de si mesmo, cada momento é imortal.
E àqueles que não vêem isso, sois uns tolos.
"Viver o momento" é um falso aforismo, quando usado para justificar ações tolas e impensadas.
Os momentos estão dentro de nós. Para vivê-los não é necessário nada mais do que sermos sinceros com nós mesmos.
E eu sinto falta dos momentos que não partilho com as pessoas que me são caras. E me arrependo hoje dos momentos que não partilharei com as pessoas que me são caras no futuro.
Porque todos vamos embora. E amanhã eu também serei apenas uma lembrança pálida na mente de vocês.